TODO AQUELE QUE CRÊ NUM DOGMA, ABDICA COMPLETAMENTE DE SUAS FACULDADES. MOVIDO POR UMA CONFIANÇA IRRESISTÍVEL E UM INVENCÍVEL MEDO DOENTIO, ACEITA A PÉS JUNTOS AS MAIS ESTÚPIDAS INVENÇÕES.

Sábado, 23 de Janeiro de 2010


A reencarnação é uma Lei Natural criada por Deus, onde mostra a justiça e a bondade de Deus para com os seus filhos. Ela por ser uma Lei Natural sempre existiu por toda a eternidade.

Sem ela, fica impossível de atribuir justiça e bondade à Deus, pois é impossível um espírito chegar a perfeição moral e intelectual tendo somente uma só existência corpórea. Além do mais, somente a pluralidade das existências pode explicar as desigualdades sociais, físicas e morais existentes na nossa sociedade. Por que uns nascem com tendência ao bem e outros ao mal? Por que uns nascem sãos e outros nascem doentes? Por que uns nascem em berço rico e outros na miséria? Por uns nascem superdotados enquanto outros não? Por que uns morrem em tenra idade enquanto outros vivem quase 100 anos? Por que uns nascem no Brasil, onde não há guerras, enquanto outros nascem no Oriente Médio, alvo de constante guerras? Por que uns nascem em lares fartos de comida, enquanto outros nascem na África passando fome e inanição? Por que uns nascem numa boa família enquanto outros nascem numa mal família ou nem família tem? Enfim inumeráveis perguntas que só a reencarnação, ou seja a pluralidade das existências pode responder a todas elas de forma lógica, racional e justa.

Se teríamos uma única existência, Deus seria injusto criando Anjos que são seres perfeitos e nós ainda somos imperfeitos. Deus seria parcial e privilegiaria os Anjos, e só restaria perguntar à Deus, por que nos criou imperfeito. Ainda tem mais, Deus sendo infinita sabedoria, já saberia na criação quem poderia ser “salvo” ou não tendo uma só existência. E também poderíamos culpar Deus por termos nascidos pobres, doentes, deficientes físicos ou mentais, pois enquanto tantas outras pessoas vivem no luxo, na saúde, e têm uma vida tranqüila, nós vivemos em constante tribulação e sofrimento, e não temos outra chance, pois temos somente uma vida.

Alguns religiosos afirmam que na Bíblia está a prova que temos apenas uma existência, vejamos: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,” (Hebreus, Cap. IX, 27). Esta frase está correta, mas não quer dizer que temos como espírito apenas uma existência física, o que Paulo quis dizer é que, por exemplo, que meu espírito tenho apenas uma existência física como José Henrique, que após o morte, meu espírito retorna à pátria espiritual e depois de algum tempo vou reencarnar como homem, como mulher, aqui no Brasil ou em outro país, enfim com outra identidade física.

Devo lembrar que todo o patrimônio moral e intelectual do espírito adquirido em todas as suas existências corpóreas anteriores jamais se perdem, e que durante a encarnação o espírito passa pelo esquecimento do passado, onde tem vagas lembranças de suas vidas passadas e de suas habilidades. Esse esquecimento se restringe apenas ao estado de vigília, ou seja durante o descanso do corpo físico(sono), o espírito recobre suas faculdades morais e intelectuais, assim como também acontece após a morte física.

Há algumas pessoas que demonstram a existência desse patrimônio adquirido, ou seja, pessoas sem nunca terem estudado, conhecem determinado assunto. Algumas crianças tocam piano, pintam quadros, mostram habilidades em tenra idade. Mas em todas as crianças já podemos perceber suas tendências boas ou más, se por um acaso a criança mostrar ciúmes ou egoísmo por um objeto ou pessoa, já demonstra o defeito moral, e é de vital importância que os pais corrijam a criança nesta fase, onde o espírito está mais apto a receber novos conceitos.

Será que podemos encontrar a prova da reencarnação na Bíblia? Sem dúvida, mas devo explicar também que a palavra “ressurreição” não significa reencarnação, como pensam muitos espíritas. Eles atribuem ao fato de os religiosos antigos terem trocado o termo reencarnação por ressurreição. Quando Jesus disse que ressuscitaria três dias após a sua morte, ele não queria dizer que reencarnaria dentro de três dias. Isso se explica pelo seguinte: Jesus era espírito puro e não precisava reencarnar novamente, a não ser em outra missão. Ele também não poderia reencarnar três dias depois, pois se ele precisava ficar mais tempo entre nós, não precisaria passar pela morte física. E o que ele queria dizer na verdade é que reapareceria(ressurgiria) três dias após a sua morte, fato esse confirmado pelas escrituras, onde ele apareceu primeiramente as mulheres e em seguida aos apóstolos.

Jó afirmou que veio nu e retornaria nu à pátria espiritual: "Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó , Cap. I, 20-21)

“Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.” (Isaías, Cap. 48, 8) Ora, como pode um pessoa já ser transgressora, ou seja ter pecados antes do nascimento? Somente a reencarnação pode explicar este fato.

Além disso Jesus disse claramente que para chegarmos ao Reino de Deus precisaríamos nascer de novo, e renascermos do espírito, vejamos: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (João, Cap. III, 3-12)

Uma prova clara da reencarnação podemos encontrar entre as semelhanças de Elias e João Batista. O próprio Jesus afirmou aos discípulos, que João Batista era o Elias. Vários fatores nos levam a crer nisso, temos então:

1) Tipo de roupa igual:

João Batista: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Usava João vestes de pêlos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre.” (Mateus, Cap. III, 1-4) (Marcos, Cap. I, 2-6)

Elias: “Ele lhes perguntou: Qual era a aparência do homem que vos veio ao encontro e vos falou tais palavras? Eles lhe responderam: Era homem vestido de pêlos, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tesbita.” (II Reis, Cap. I, 7-8)

2) Profecias no Velho Testamento afirmando da vinda de um profeta antes de Jesus:

“Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Malaquias, Cap. III, 1)

“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias, Cap. IV, 5-6)

Malaquias, afirmou claramente que Elias viria antes do “Dia do SENHOR”, ou seja de Jesus, e o que João Batista fez ao batizar as pessoas, era pregar o arrependimento. E com isso preparava o caminho para Jesus dar continuidade a esse trabalho.

3) Lei de causa e efeito:

Elias, decepava as cabeças dos profetas de sua época à espada, conforme está nas escrituras: “Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada.” (1 Reis, Cap. XIX, 1)

Conhecemos a lei de causa e efeito, e que ninguém é imune à ela, João Batista que era a reencarnação de Elias não poderia escapar desta lei, acabou morrendo decapitado, para que se cumprisse à Lei, vejamos:

“Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta. Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes. Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; e deu ordens e decapitou a João no cárcere. Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe.” (Mateus, Cap. XIV, 1-11) (Marcos, Cap. VI, 24-28)

Note também a expressão: “Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos.” Aqui não quer dizer que ele reencarnou dos mortos e sim reapareceu(ressurgiu) dos mortos. Prova mais do que evidente que nós podemos ressurgir dos mortos.

4) Esquecimento do passado:

Alguns religiosos usam o versículo abaixo para provar que João Batista não era Elias. Mas a Doutrina Espírita explica o porque da afirmação de João Batista, vejamos o texto: “Então, lhe perguntaram: Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo? Então, ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (João, Cap. I, 21-23)

Ora, quando estamos reencarnados, não lembramos de nossas vidas passadas, se nos perguntarem se somos Maria ou João, com certeza diremos: “Não somos”. Pois Deus nos deu o esquecimento do passado para preservarmos do sofrimento das faltas passadas que cometemos e também para termos mérito não boas obras futuras, que se soubéssemos o que precisaríamos fazer para progredir, faríamos por interesse pessoal e não por livre e espontânea vontade. Mas, apesar do esquecimento do passado, João Batista e também qualquer um de nós, pode ter vagas lembranças de alguns fatos do passado e de nossas missões neste mundo. João afirmou que prepararia o caminho para o Messias e que pregava o arrependimento.

5) Afirmativa de João Batista dizendo ser o precursor de Jesus:

Conforme está no item 2 deste estudo, onde Malaquias afirma que enviaria Elias antes do Cristo, o próprio João Batista se considerava precursor do Messias, vejamos: “E foram ter com João e lhe disseram: Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tens dado testemunho, está batizando, e todos lhe saem ao encontro. Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor.” (João, Cap,. III, 26-28)

6) Jesus afirma que João Batista era Elias:

“Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.” (Mateus, Cap. XVII, 10-13)

“ Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mateus Cap. XI, 7-15) (Marcos, Cap. IX, 11-13)

Prova mais evidente que essas duas afirmações de Jesus é impossível. Jesus, sendo um espírito puro poderia saber da existência anterior de João Batista e disse claramente que as pessoas fizeram o que queriam com Elias mas que não o reconheceram, e também não poderiam pois Elias estava na forma do corpo de João Batista.

Ao final deste estudo, não consigo ainda imaginar quem ainda não consegue compreender a realidade da reencarnação, sejam pelos fatos lógicos que ela encerra, seja pelas próprias escrituras que a confirmam. Basta analisarmos racionalmente nossas tendências boas ou más para termos uma idéia de quem somos. Ainda podemos ver em que áreas temos facilidade de aprendizado, confirmando que já conhecíamos o assunto.

E ainda hoje, somente não acreditarão aqueles que ainda se encontram em ignorância espiritual ou aqueles que não aceitam a tese da reencarnação por interesse pessoal ou religioso. Termino com as palavras de Jesus que soam alto aos nossos corações e que provam a existência da reencarnação: “E, se o quereis reconhecer, ele(João Batista) mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

 
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:35

 

Anteriormente a qualquer digressão, gostaríamos de colocar algumas indagações relacionadas com a questão acima, com o objetivo de definir o raciocínio a ser seguido:

  1. Se Deus é infinito em todas as suas perfeições, é também infinitamente justo. Então, por que predestina Ele algumas almas à eterna bem-aventurança e outras à eterna condenação? Onde a infinita Justiça?
  2. Se Ele é infinito em todas as suas perfeições, como onisciente tem conhecimento prévio do destino das almas que vai criando, e como presciente sabe que a maior parte delas será condenada à perdição eterna. Por que, mesmo assim, Ele continua criando? Onde a infinita bondade?
  3. Se Ele é infinito em todas as suas perfeições, é também onipresente. Logo, tanto está no céu, contemplando a felicidade dos eleitos, como no inferno, contemplando o sofrimento dos condenados. E como pode ficar insensível a esse sofrimento por toda a eternidade? Onde a infinita misericórdia?
  4. Se um pecador pode se arrepender de seus erros durante a vida terrena, por que não poderá fazê-lo após a morte? Não vemos nenhuma razão lógica para que não o possa. Então, por que Deus, que mandou que perdoemos indefinidamente aos que nos ofendem, e que é tão compassivo para com os que ainda se encontram no plano físico, é tão inflexível com os que já deixaram a Terra? Será a justiça humana mais equânime do que a justiça divina?
  5. Como explicar a condenação da Humanidade inteira pelo erro de um só homem, se Deus disse por Ezequiel: "O filho não pagará pela maldade do pai, nem o pai pela maldade do filho; a alma que pecar, essa morrerá"? (Ezequiel 18:20). E como pode o sangue de um justo apagar os pecados de todo o gênero humano?
  6. Que adianta ter fé, se a fé independe da vontade do homem, e não resulta das obras, por ser "um dom de Deus", e se nem sequer é necessária, uma vez que a salvação é privilégio exclusivo de alguns "eleitos"?
  7. Se as almas salvas na beatitude do céu conservam a lembrança dos que foram seus parentes e amigos na existência terrena, como poderão ter felicidade plena sabendo que entes queridos estão sofrendo tormentos sem fim no inferno? Como pode uma mãe carinhosa, que se sacrificou por um filho rebelde, desfrutar a bem-aventurança eterna, sabendo que um filho estremecido se consome em sofrimentos por toda a eternidade?

O pecado original é o dogma fundamental em que repousa todo o edifício dos dogmas cristãos - idéia verdadeira, no fundo, mas falsa em sua forma e desnaturada pela Igreja - verdadeira, no sentido de que o homem sofre com a intuição que conserva das faltas cometidas em suas vidas anteriores, e pelas conseqüências que acarretam para ele. Esse sofrimento, porém, é pessoal e merecido. Ninguém é responsável pelas faltas de outrem, se nelas não tomou alguma parte. Apresentado em seu aspecto dogmático, o pecado original, que pune toda a posteridade de Adão, isto é, a Humanidade inteira, pela desobediência do primeiro par, para depois salvá-la por meio de uma iniqüidade ainda maior - a imolação de um justo - é um ultraje à razão e à moral, consideradas em seus princípios essenciais - a bondade e a justiça.

Desde o séc. III, quase todos os mestres da escola de Alexandria, afirmavam que os dogmas impostos pela Igreja, como um desafio à razão, não eram mais que um obscurecimento do pensamento do Cristo. Essa oposição crescente tornava-se intolerável aos olhos da Igreja. Os "heresiarcas" entravam em luta aberta contra ela. Interpretavam o Evangelho com amplitude de vistas que a Igreja não podia admitir, sem cavar ruína dos seus interesses materiais. Quase todos se tornavam neo-platônicos, aceitando a sucessão das vidas do homem e o que Orígenes denominava "os castigos medicinais", isto é, punições proporcionais às faltas da alma, reencarnada em novos corpos para resgatar o passado e purificar-se da dor. Essa doutrina, cuja sanção Orígenes e muitos padres da Igreja encontravam nas Escrituras, era mais conforme com a justiça e misericórdia divinas. Essa doutrina de esperança e de progresso não inspirava, aos olhos dos chefes da Igreja, o suficiente terror da morte e do pecado.

Em um primeiro momento, ter-se-ia podido acreditar que, aliada aos descortinos profundos dos filósofos de Alexandria, a doutrina de Jesus ia prevalecer sobre as tendências do misticismo judeu-cristão e lançar a Humanidade na ampla via do progresso, à fonte das altas inspirações espirituais. Mas os homens desinteressados, que amavam a verdade pela verdade, não eram bastante numerosos nos concílios. Doutrinas que melhor se adaptavam aos interesses terrenos da Igreja, foram elaboradas por essas célebres assembléias, que não cessaram de imobilizar e materializar a Religião. Graças a elas e sob a soberana influência dos pontífices romanos é que se elevou, através do séculos, esse amálgama de dogmas estranhos, que nada têm de comum com o Evangelho e lhe são muitíssimo posteriores.

Essa pesada construção, que obstrui o caminho à Humanidade, surgiu na Terra em 325 com o concílio de Nicéia, e foi concluída em 1870 com o concílio Vaticano I. Tem por alicerce o pecado original e por coroamento a imaculada conceição e a infalibilidade papal.

Donde procede essa concepção de Satanás e do Inferno? Unicamente das noções falsas que o passado nos legou a respeito de Deus. Toda a Humanidade primitiva acreditou nos deuses do mal, nas potências das trevas, e essa crença traduziu-se em lendas de terror, em imagens pavorosas, que se transmitiram de geração a geração, e inspirando grande número de mitos religiosos.

Essas potências malignas foram personificadas, individualizadas pelo homem. Desse modo, criou ele os desuses do mal. E essas remotas tradições, legado das raças desaparecidas, perpetuadas de idade em idade, encontram-se ainda nas atuais religiões.

Admitir Satanás e o inferno eterno é insultar a Divindade. De duas uma: ou Deus possui a presciência e soube, de antemão, quais os resultados da sua obra, e, neste caso, executando-a, fêz-se o carrasco de suas criaturas; ou não previu esse resultado, não possui a presciência, é falível como a sua própria obra, e então, proclamando a infalibilidade do papa, a Igreja o colocou superior a Deus.

O argumento principal dos defensores da teoria do inferno é que a ofensa feita pelo homem, ser finito, a Deus, ser infinito, é, por conseqüência, infinita e merece pena eterna. Podemos argumentar, ao contrário, que sendo o homem finito e ignorante, não poderia cometer uma ofensa infinita, de sorte que a ofensa não guarda relação com a pessoa do ofendido, mas com a capacidade do ofensor.

Nas próprias norma do nosso Direito Penal (arts. 22 a 24), observa-se a "inimputabilidade" do delinqüente por circunstâncias de idade, perturbação dos sentidos ou alienação mental. Perguntamos: Pode alguém de bom senso e no pleno domínio de suas faculdades sentir-se ofendido pelas diatribes que lhe dirija um ébrio ou um alienado mental? Pode um adulto consciente sentir-se atingido pelas injúrias que lhe dirija uma criança de tenra idade? Não existe aí uma tal desproporção de maturidade intelectual suficiente para elidir qualquer possibilidade de agravo? E não é infinitamente maior a desproporção que existe entre o Ser Supremo e a insignificante pessoa de um ser humano, do que a existente entre um adulto e uma criancinha que mal começa a ensaiar seus próprios passos? Então, como pode o homem, ser imperfeito, assim criado por Ele e que mal engatinha em sua peregrinação pelos caminhos do aperfeiçoamento moral, como pode ofender ao Todo-Poderoso ao ponto de merecer uma condenação a penas severas e inextinguíveis, por deslizes resultantes da imperfeição inerente à própria natureza humana? Não estaria aí a severidade da pena em brutal desproporção com a gravidade da falta?

A doutrina das penas eternas não pode coadunar-se com a idéia de um Deus justo, misericordioso e infinitamente bom. Se Deus perdoa ao culpado que se arrepende de seus erros no curso da vida terrena, por que não poderá fazê-lo em relação aos que se arrependem depois da morte? De que serviria então a "pregação do Evangelho aos mortos", a que alude o apóstolo Pedro em sua epístola? (1a. Pedro 4:6). Pergunta-se: Depois da morte o ser conserva a sua individualidade ou não? Pode pensar, sentir, raciocinar? Pode arrepender-se de seus erros? Se se arrepende por que não pode ser perdoado? Que Deus misericordioso é esse, que só perdoa as faltas de seus filhos durante a vida terrena, que é um átimo, e não perdoa durante a vida espiritual, que dura a eternidade? Se Deus criou os homens para a Sua glória (Isaías 43:7), por que condenará a penas eternas aqueles que o invocarem? (Joel 2:32). Onde estão os fundamentos da idéia de que Deus só atende aos pecadores durante a vida corpórea? Como entender "a minha ira não durará eternamente" (Jeremias 3:12), se as almas são condenadas pela eternidade? Como pode alguém "amar a Deus sobre todas as coisas" (Deuteronômio 6:5), se entender que esse Deus é um tirano, que condena o pecador a penas eternas e não lhe perdoará após a morte, por mais que se arrependa? Um tal Deus não poderia ser amado, mas apenas temido (Salmo 89:7).

O próprio Jesus foi pregar aos Espíritos em prisão (1a. Pedro 3:19). Por que foi ele pregar, se os mortos não se arrependem? Observe-se que não se trata da expressão "mortos em delitos e pecados", pois logo o versículo seguinte esclarece: "Os quais noutro tempo foram desobedientes, quanto a magnanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé". Portanto, Espíritos que haviam vivido ao tempo de Noé e a quem Deus concedeu nova oportunidade, através da pregação de Jesus. E se o destino dos mortos é irremissível, por que se batizavam por eles os primitivos cristãos? (1a. Cor. 15:29).

Há ainda outro ponto a considerar. Se nos parece absurda a condenação a penas eternas por faltas cometidas como resultado das imperfeições inerentes à alma humana, ou, não raro, por influência do próprio meio em que cada um viveu sua experiência terrena, o que poderíamos dizer da tese abraçada pelos evangélicos, que condicionam a perdição eterna, não a tais ou quais ofensas perpetradas durante a vida, mas ao simples fato de não aceitarem a mediação de Jesus nos termos em que é pregada pela ortodoxia cristã?

Não é preciso que nos venham citar os inúmeros versículos em que o Mestre e seus apóstolos afirmaram que todo aquele que nele cresse teria a vida eterna. Perguntamos então: Em que consiste exatamente "crer em Jesus"? Não seria acolher no coração os seus ensinamentos e passar a viver de acordo com os seus preceitos? O que foi realmente que ele ensinou? Quais os preceitos que ministrou? Ensinou a amar até mesmo aos inimigos, a perdoar e esquecer as ofensas, a extirpar do coração o egoísmo e o orgulho, a fazer aos outros o que queremos que eles nos façam, a sempre retribuir o mal com o bem, a socorrer os irmãos em suas necessidades sem visar a qualquer recompensa, enfim, a compreender, servir e perdoar, perdoar indefinidamente...

São Jerônimo, o tradutor da Vulgata, assim se expressa a respeito: "...Tais são os motivos em que se apóiam os que querem fazer compreender que, depois dos suplícios e tormentos, haverá consolação, o que presentemente se deve ocultar àqueles a quem é útil o temor, a fim de que, receando os suplícios, se abstenham de pecar".

Clemente de Alexandria afirma: "O Cristo Salvador opera finalmente a salvação de todos, e não apenas a de alguns privilegiados. O soberano Mestre tudo dispôs, quer em seu conjunto, quer em seus detalhes, para que fosse atingido esse fim definitivo."

São Gregório de Nissa, de modo mais formal, se pronuncia contra a eternidade das penas. A seu ver: "Há necessidade de que a alma imortal seja purificada das suas máculas e curada de todas as suas enfermidades. As provações terrestres têm por objetivo operar essa cura, que depois da morte se completa, quando não pôde ser concluída nesta vida. Quando Deus faz sofrer o pecador, não é por espírito de ódio ou de vingança; quer reconduzir a alma a ele, que é a fonte de toda a felicidade. O fogo da purificação dura mais que um tempo conveniente, e o único fim de Deus é fazer definitivamente participar todos os homens dos bens que constituem a sua essência."

Realmente, Satanás não passa de alegoria. Satanás é o símbolo do mal. O mal, porém, não é um princípio eterno, coexistente com o bem. Há de passar. O mal é o estado transitório dos seres em via de evolução.
Não há nem lacuna nem imperfeição no Universo. A obra divina é harmônica e perfeita. Dessa obra o homem não vê senão um fragmento e, todavia, pretende julgá-la através de suas acanhadas percepções.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:32

 

Jesus não fundou uma Igreja, em vida. A passagem invocada para isso, em Mateus, segundo Hans Kung, teólogo suiço, é um dos textos mais controvertidos do Novo Testamento. O objetivo único da Igreja, hoje, seria o de servir à causa do Cristo, ou pelo menos, não obstruí-la, mas defendê-la, efetivá-la, concretizá-la no espírito de Jesus Cristo na sociedade moderna.

Não há uma Igreja - no sentido de ekklesia (assembléia, congregação) a não ser num contexto dinâmico. Não existe Igreja somente porque algo foi, certa vez, instituído, fundado e permanece sem alterações. Hans Kung suscita, igualmente, o aspecto da legitimidade e coloca três perguntas impactantes: Justifica-se o primado de Pedro? Deve esse primado persistir? O Bispo de Roma é o herdeiro do primado de Pedro?

À vista de tantas complexidades, parece, às vezes, que Jesus é mais popular fora da Igreja do que dentro dela e, para suas autoridades, de vez que, na prática, o dogma e a lei canônica, a política e a diplomacia - mais a política do que a diplomacia - frequentemente desempenham papel mais relevante do que ele (Jesus).

Como se ainda não bastasse, em 1870, através do Concílio Vaticano I, foi proclamada a infalibilidade do papa, ou seja, qualquer semente de dúvida a respeito de doutrina cristã o papa daria a última palavra, como se o papa fosse infalível, o detentor de toda a verdade, o Senhor da Verdade absoluta.

Nos reportemos inicialmente ao Evangelho de Mateus (16:13-20), onde encontramos: "Chegando ao território de Cesaréia de Felipe, Jesus perguntou a seus discípulos: "No dizer do povo, quem é o Filho do Homem"? Responderam: "Uns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas." Disse-lhes Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou"? Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!" Jesus então lhe disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus." Depois ordenou aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo."

Em 1870, no concílio que decretou o dogma da infalibilidade papal, vários bispos se posicionaram contra tal absurdo, e não foram poucos entre italianos, americanos, alemães, franceses e ingleses, que empenharam seu apoio ao bispo Strossmayer, que perante as maiores dignidades eclesiásticas presentes ao conclave, firmou a sua opinião a respeito de tal decisão. A seguir descrevemos algumas partes do discurso, em meio a impropérios e à revolta dos demais:

"Veneráveis padres e irmãos: (...) Compenetrado da minha responsabilidade, pela qual Deus me pedirá contas, estudei com a mais escrupulosa atenção os escritos do Antigo e do Novo Testamento, e interroguei esses veneráveis monumentos da Verdade: se o pontífice que preside aqui é verdadeiramente o sucessor de São Pedro, vigário do Cristo e infalível doutor da Igreja. (...) Abri essas sagradas páginas e sou obrigado a dizer-vos: nada encontrei que sancione, próxima ou remotamente, a opinião dos ultramontanos! E maior é a minha surpresa quando, naqueles tempos apostólicos, nada há que se fale de papa para sucessor de S.Pedro e vigário de Jesus-Cristo! (...) Lendo, pois, os santos livros, não encontrei neles um só capítulo, um só versículo que dê a São Pedro a chefia sobre os apóstolos. Não só o Cristo nada disse sobre este ponto, como, ao contrário, prometeu tronos a todos os Apóstolos (Mateus, cap. XIX, v. 28), sem dizer que o de Pedro seria mais elevado que o dos outros!

(...) Quando Cristo enviou os seus discípulos a conquistar o mundo, a todos - igualmente - deu o poder de ligar e desligar, a todos - igualmente - fez a promessa do Espírito-Santo.

Dizem as Santas Escrituras que até proibiu a Pedro e a seus colegas de reinarem ou exercerem senhorio (Lucas, XXII, 25 e 26).

(...) se Pedro fosse papa ou chefe dos Apóstolos, permitiria que esses seus subordinados o enviassem, com João, à Samaria, para anunciar o Evangelho do Filho de Deus? (Atos, cap. VIII, v. 14). Que direis vós, veneráveis irmãos, se nos permitíssemos, agora mesmo mandar Sua Santidade Pio IX, que aqui preside, e Sua Eminência, Monsenhor Plantier, ao Patriarca de Constantinopla, para convencê-lo de que deve acabar com o cisma do Oriente? O símele é perfeito, haveis de concordar.

Mas temos coisa ainda melhor: Reuniu-se em Jerusalém um concílio ecumênico para decidir questões que dividiam os fiéis. Quem devia convocá-lo? Sem dúvida, Pedro, se fosse papa. Quem devia presidir a ele? Por certo, Pedro. Quem devia formular e promulgar os cânones? Ainda Pedro, não é verdade? Pois bem: nada disso sucedeu! Pedro assistiu ao concílio com os demais apóstolos, sob a direção de São Tiago! (Atos, cap. XV).

(...) Encarando agora por outro lado, temos: enquanto ensinamos que a Igreja está edificada sobre Pedro, S.Paulo (cuja autoridade devemos todos acatar) diz-nos que ela está edificada sobre o fundamento da fé dos Apóstolos, sob a direção de São Tiago! (Atos, cap. XV).

(...) Esse mesmo Paulo, ao enumerar os ofícios da Igreja, menciona apóstolos, profetas, evangelistas e pastores; e será crível que o grande Apóstolo dos gentios se esquecesse do papado, se o papado existisse? Esse olvido me parece tão impossível como o de um historiador deste concílio que não fizesse menção de Sua Santidade Pio IX.

(...) O Apóstolo Paulo não fez menção, em nenhuma das suas Epístolas, às diferentes Igrejas, da primazia de Pedro; se essa existisse e se ele fosse infalível como quereis, poderia Paulo deixar de mencioná-la, em longa Epístola sobre tão importante ponto? Concordai comigo. A Igreja nunca foi mais bela, mais pura e mais santa que naqueles tempos em que não tinha papa.

(...) Pensei que, se Pedro fosse vigário de Jesus-Cristo, ele não o sabia, pois que nunca procedeu como papa: nem no dia de Pentecostes, quando pregou o seu primeiro sermão, nem no concílio de Jerusalém, presidido por S.Tiago, nem na Antióquia, e nem nas Epístolas que dirigiu às Igrejas. Será possível que ele fosse papa sem o saber?

(...) Que o grande Santo Agostinho, bispo de Hipona, honra e glória do Cristianismo e secretário no Concílio de Melive, nega a supremacia ao bispo de Roma. Que os bispos da África, no sexto Concílio de Cartago, sob a presidência de Aurélio, bispo nessa cidade, admoestavam Celestino, bispo de Roma, por supor-se superior aos demais bispos, enviando-lhes comissionados e introduzindo o orgulho na Igreja.

(...) Deveis saber, meus veneráveis irmãos, que os padres do Concílio de Calcedônia colocaram os bispos da antiga e nova Roma na mesma categoria dos demais bispos.

(...) E, para mais reforçar os meus argumentos, lembrarei aos meus veneráveis irmãos que foi Osio, bispo de Córdova, quem presidiu ao primeiro Concílio de Nicéia, redigindo os seus cânones; e que foi ainda esse bispo que, presidindo ao Concílio de Sardica, excluiu o enviado de Júlio, bispo de Roma! Mas, da direita me citam estas palavras do Cristo - Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.

(...) Julgais, veneráveis irmãos, que a rocha ou pedra sobre que a Santa Igreja está edificada, é Pedro; mas permiti que eu discorde desse vosso modo de pensar.

Diz S. Cirilo, no seu quarto livro sobre a Trindade: "A rocha ou pedra de que nos fala Mateus, é a fé imutável dos Apóstolos."

S. Olegário, bispo de Poitiers, em seu segundo livro sobre a Trindade, repete: Que aquela pedra é a rocha da fé confessada pela boca de São Pedro. E, no seu sexto livro, mais luz nos fornece, dizendo: É sobre esta rocha da confissão da fé que a Igreja está edificada.

S. Jerônimo, no sexto livro sobre S. Mateus, é de opinião que Deus fundou a sua Igreja sobre a rocha ou pedra que deu o seu nome a Pedro.

Nas mesmas águas navega S. Crisóstomo quando, em sua homília 56 a respeito de Mateus, escreve: - Sobre esta rocha edificarei a minha Igreja: e esta rocha é a confissão de Pedro. E eu vos perguntarei, veneráveis irmãos, qual foi a confissão de Pedro?

Já que não me respondeis, eu vo-la direi: "Tu és o Cristo, o filho de Deus." Ambrósio, o santo Arcebispo de Milão, S. Basílio de Salência e os padres do Concílio de Calcedônia ensinam precisamente a mesma coisa.

Entre os doutores da antiguidade cristã, Santo Agostinho ocupa um dos primeiros lugares, pela sua sabedoria e pela sua santidade. Escutai como ele se expressa sobre a primeira epístola de S. João: Edificarei a minha Igreja sobre esta rocha, significa que é sobre a fé de Pedro. No seu tratado 124, sobre o mesmo São João, encontra-se esta significativa frase: Sobre esta rocha, que acabais de confessar, edificarei a minha Igreja; e a rocha era o próprio Cristo, filho de Deus.

Tanto esse grande e santo bispo não acreditava que a Igreja fosse edificada sobre Pedro, que disse em seu sermão no. 13: - Tu és Pedro, e sobre essa rocha ou pedra que me confessaste, que reconheceste, dizendo: Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo, edificarei a minha Igreja, sobre mim mesmo; pois sou o filho de Deus vivo. Edificarei sobre mim mesmo, e não sobre ti.

(...) Disse Monsenhor Dupanloup, nas suas célebres - Observações - sobre este Concílio do Vaticano, e com razão, que, se declaramos infalível a Pio IX, necessariamente precisamos sustentar que infalíveis também eram todos os seus antecessores. Porém, veneráveis irmãos, com a História na mão, eu vos provarei que alguns papas faliram. Passo a provar-vos, meus veneráveis irmãos, com os próprios livros existentes na biblioteca deste Vaticano, como é que faliram alguns dos papas que nos têm governado: O papa Marcelino entrou no templo de Vesta e ofereceu incenso à deusa do Paganismo. Foi, portanto, idólatra; ou, pior ainda: foi apóstata! Libório consentiu na condenação de Atanásio; depois, passou para o Arianismo. Honório aderiu ao Monoteísmo. Gregório I chamava Anticristo ao que se impunha como - Bispo Universal; e, entretanto, Bonifácio III conseguiu do parricida imperador Focas obter este título em 607. Pascoal II e Eugênio III autorizavam os duelos, condenados pelo Cristo; enquanto que Júlio II e Pio IV os proibiram. Adriano II, em 872, declarou válido o casamento civil; entretanto, Pio VII, em 1823, condenou-o. Xisto V publicou uma edição da Bíblia e, com uma bula, recomendou a sua leitura; e aquele Pio VII excomungou a edição. Clemente XIV aboliu a Companhia de Jesus, permitida por Paulo III; e o mesmo Pio VII a restabeleceu.

Porém, para que mais provas? Pois o nosso Santo Padre Pio IX não acaba de fazer a mesma coisa quando, na sua bula para os trabalhos deste Concílio, dá como revogado tudo quanto se tenha feito em contrário ao que aqui for determinado, ainda mesmo tratando-se de decisões dos seus antecessores?

(...) Como então se poderá dar-lhes a infalibilidade? Não sabeis que, fazendo infalíveis Sua Santidade, que presente se acha e me ouve, tereis que negar a sua falibilidade e a dos seus antecessores?

(...) Deveis saber que o papa João XII foi eleito com a idade de dezoito anos tão-somente; e que o seu antecessor era filho do Papa Sérgio com Marozzia.

Que Alexandre VI era, nem me atrevo a dizer o que ele era de Lucrécia; e que João XXII negou a imortalidade da alma, sendo desposto pelo Concílio de Constança.

Já nem falo dos cismas que tanto têm desonrado a Igreja. Volto, porém, a dizer-vos que, se decretais a infalibilidade do atual bispo de Roma, devereis decretar também a de todos os seus antecessores; mas, atrever-vos- eis a tanto? Sereis capazes de igualar a Deus todos os incestuosos, avaros, homicidas e simoníacos bispos de Roma?

Tal excrescência já não cabe em nossos dias, principalmente depois que o papa João Paulo II, através de sua última encíclica, Fides et Ratio, publicada em outubro de 1998, relevou a importância da ciência para a religião, e reconheceu que a Igreja errou durante os séculos passados ao obstruir o desenvolvimento das descobertas científicas. Chegou, inclusive, a afirmar que desprovida de razão a fé se arrisca a deixar de ser "uma proposição universal".

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:28

 

 

 

 

 

 

 

 

Católicos e Protestantes nos criticam por não crermos na Bíblia como a Palavra de Deus inquestionável. Realmente, damos importância apenas a Jesus, pois nada há de útil no Velho Testamento para os dias de hoje, exceto os Dez Mandamentos. O próprio Jesus afirmou: "Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." (Mateus 22:37-40)

 

 

 

No Sermão da Montanha, Jesus revogou algumas coisas do Antigo Testamento, retificando o que era humano nas leis mosaicas: “Ouvistes que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo...” (Mateus 5:38 a 42) “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem." (Mateus 5:43 e 44)

 

 

 

Paulo também disse: “Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." (Romanos 13:9)

 

 

 

O que aí não se inclui, são quinquilharias humanas. Jesus não trabalhou aos sábados; não permitiu que apedrejassem a adúltera; foi contra o divórcio, contrariando Moisés, pois, afinal, eram leis de Moisés, leis para doutrinar aquele povo, e não leis divinas, que nunca se alteram. A expressão “a palavra de Deus” é de origem judaica. Foi naturalmente herdada pelo Cristianismo, que a empregou para o mesmo fim dos judeus: dar autoridade à Igreja. A Bíblia, considerada a "palavra de Deus", reveste-se de um poder mágico: a sua simples leitura, ou simplesmente a audiência dessa leitura, pode espantar o Demônio de uma pessoa e convertê-la a Deus. Claro que o Espiritismo não aceita nem prega essa velha crendice, mas não a condena. A cada um, segundo suas convicções, desde que haja boa intenção. As pesquisas históricas revelam que os livros que compõem a Bíblia tem origem na literatura oral do povo hebreu. Só depois do exílio na Babilônia foi que Esdras conseguiu reunir e compilar os livros orais (guardados na memória) e proclamá-los em praça pública como a lei do judaísmo, ditada por Deus. É impossível provar que "de capa a capa" a Bíblia é divinamente inspirada. O "credo quia absurdum" (acredito mesmo que absurdo) é fruto do dogmatismo, criação humana dos concílios, enquanto o Espiritismo é a doutrina do livre-exame e consiste na fé raciocinada, apta a "encarar a razão face a face em todas as épocas". Somente às religiões dogmáticas, que se apresentam como vias exclusivas de salvação, interessa o velho conceito da Bíblia como palavra de Deus. Primeiro, porque esse conceito impede a investigação livre. Considerada como a palavra de Deus, a Bíblia é indiscutível, deve ser aceita literalmente ou de acordo com a "interpretação autorizada da igreja". Por isso, as igrejas sempre se apresentam como "autoridade única na interpretação da Bíblia". Segundo, porque essa posição corresponde aos tempos mitológicos, ao pensamento mágico, e não a era de razão em que vivemos.

 


Há contradições insanáveis em que se afundam os hermeneutas religiosos. Vêem-se eles obrigados a perigosas ginásticas de raciocínio, apoiadas em fórmulas pré-fabricadas, para se safarem das contradições do texto. Mas não escapam jamais a contradição fundamental que é esta: consideram a
Bíblia como a palavra de Deus, mas estabelecem, para sua interpretação, regras humanas. Dessa maneira, é o homem que faz Deus dizer o que lhe interessa. As supostas condenações do Espiritismo pela Bíblia, por exemplo, decorrem das interpretações sacerdotais, até alterando os textos, moldando a "Palavra de Deus" segundo suas conveniências. A Bíblia é um dos maiores repositórios de fatos espíritas de toda bibliografia religiosa. E os textos bíblicos estão eivados de passagens tipicamente espíritas. (leia o item sobre a proibição bíblica a comunicação com mortos)

 

 

 

Emmanuel, trabalhador incansável do Cristo, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos diz: "O ato de crer em alguma coisa demanda a necessidade do sentimento e do raciocínio, para que a alma edifique a fé em si mesma. Admitir as afirmativas mais estranhas, sem um exame minucioso, é caminhar para o desfiladeiro do absurdo, onde os fantasmas dogmáticos conduzem as criaturas a todos os despautérios." (O Consolador, Ed. FEB, pág. 201)

 

 

 

Será mesmo que tudo na Bíblia tem inspiração divina? A despeito da expressa proibição: "Em ti não se achará quem faça passar pelo fogo seu filho ou a sua filha" (Deut. 18:10), os judeus de vez em quando queimavam seus filhos em sacrifício (II Reis 17:17) e até alguns reis cometeram esse crime hediondo, como Manasses (II Reis, 21:16) e Acaz (II Cron. 28:3), e até o grande libertador Jefté, que foi Juiz em Israel por seis anos, foi "cheio de espírito e ofereceu a sua filha em holocausto a Deus" (Juizes 11:29 e 39). Alguns textos levam a supor que os sacrifícios humanos tinham o beneplácito de Jeová, uma vez que "o homem consagrado a Deus nao poderá ser resgatado, será morto" (Lev. 27:29). Jeu, rei de Israel por 28 anos, matou 2 reis israelitas, Acazias e Jorão (II Reis 9:24-33), bem como toda a linhagem do ex-rei Acab, inclusive seus 70 filhos (II Reis 10:7) e mais 42 irmãos de Acazias (II Reis 10:14), além de inúmeros adoradores de Baal (II Reis, 10:25) e apesar de tão zeloso "não se apartou dos pecados do ex-rei Joroboão e nem destruiu os bezerros de ouro" (II Reis 10:29). Pois foi a esse rei idólatra e sanguinário que Jeová afirmou: "Bem obraste em fazer o que é reto aos meus olhos" (II Reis 10:30) Samuel era vidente de Deus (I Samuel 9:19), mas mandou que o rei destruísse totalmente os amalequitas, "matando desde o homem até a mulher, desde os meninos até os de mama, desde os bois até as ovelhas e desde os camelos até os jumentos" (I Samuel, 15:3). Mas Saul poupou os animais e por isso foi castigado (I Sam., 15:26).

 

 

 

Moisés, que "era o mais manso de todos os homens que havia na Terra" (Num. 12:13), desce do Sinai com as "Tábuas da Lei", onde constava o mandamento "Não Matarás" e logo, para passar da teoria à prática, manda matar 3 mil dos seus compatriotas e ainda por cima pede a benção de Deus para os assassinos (Êxodo 32:28/29). Josué conquistou todas as cidades da prometida "Canaã destruindo totalmente a toda alma que nelas havia" (Jos. 10:35), "destruindo tudo que tinha fôlego, como ordenara o Senhor Deus" (Jos 10:42), o que não é de se admirar, uma vez que Jeová é "homem de guerra" (Êxodo 15:3).

 

 

 

"Cada um tome a sua espada e mate cada um a seu irmão, cada um a seu amigo, cada um a seu vizinho" (Êxodo 32:27) "Nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida" (Deut. 20:16) "Se o povo de uma cidade incitar os moradores a servir outros deuses, destruirás ao fio de espada tudo quanto nela houver, até os animais" (Deut. 13:12/15)

 

 

 

Nossa, até os inocentes animais!!

 

 

 

Veja também que havia diversos "Deuses", não só Jeová . Este, claro, era o "Deus" oficial do povo e, sob o seu nome, houve de fato manifestações de espíritos enviados por Deus. Isaías 8:19 também sugere a mesma coisa.

 

Está escrito em Deuteronômio, capítulo 21, versículo 23: "o que for pendurado em um madeiro é maldito de Deus". Logo, se Jesus passou por semelhante apróbio pode-se concluir que as "Escrituras Sagradas" estão denominando o Mestre de "maldito de Deus". Se a Bíblia não pode ser discutida para um cristão dogmático, como sair dessa??

 

 

 

Quando se tem acesso ao livro de Jonas, nota-se um paradoxo: "Deus" se apieda da cidade de Nínive, a grande inimiga de Israel, mandando o profeta Jonas pregar aos seus habitantes, em detrimento dos amalequitas, assassinados por ordem "divina", sem chance de arrependimento. Afinal, há preferência de "Deus" por alguns de seus filhos ? Portanto, que "Deus" é esse? Prejulga merecer o povo de Nínive a sua misericórdia, enquanto os amalequitas foram cruelmente assassinados por sua ordem;

 

 

 

Vemos em Levítico 21:16-24:

 

 

 

16Disse mais o Senhor a Moisés: 17Fala a Arão, dizendo: Ninguém dentre os teus descendentes, por todas as suas gerações, que tiver defeito, se chegará para oferecer o pão do seu Deus. 18Pois nenhum homem que tiver algum defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, 19ou homem que tiver o pé quebrado, ou a mão quebrada, 20ou for corcunda, ou anão, ou que tiver belida, ou sarna, ou impigens, ou que tiver testículo lesado; 21nenhum homem dentre os descendentes de Arão, o sacerdote, que tiver algum defeito, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus. 22Comerá do pão do seu Deus, tanto do santíssimo como do santo; 23contudo, não entrará até o véu, nem se chegará ao altar, porquanto tem defeito; para que não profane os meus santuários; porque eu sou o Senhor que os santifico. 24Moisés, pois, assim falou a Arão e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel.

 

 

 

Raciocinem um pouco: um ato tão desumano de PRECONCEITO teria vindo do próprio Deus??

 


Também em
Levítico, "Deus"
não parece ser o grande Fisiologista, o Supremo Criador da natureza humana, desconhecendo que o processo da menstruação é natural, não podendo lhe ser imposto a pecha de imundo.

 


Assim está escrito: "Se um homem se deitar com uma mulher no tempo da enfermidade dela, e lhe descobrir a nudez, descobrindo a sua fonte, e ela descobrir a fonte do seu sangue, ambos serão eliminados no meio do seu povo". Menstruação é enfermidade? O próprio
"Criador" desconhecendo o que criou? Um "Deus" preconceituoso, anatematizando uma função normal do aparelho sexual feminino? Ainda por cima, violento, ao ponto de expulsar o casal de seu povo? Em Deut. 13:6, 9 e 10, há uma ordem de matar a pedradas os adeptos de outras crenças. Uma apologia à intolerância religiosa. Em Levítico 22:17-18 "Deus" ordena que a oferta a ser oferecida no altar seja de animais sem defeito. E é mais exigente ainda, quando determina que não devam ser ofertados bichos que tiverem testículos machucados, ou moídos, ou arrancados, ou cortados (Levítico 22:24). Os sacrifícios de animais na Bíblia lembram bem o que acontece no Candomblé e Quimbanda nos nossos dias.

 

 

 

Paulo afirmou: "Vós recebestes a lei por mistérios dos anjos" (Atos 7:53), explicando ainda em Hebreus 2:2: "Por que a lei foi anunciada pelos anjos", e confirmando na mesma epistola, 1:14: "Espíritos são administradores, enviados para exercer o ministério". Também em Hebreus, (1:7) Paulo afirma: "o que faz os seus anjos espíritos e os seus ministros chamas de fogo". Está claro que os anjos são espíritos reveladores das leis de Deus aos homens, como afirma o Espiritismo. Paulo vai ainda mais longe, afirmando em Atos 7:30-31, que Deus falou a Moisés através de um anjo na sarça ardente. Os anjos são, portanto, espíritos, ministros de Deus, que os faz chama de fogo nas aparições mediúnicas.

 

 

 

Em Hebreus, 12:9, Paulo se refere a Deus como "Deus dos Espiritos". Houve casos estudados de manifestações de espíritos que eram na forma de línguas de fogo. Essas manifestações confirmam que os fenômenos de Pentecostes e o anjo da sarça ardente foram mediúnicos. O Espiritismo reconhece a ação de Deus na Bíblia, mas não pode admiti-la como a "Palavra de Deus". Na verdade, como ensinou o apóstolo Paulo, foram os mensageiros de Deus, os Espíritos, que guiaram o povo de Israel, através dos médiuns, então chamados profetas. O próprio Moisés era um médium, em constante ligação com Iavé ou Jeová, o deus bíblico, violento e irascível, tão diferente do Deus Pai do Evangelho. Devemos respeitar a Bíblia no seu exato valor, mas nunca fazer dela um mito, um novo bezerro de ouro. Deus não ditou nem dita livros aos homens.

 

 

 

Em Números, 11:23-25, temos a descrição de dois fatos mediúnicos valiosos. Primeiro, o Senhor fala a Moisés. Depois, Moisés reúne os setenta anciãos, formando uma roda, e o Senhor se manifesta materialmente descendo numa nuvem. Temos a comunicação pessoal de Jeová a Moisés, e a seguir o fenômeno evidente de materialização de Jeová, através da mediunidade dos anciãos, reunidos para isso na Tenda, cedendo ectoplasma para o fenômeno. A nuvem é a formação de ectoplasma na qual o espírito se corporifica. Só os que não conhecem os fenômenos espíritas podem aceitar que ali se deu um milagre, um fato sobrenatural. E podem aceitar, também, a manifestação do próprio Deus. Longe disso. Jeová era o espírito protetor de Israel, que se apresentava como Deus, porque a mentalidade dos povos do tempo era mitológica, e os espíritos eram considerados deuses. O filósofo Tales de Mileto já dizia, na Grécia, cinco séculos antes do Cristo: "O mundo é cheio de deuses". Os espíritos elevados eram considerados deuses benéficos, e os espíritos inferiores eram deuses maléficos. O Capítulo V do Deuteronômio é inteiramente mediúnico. Mas convém lembrar que os sucessos desse capítulo são melhor compreendidos quando lemos o Êxodo, caps. 18 a 20. Nos versículos 13 a 16, do capítulo 18, vemos Moisés diante do povo, para ser o mediador, o interprete – mas na verdade o médium –, entre Deus e o povo. Nos versículos 22 a 31, Cap. V, do Deuteronômio, temos uma bonita descrição de conhecidos fenômenos mediúnicos: o monte Horebe envolto em chamas, a nuvem de fluídos ectoplasmáticos (materializantes), e a voz-direta de Jeová. que falava do meio do fogo, sem se apresentar ao povo. E Moisés, como sempre, servindo de intermediário, na sua função mediúnica. Por fim, Jeová recomenda a Moisés que mande o povo embora, mas permaneça com ele, para receber as demais instruções. (Vers. 31, cap. 5 de Deut.)

 

 

 

No famoso cap. 18 de Deuteronômio, tão citado contra o Espiritismo, logo após os versículos das proibições, temos a promessa de Jeová, de que suscitará um grande profeta para auxiliar e orientar o povo. Como fazia com Moisés, o próprio Jeová promete que porá as suas palavras na boca desse médium. Não obstante, sabendo que todo médium está sujeito a envaidecer-se e dar entrada a espíritos perturbadores, Jeová determina que o profeta seja morto: "Se falar em nome de outros deuses". Esta passagem (vers. 20 do cap. XVIII) é mais uma confirmação bíblica do ensino espírita de que, naquele tempo, os espíritos eram chamados "deuses". Jeová era espírito-guia do povo hebreu, e por isso considerado como o seu Deus, o único verdadeiro. Mas os profetas (médiuns) de Jeová podiam receber outros deuses, como Baal, Apolo ou Zeus, pelo que a proibição bíblica nesse sentido é terrível e desumana, como podemos ver nos textos. A evolução espiritual do povo hebreu permitiria a Jesus vir corrigir esses abusos e substituir a concepção bárbara de Deus dos Exércitos pela concepção evangélica do Deus-Pai, cheio de amor com todas as criaturas. O Espírito que ditou os Dez Mandamentos a Moisés desempenhava uma elevada missão, preparando o povo hebreu para o monoteísmo, a crença num só Deus, pois os deuses da Antigüidade eram mitos. Através da mediunidade, ensinava aos homens rudes do tempo as verdades espirituais que deveriam frutificar no futuro. E por isso que encontramos, nas páginas da Bíblia, não só o relato de fenômenos espíritas ocorridos com o povo hebreu, mas também ensinamentos precisos e claros sobre a mediunidade. No Capitulo XII, do Livro de Números, vemos Jeová dar aos Hebreus uma das lições que só mais tarde apareceriam de novo, mas então no O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.

 

 

 

Mirian e Aarão falavam mal de Moisés, por haver ele tomado uma nova mulher, de origem cusita. Jeová não gostou disso e subitamente "desceu da nuvem", para repreende-los. Descer da nuvem é materializar-se, pois a nuvem é simplesmente a formação de ectoplasma, como a Bíblia deixa bem claro nos seus relatos. Imagina se o Senhor do Universo, o Deus-Pai do Evangelho, faria este papel de alcoviteiro!! Seria absurdo tomarmos este Jeová, sempre imiscuído nos assuntos domésticos, pelo próprio Deus! Como espírito-guia, podemos compreende-lo. E é como espírito-guia que ele repreende os maldizentes, castiga Mirian, mas antes ensina.

 

 

 

Primeiro, diz ele que pode manifestar-se aos profetas (médiuns) por meio de visão (vidência) ou de sonhos. Depois, lembrando que Moisés é o seu instrumento para direção do povo, esclareceu: "Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa". E acrescenta: "Boca a boca fale com ele, claramente e não por enigmas". Cinco formas de mediunidade figuram nesse ensino bíblico:

 

 

 

1) vidência;

 

2) a de desprendimento, ou sonambúlica;

 

3) a de materialização;

 

4) a de voz-direta;

 

5) a de audiência.

 

 

 

O próprio Jeová ensinava a mediunidade, como o apóstolo Paulo, em sua Primeira Epistola aos Corintios, ensinaria mais tarde a fazer uma reunião mediúnica.

 

 

 

Quem examinar com isenção o texto bíblico, observará que aquele Jeová do Antigo Testamento nada tem de comum com o Deus apresentado por Jesus no Novo.

 

 

 

Tudo faz crer que o protetor imediato da nação judaica era uma Entidade mais ou menos identificada com a índole guerreira da raça. Cada homem, cada povo, tem o Guia Espiritual que merece, compatível com o seu grau de evolução moral. Podia ser, talvez, um dos antepassados, com autoridade para impor seu domínio sobre os homens. Tais entidades, por atrasadas que sejam, não ficam ao desamparo da Espiritualidade Superior, mas é claro que esta não pode impor ensinamentos que os assistidos não estejam ainda em condições de assimilar. A evolução tem que vir naturalmente, sempre respeitando o livre-arbítrio de cada ser.

 


O mesmo ocorre ainda hoje, com os
"pretos-velhos" e "orixás" que orientam os cultos africanos. Quando se dedicam ao bem, trabalhando em favor dos que sofrem, recebem assistência e orientação dos Espíritos elevados. Se preferem a prática do mal, tornam-se vitimas de entidades malévolas e ficam entregues a própria sorte até que, caindo em si, percebam a voz da consciência e, arrependidos, se voltem para Deus. O exame do Velho Testamento nos leva a duas alternativas: ou era o próprio legislador quem, com o propósito de infundir respeito, atribuía a Divindade todos aqueles rompantes de ferocidade de que o Antigo Testamento está repleto, ou Deus se fazia representar ante o povo por uma deidade tribal, talvez ate mais de uma, como se infere de Gen. 3:22: "Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal".

 

 

 

E a prova de se tratar de espirito ainda um tanto materializado é que "habitava no tabernáculo" (II Sam. 7:6), ou "de tenda em tenda" (I Cron. 17:5) e "se comprazia com o cheiro dos animais imolados em holocausto" (Números 29:36)

 

 

 

O Deus que amamos e adoramos não pode estar sujeito as paixões humanas. Não se concebe um Deus de infinita perfeição tomado de rancor, pronto a descarregar sobre suas criaturas a sua tremenda ira. E no entanto, embora Ele se diga "misericordioso e piedoso, tardio em se irar e grande em beneficência e verdade" (Êxodo 34:6), contam-se para mais de 60 acessos de cólera entre os livros Êxodo e II Reis.

 

 

 

O Jeová do Antigo Testamento, que deu ao seu povo o mandamento "não matarás", mandava exterminar os inimigos (e ate os amigos...) com incrível ferocidade. Como explicar tamanha contradição?

 

 

 

O apóstolo João afirmou: "Deus nunca foi visto por ninguém" (João 1:18) e "ninguém jamais viu a Deus" (I João 4:12), o que foi confirmado por S. Paulo: "(aquele) a quem nenhum dos homens viu nem pode ver" (I Timoteo 6:16) e pelo próprio Jesus: "Não que algum homem tenha visto o Pai" (João 6:46). Mas lemos no Antigo Testamento que Deus disse: "Eu apareci a Abraão, Isaac e Jaco" (Êxodo 6:3) e que Moisés, Arao, Nadib e Abiu e mais 70 anciãos viram Deus (Êxodo 24:9-11).

 

 

 

"Falava Deus a Moisés face a face, como qualquer homem fala ao seu amigo" (Êxodo 33-11) e contudo o advertiu: "Não poderás ver a minha face, porque homem nenhum verá a minha face e viverá" (Êxodo 33:20) e em seguida abriu uma concessão: “ver-me-as pelas costas, mas a minha face não se vera" (Êxodo 33:23). E no entanto o próprio Deus afirmou: “Eu falo com Moisés boca a boca e ele vê a forma do Senhor" (Num. 12:8) e mais: “Cara a cara o Senhor falou conosco no monte, no meio do fogo" (Deut. 5:4) e "(Moisés) a quem o Senhor conhecera cara a cara" (Deut. 34:10). Finalmente, "Deus por duas vezes apareceu a Salomão" (I Reis 11:9). Afinal, Deus foi visto ou não?

 

 

 

Afirmando que a Bíblia é a palavra de Deus, se baseiam nos versículos abaixo:

 

 

 

16Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; 17para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. (II Timóteo 3)

 

 

 

Pois bem, a minha João F. de Almeida de 1948 diz: "Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar...".

 

 

 

Paulo se referia as escrituras que realmente são inspiradas, não considerando outras. E se fosse como querem, também seria uma contradição. Não dizem os católicos e protestantes que nem tudo é inspirado, e chamam de "apócrifos" livros que não constam em suas bíblias? Ainda por cima, a Bíblia protestante exclui livros que estão na Bíblia dos católicos... E gostaria de saber em que toda aquela guerra e, principalmente, aquela demonstração de PRECONCEITO contra deficientes físicos, poderia ser "proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.". Não creio MESMO que Paulo estivesse falando de toda a Bíblia.

 

 

 

Outras argumentações dos que afirmam ser a Bíblia a "Palavra de Deus":

 

 

 

" Jesus:

 

 

 

a. leu-a (Lc 4:16-20);

 

b. ensinou-a (Lc 24:27);"

 

 

 

Mas também a resumiu em "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Nós, espíritas, acreditamos que a Bíblia CONTÉM a Palavra de Deus, mas não é inteiramente a Palavra de Deus, infalível, inquestionável...

 

 

 

“Jesus afirmou que elas eram a verdade” (Jo 17:17);

 

 

 

Diz o versículo 14: "Eu lhes dei a tua palavra; e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo." Jesus se referia a palavra que Ele trouxe. Essa, sim, veio de Deus.

 

 

 

Jesus chamou-a  "A Palavra de Deus" (Mc 7:13);

 

 

 

Novamente, não toda a Bíblia.

 

 

 

"Jesus viveu e procedeu de acordo com ela"  (Lc 18:31);

 

 

 

"Tomando Jesus consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém e se cumprirá no filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito;"

 

 

 

Se referia as profecias sobre o Messias, que se cumpriam com Ele.

 

 

 

"Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo"  (Mc 12:35,36);

 

 

 

Inspiração mediúnica (leia o item Espirito Santo)

 

 

 

"Jesus cumpriu-a (Lc 24:44). Jesus põe sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento pois" Leis, Salmos e Profetas "eram as três divisões da Bíblia nos dias em que o Novo Testamento ainda estava sendo formado. "

 

 

 

"44Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 45Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; 46e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos;" (Lc 24:44-46)

 

 

 

Mais uma vez, se referia apenas as profecias a seu respeito.

 

 

 

"Em cada pessoa que aceita a Jesus como Salvador, o Espírito Santo põe em seu espírito a certeza quanto à autoria da Bíblia. É uma coisa automática. Não é preciso ninguém ensinar isso. Quem de fato aceita a Jesus, aceita também a Bíblia como a Palavra de Deus, sem argumentar."

 

 

 

Ora, isso é um convite a fé cega!

 

 

 

Em Jo 7:17, Jesus mostra como podemos ter dentro de nós o testemunho do Espírito Santo quanto a autoria divina da Bíblia: “Se alguém quer fazer a vontade de Deus . . .” .

 

 

 

14Estando, pois, a festa já em meio, subiu Jesus ao templo e começou a ensinar. 15Então os judeus se admiravam, dizendo: Como sabe este letras, sem ter estudado? 16Respondeu-lhes Jesus: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. 17Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo. 18Quem fala por si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça. (João 7:14-18)

 

 

 

Mostra Jesus que não é Deus, mas um enviado de Deus, trazendo a palavra de Deus. E diz o óbvio: que devemos reconhecer o que é a sua palavra e a palavra de Deus, para procurar cumprir essa última. Não diz nada sobre a Bíblia ser divina.

 

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:24

 

A Bíblia é o livro mais lido e mais respeitado do mundo, mas é também o mais mal interpretado. Daí as polêmicas cristãs. E a maior delas, que, geralmente, foi a tônica da convocação dos concílios, e que  influiu na formação da Bíblia e na heterogeneidade de suas interpretações, é a que trata de Jesus Cristo. E são três as correntes cristãs principais dessa polêmica: uma ortodoxa, para a qual Jesus Cristo é Deus e homem; outra que diz que Ele é só Deus; e mais aquela dos adocionistas e arianos, que sustenta que Jesus é um homem, a qual cresce, cada vez mais, entre os cristãos da atualidade, que olham com desconfiança os exageros teológicos do passado remoto. E Deus é trino, mas é único, ou seja, o Deus Pai e Mãe de Jesus e de todos nós.

Quando são Jerônimo formou a Bíblia (Vulgata), ele rejeitou os livros apócrifos, por eles terem uma tendência adocionista (Frei Jacir de Freitas Faria, “História de Maria, Mãe e Apóstola de seu Filho, nos Evangelhos Apócrifos”, página 9, Ed. Vozes). A inspiração espiritual para ela foi mais sobre São Jerônimo, pois, como vimos, foi ele o responsável pela escolha dos livros que a formam. Mas ele, num desabafo ao Papa Dâmaso, disse sobre os originais bíblicos: “A verdade não pode existir em coisas que divergem”. Ademais, a Bíblia era copiada a mão. Assim, ela tem muitas alterações acidentais nos seus textos. Mas tem também alterações intencionais dos copistas adocionistas e arianos e dos antiadocionistas e atanasianos. Mais detalhes em nosso livro “A Face Oculta das Religiões”, EBM Editora, Santo André, SP.
Qual seria a Bíblia que foi inspirada, quando se fala em até quatrocentas mil dessas variações? (Bart D. Ehrman, Ph.D em Teologia pela “Princeton University”,  maior biblista do mundo e autor de “O Que Jesus Disse? O Que Jesus não Disse?”, página 100, Prestígio Editorial, Rio - 1º lugar nos EE UU). Para Ehrman (idem, página 165), os textos antiadocionistas são alterações das Escrituras! E, infelizmente, ainda há gente que pensa que até uma vírgula da Bíblia é de Deus!
 
 
 
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:23

Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010

 

É comum a quem não acredita na reencarnação pedir provas de que ela realmente exista. Por outro lado, muitos querem, a todo custo, levar este princípio para o campo religioso, quando, a nosso ver, não tem nada a ver com religião, por se tratar de uma lei da natureza.

A grande maioria dos sistemas religiosos adota essa crença, ficando, fora deste contexto, quase que apenas as ditas religiões cristãs. Fato que muitos não sabem é que no cristianismo primitivo era aceita, sem maiores problemas, inclusive, fazia parte da cultura dos judeus.

Mas não queremos aqui tratar deste assunto por este ângulo, queremos isto sim, mostrar que a prova já existe, só falta um pouco mais de tempo para se consolidar de maneira decisiva, de modo que, a ciência, dita oficial, a aceite sem o mínimo de reservas.

Vejamos então uma experiência narrada no livro “Vidas Sucessivas”, Albert de Rochas, para tirarmos nossas conclusões:

Foi em 1887. Havia na Espanha um grupo espírita chamado “A Paz”, cujo fundador e presidente era Fernandez Colavida, apelidado do outro lado dos Pirineus de Kardec Espanhol.

Em todas as suas sessões, esse grupo fazia o estudo e o controle dos fenômenos espíritas. Minha esposa e eu éramos, naquela época, membros desse grupo.

Ora, certo dia, o sr. Fernandez quis experimentar se podia provocar sobre um sonâmbulo a recordação de suas existências passadas. Eis como agiu. Estando o médium magnetizado em alto grau, ordenou-lhe que dissesse o que havia feito na véspera, na antevéspera, uma semana antes, um mês, um ano e, conduzindo-o assim, ele o fez recuar até a infância, que descreveu como todos os seus detalhes.

Sempre estimulado, o médium contou sua vida no espaço, a morte em sua última encarnação e, conduzido continuamente, chegou a quatro encarnações, das quais a mais antiga fora uma experiência completamente selvagem. É interessante observar que, a cada existência, as feições do médium modificavam-se completamente.

Para trazê-lo de volta ao seu estado normal, ele o fez retornar até sua existência presente, depois o despertou.

Não desejando ser acusado de ter-se enganado, ele fez o médium ser magnetizado por um outro magnetizador, que deveria sugerir-lhe que as existências passadas não eram verdadeiras. Apesar desta sugestão, o médium expôs novamente as quatro existências como o havia feito alguns dias antes.

Obtive o mesmo resultado sobre o mesmo fato com um outro médium. (1)

(1) Os primeiros estudos foram controlados por todos os membros que formam o grupo “A Paz”. A. R.

Essa experiência se fez por magnetização do sujet, em outras palavras hipnose, que, levado a um sono profundo, foi induzido a regredir mentalmente, primeiro aos fatos ocorridos nesta vida, depois aos de vidas anteriores. E pela data pode-se bem perceber que o assunto não era modismo.

Numa segunda experiência, é feita ao sujet a sugestão de que as existências passadas não eram verdadeiras, e apesar disso ele expõem as quatro existências exatamente como tinha feito antes, atesta a preocupação do pesquisador em fugir da fraude ou do engano.

A questão que levantamos em cima deste caso é a seguinte, que para melhor compreensão iremos colocar num esquema gráfico.

Cada número corresponde a uma determinada quantidade de anos. Na linha do tempo o ponto “0” representa o início da vida atual, enquanto que os números negativos o período anterior.

Considerando que os fatos da vida atual são perfeitamente comprováveis, e certamente aceitos como reais, ou seja, que o indivíduo tenha realmente, em regressão, “viajado no tempo”, por que somente os períodos anteriores à vida atual seriam fruto da imaginação? Só porque na maioria das vezes não podemos comprovar? Mas se os fatos da vida atual foram retirados da memória do individuo porque os outros não seriam, já que o método aplicado é o mesmo?

Mas, por que os períodos anteriores não são comprováveis? A bem da verdade, deveríamos dizer que são mais difíceis de se comprovar, porque o período de intermissão – período entre a última desencarnação e a nova encarnação – é, em média, de 250 anos, conforme nos informa Dr. Hernani de Guimarães Andrade. Fica, portanto, muito difícil uma comprovação num espaço de tempo desses, pois muitas informações não possuem registro para que se possa comprová-las. Entretanto, nos casos de crianças, que se lembram espontaneamente de uma reencarnação anterior, as coisas podem ficar muito mais fáceis. E em alguns casos já pesquisados os indícios são muito fortes.

Em recente reportagem na revista ISTOÉ, se falou do estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia Regressiva Vivencial Peres, que fez um mapeamento de ondas cerebrais de pacientes em regressão para se saber qual ou quais as áreas do cérebro que estariam em atividade naquele momento. Assim, alguns pacientes foram submetidos a uma tomografia com emissão de radifármaco (método spect), cujos exames foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados de consciência da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. Estes estudos revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas durante a regressão de memória são as do lobo médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção. Ou seja, não é fruto da imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma estória, o lobo frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, conforme a explicação de Júlio Peres.

Outra pesquisa que vem sendo feita mais recentemente é o da análise das impressões digitais. O delegado de polícia João Alberto Fiorini, da Agência de Inteligência do Paraná, especialista em impressões digitais, está desenvolvendo pesquisa científica em sua área para comprovar a reencarnação.

Como suas pesquisas estão se iniciando praticamente agora, só conseguiu comprovar três casos, entretanto, as perspectivas futuras são animadoras, já que com o seu trabalho sendo divulgado mais pessoas poderão apresentar os seus casos para análise.

O que estamos notando é que o cerco está se apertando cada vez mais, e fatalmente muito breve, estaremos diante da ciência oficial admitindo a reencarnação como uma Lei natural.

Não sabemos se isso irá modificar o comportamento das pessoas, já que todos compreenderão que a justiça divina nos fará quitar todo o mal que tivermos praticado, uma vez que um dos objetivos da reencarnação é justamente esse.

Uma coisa é certa, as religiões cristãs tradicionais terão que se ajustarem à nova realidade. Mas, pensamos, que isso terá um preço o qual elas não se furtarão de pagar. É que seus adeptos poderão se insurgir contra elas, alegando que deveriam saber disso, mas preferiram ficar ao lado dos materialistas. Concluirão que não existe mais inferno, fato sempre dito como verdade pelos líderes religiosos, aí sim para elas será um verdadeiro “inferno”. Compreenderão finalmente, que Deus nos ama, num amor incondicional, que faz, que quer queiramos ou não, estejamos no futuro junto a ele, numa comunhão com todos os outros espíritos criados por Ele.

Mas, é obvio que muitos ainda não acreditarão, deixamos a eles a oportunidade de apresentarem suas contra-provas. E que nos expliquem também como justificar a existência dos gênios precoces e por qual mecanismo um indivíduo consegue fazer algo que nesta vida atual não tenha aprendido, como, por exemplo, pintar? De onde tiram algumas crianças, que ainda não sabem o que é o bem e o mal, um ódio inexplicável pelos pais?

Quer queiramos ou não, o fato é que existe uma certa interferência das religiões nessa questão, por mais que alguns cientistas neguem, estão atrelados às suas correntes religiosas e o preconceito cria obstáculos à plena aceitação dessa realidade.

O escritor Hermínio C. Miranda, nos dá as razões do porquê da Igreja Católica em se manter firme em não aceitar a reencarnação, o que a nosso ver, poderia ser aplicado às demais correntes ditas cristãs. Diz esse erudito estudioso: “... o simples acolhimento da doutrina das vidas sucessivas teria precipitado a invalidação de princípios vitais à Igreja, como o da unicidade da vida, céu, inferno, juízo final, pecado original e, por via de conseqüência, sacramentos, exclusividade salvífica, mediação sacerdotal entre a criatura e Deus, divindade de Jesus e outros tantos aspectos que a Igreja considera, naturalmente, inegociáveis, porque eternos, imutáveis, irremovíveis. É preciso, ainda, lembrar que tudo isso está assentado em bases materiais e econômico-financeiras que garantem incalculável massa crítica de poder político, do qual a instituição não está disposta nem preparada para abrir mão, senão à custa de um suicídio institucional”.

Não podemos deixar de citar o eminente pesquisador “made in Brazil”, o nosso mestre Dr. Hernani Guimarães Andrade, que enfaticamente nos disse:

“Não fosse a ‘teimosia’ dos chefes religiosos e a ‘indiferença’ dos atuais ‘donos’ da Ciência, a reencarnação já estaria fazendo parte das leis definitivamente aceitas, pelo nosso atual sistema científico. Seria levada á conta das leis biológicas conhecidas e que explicam a biogênese, especialmente o processo da vivificação da matéria orgânica, sem embargo da ação da entropia. A entropia, ou ‘Segundo princípio da Termodinâmica’ tem sido uma barreira quase intransponível para as tentativas de explicação da origem da vida, apenas lançando-se mão dos postulados materialistas-reducionistas da Ciência oficial”.

“Ao meu modesto modo de ver, a obra do Dr. Ian Stevenson, Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birth Marks and Birth Defects [1], e a sinopse desse livro, Where Reincarnation and Biology Intersects: A Synops, não-só representa a evidência definitiva da reencarnação, como ‘deita uma pá de cal’, em cima de qualquer argumentação negativista contra a ‘Lei da Reencarnação’. Não há mais lugar para dúvidas. De agora em diante, restará apenas a sofisticada e inútil controvérsia acerca da natureza ‘daquilo’ que passa de uma encarnação para outra... (ver. Você e a Reencarnação, pp. 100-107)”

 

 

Referências bibliográficas:

  • Os Cártaros e a Heresia Católica, Hermínio C. Miranda, Lachâtre, Niterói, RJ, 1ª edição, 2002.
  • Revista Espiritismo & Ciência, nº 2 e nº 3, Mythos Editora, São Paulo, SP.
  • Revista ISTOÉ, nº 1710, 10 de julho de 2002.
  • Vidas Sucessivas, Albert de Rochas, Lachâtre, trad. Márcia Jotha, Bragança Paulista, SP, 1ª edição, 2002.
  • Você e a Reencarnação, Dr. Hernani de Guimarães Andrade, CEAC Editora, Bauru, SP, 1ª edição, 2002.
[1] Volume I: Birthmarks, 1.200 páginas e Volume II: Birth Defects and Other Anomalies, 1.100 páginas.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 20:22

“Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para fogueira.”
(Leon Tolstoi)

                                                                                                       
O que importa é a experiência em prol do crescimento, não a punição, o castigo.

Dois náufragos estavam já havia uma semana numa ilha deserta. Abatidos pelo cansaço, estresse, sede e uma aguda fome, já pressentiam o pior. Um deles, mais desesperado, prostrou-se de joelhos à beira do mar e pôs-se a rezar, como já não fazia desde criança:
 
- Meu Deus, me ajude por favor. Não quero morrer. Mande-nos socorro. Sei que não tenho sido um ótimo cristão, mas prometo que se for salvo serei uma pessoa melhor. Não serei mais um egoísta, não trairei mais minha mulher, não serei um maledicente, doarei todos os meus bens para instituições de caridade.

- Ei, para! Gritou o outro náufrago.
- Para de te comprometer que lá vem um barco. Que figura.!

Adeptos ou não de uma teoria ou crença, todos nós temos uma visão do universo e sobre os fenômenos da vida. Essa visão é que explica os fatos e influencia diretamente sobre nosso modo de pensar e agir. Para muitos o que vale é o esforço do homem. Ele é o senhor do seu destino, independentemente de qualquer coisa. Para outros, somos reféns do destino, já nascemos com sorte ou azar, pouco ou nada importando nossos esforços. Muitos acreditam em milagres, na miraculosa intervenção divina em favor de nossas vidas. Outros ainda acham que o acaso é o senhor da vida e que procurar uma ordem ou razão superior para a vida é pura quimera.

Todas as crenças merecem respeito. Vejamos a visão espírita.

  Como funciona o universo?
  Ele é aleatório? Irracional?
  Muda conforme as circunstâncias?

Não, o universo não é aleatório, mas sábio e estável.

Em verdade, o universo é retributivo. Quer isso dizer que existem leis eternas e imutáveis que criam circunstâncias adequadas para a evolução espiritual, para que avancemos aprendendo. Uma dessas leis é a lei de causa e efeito.

A melhor explicação para esta lei está no evangelho: “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.”

Ou seja, nossas ações ecoam no universo que, por ser retributivo, devolverá à sua fonte de ação os efeitos - bênçãos ou sofrimentos - correspondentes. Não se planta pimenta para se colher morangos. A cada um segundo suas obras, ensinou Jesus.

A lei de causa e efeito está na base da Justiça Divina.

Não sem razão que Jesus advertiu Pedro, quando este quis reagir à sua prisão: “embainha tua espada Pedro, quem com a espada ferir, com a espada será ferido.”

Então você poderá me questionar:

  Se é assim, por que muitos criminosos levam a vida numa boa?
  Por que pessoas perversas não têm um fim com proporcional sofrimento?
  Por que tantas pessoas de bem são vitimadas por padecimentos atrozes?

Ninguém, absolutamente ninguém escapa da Justiça Divina e neste conceito entram as provas e as expiações, assunto a ser tratado noutro momento.

Quando se pratica uma ação, desencadeia-se uma reação retributiva no universo. Ou seja, provoca-se um efeito que inicia curso em direção à sua fonte de ação. Quando, como e através do que ou de quem este efeito se concretizará ninguém sabe dizer. Certo, apenas, é que ele virá, disso não há qualquer dúvida. Nem acaso, nem destino, retribuição.

Quanto a questão acima, importa entender que a Justiça Divina não se restringe ao plano material. Todos os dias, grupos mediúnicos acessam regiões de expurgo espiritual, onde os efeitos se fazem sentir sobre espíritos comprometidos com as leis divinas, que aprendem o preço das perversidades, do mal. De lá ecoam as vozes que descrevem a força da lei. Não, não é o inferno. Este conceito não está associado a um lugar geográfico, a chifres e chamas, mas ao estado de espírito do ser, feliz ou infeliz com sua condição.

Por isso Paulo, o grande apóstolo, ensinou com precisão: “tudo posso, mas nem tudo me convém.”

Da mesma forma, mas em sentido oposto, quando se pratica o bem, o universo não conspira não. Ele retribui. Por isso, Emmanuel, o guia de Chico Xavier, ensinou: o bem que fazes é teu advogado em todo lugar. Esse o sentido do buscai e achareis, princípio crístico que tem correspondência ao karma das tradições budistas e hinduístas, que em seu conceito oriental, sânscrito, corresponde à acto ou acção.

Três esclarecimentos são importantes para compreensão da dinâmica da lei de causa e efeito:
 
  Sobre as penas eternas;
  Sobre a lei de compensação;
  Sobre o caráter não linear da lei de causa e efeito.

Primeiro, cumpre esclarecer que não existem penas eternas. Ninguém é condenado ao céu ou ao inferno e de lá não sai mais. Isso seria negar a bondade e misericórdia divina.
 
Como viveria uma mãe no céu sabendo que seu amado filho foi condenado ao inferno eternamente?
 
Essa interpretação serviu para impor a fé pelo medo. Está ultrapassada. Através de outra lei, a da reencarnação, o espírito tem sucessivas chances, recebendo um corpo, uma família, um trabalho e as circunstâncias de sua vida, conforme “suas obras”. Esse conjunto de fatores e circunstâncias serão as mais adequadas à sua evolução. É sua nova chance.
 
Por exemplo, o prepotente reencarnará para ser provado em situações humilhantes, terá fracassos, decepções e freios à sua vaidade, cruzará recorrentemente com pessoas prepotentes – até pela lei de afinidade -, para aprender a ser humilde, manso, simples.
 
  O avaro:
- provará as necessidades, a pobreza, a perda de bens, para aprender o desapego.
 
O egoísta:- será golpeado em sua individualidade e personalismo, provará a solidão, o isolamento, precisará da ajuda de grupos, de equipes, para aprender o valor do conjunto, do repartir, do pensar no outro.
 
Cada um receberá do universo as condições ideais para que cresça. Na medida que se melhora, atrai pessoas e situações afins. Bem atrai o bem, mal atrai o mal. Logo, se aproveita sua nova chance, não precisará passar por tão duras provas e expiações. Assim é a dinâmica geral, com múltiplas variantes e combinações. Ou seja, não há penas eternas, a cada reencarnação, o aluno recebe as lições adequadas a seu grau de evolução.

Outro esclarecimento é que a lei de causa e efeito não é linear. Ou seja, se você fez alguém perder um braço, não necessariamente você perderá um braço.

Isso é lei do Talião: olho por olho, dente por dente. A lei de Deus é sábia e bondosa. O universo forja uma dinâmica onde o que importa não é devolver um castigo, uma punição, mas propiciar um crescimento. Quando Jesus advertiu Pedro para que embainhasse sua espada, referia-se ao valor moral de forma figurada. Quem pela espada (orgulho, por exemplo) ferir, pelo orgulho será ferido. A lei dá condições adequadas para que o espírito perceba e entronize, por sua própria vivência – maravilhosa ou tormentosa – as diferenças entre o bem e o mal para saber exercitar seu livre arbítrio. O que importa é a experiência em prol do crescimento, não a punição, o castigo.

Por fim, um derradeiro esclarecimento:
 
Ao contrário do que ensina o Budismo, o carma – resultado da lei de causa e efeito – não é irreversível. Deus, em sua bondade, permitiu-nos amenizar ou mesmo neutralizar o efeito que desencadeamos no universo através da lei de compensação. Podemos compensar nossos atos maus, com novos atos bons.

Por isso que Gandhi palestrou com precisão, que um homem que ama neutraliza milhões que odeiam e Jesus assinalou que o amor move montanhas. Não se reportava a um acidente geológico, mas a montanhas de “pecados”, os carmas que geramos. Há quem pense que, sendo assim, pode fazer o que quiser e depois praticar a caridade para compensar. São muitas as mensagens do plano espiritual que vaticinam que o que vale é a intenção. Caridade interesseira é nula.

O espírita-cristão, na medida que conhece a dinâmica do universo, melhor compreende a vida e, embora falível, pensa mil vezes antes de praticar atos que prejudiquem a si, ao próximo, à sociedade, à natureza, pois sabe que dispara efeito no universo que irá alcançá-lo, cedo ou tarde. Portanto, o mal que faz a outrem a si mesmo se faz. Por isso, luta para ser uma pessoa melhor, compreende que a vingança tem efeito bumerangue e lhe atrasa a evolução, aprende a se resignar e não reclamar das dificuldades, sabe que não existe injustiça e que podemos plantar nosso futuro, semeando agora.

Avalie o que você recebeu do universo até este momento e poderás ter superficial noção sobre o que você semeou. Examine o que você está fazendo na atual vida e poderás vislumbrar a futura retribuição que receberás.

Ah, e se você um dia ficar ilhado e for socorrido, não seja ingrato, agradeça, pois embora o universo não seja rancoroso, é sábio e retributivo.

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 20:18

 

Usada por pastores, padres e demais líderes religiosos. Saiba identificá-la!
 
 
Um impressionante texto científico sobre a verdade que acontece nas igrejas
 


 
O Nascimento da Conversão
 
            CONVERSÃO é uma palavra "agradável" para lavagem cerebral... E qualquer estudo de lavagem cerebral tem de começar com o estudo do Revivalismo Cristão no século dezenove, na América. Jonathan Edwards descobriu acidentalmente as técnicas durante uma cruzada religiosa em 1735, em Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os "pecadores" que compareceram aos seus encontros de reavivamento foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação. O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia então dizer-lhes, "vocês são pecadores! vocês estão destinados ao inferno!". Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão profundamente afetados que, embora tivessem encontrado a "salvação eterna", eram também obcecados com a idéia diabólica de dar fim às próprias vidas.
           Uma vez que um pregador, líder de culto, manipulador ou autoridade atinja a fase de apagamento do cérebro, deixando-o em branco, os sujeitos ficam com as mentes escancaradas, aceitando novas idéias em forma de sugestão. Porque Edwards não tornou sua mensagem positiva até o fim do reavivamento, muitos aceitaram as sugestões negativas e agiram, ou desejaram agir, de acordo com elas.
Charles J. Finney foi outro cristão revivalista que usou as mesmas técnicas quatro anos mais tarde, em conversões religiosas em massa, em Nova Iorque. As técnicas são ainda hoje utilizadas por cristãos revivalistas, cultos, treinadores de potencial humano, algumas reuniões de negócios, e nas forças armadas dos EUA, para citar apenas alguns. Deixem-me acentuar aqui que eu não creio que muitos pregadores revivalistas percebam ou saibam que estão usando técnicas de lavagem cerebral. Edwards simplesmente topou com uma técnica que realmente funcionou, e outros a copiaram e continuam a copiá-la pelos últimos duzentos anos. E o mais sofisticado de nosso conhecimento e tecnologia tornou mais efetiva a conversão. Sinto fortemente que esta é uma das maiores razões para o crescimento do fundamentalismo cristão, especialmente na variedade televisiva, enquanto que muitas das religiões ortodoxas estão declinando.


 
 

As Três Fases Cerebrais
 
Os cristãos podem ter sido os primeiros a formular com sucesso a lavagem cerebral, mas teremos de ir a Pavlov, um cientista russo, para uma explicação científica. Nos idos de 1900, seu trabalho com animais abriu a porta para maiores investigações com humanos. Depois da revolução russa, Lênin viu rapidamente o potencial em aplicar as pesquisas de Pavlov para os seus próprios objetivos.
            Três distintos e progressivos estados de inibição transmarginal foram identificados por Pavlov. O primeiro é a fase EQUIVALENTE, na qual o cérebro dá a mesma resposta para estímulos fortes e fracos. A segunda é a fase PARADOXAL, na qual o cérebro responde mais ativamente aos estímulos fracos do que aos fortes. E a terceira é a fase ULTRA-PARADOXAL, na qual respostas condicionadas e padrões de comportamento vão de positivo para negativo, ou de negativo para positivo.
Com a progressão por cada fase, o grau de conversão torna-se mais efetivo e completo. São muitos e variados os modos de alcançar a conversão, mas o primeiro passo usual em lavagens cerebrais políticas ou religiosas é trabalhar nas emoções de um indivíduo ou grupo, até eles chegarem a um nível anormal de raiva, medo, excitação ou tensão nervosa.
            O resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade. Quanto mais esta condição é mantida ou intensificada, mais ela se mistura. Uma vez que a catarse, ou a primeira fase cerebral é alcançada, uma completa mudança mental torna-se mais fácil. A programação mental existente pode ser substituída por novos padrões de pensamento e comportamento.
Outras armas fisiológicas freqüentemente utilizadas para modificar as funções normais do cérebro são os jejuns, dietas radicais ou dietas de açúcar, desconforto físico, respiração regulada, canto de mantras em meditação, revelação de mistérios sagrados, efeitos de luzes e sons especiais, e intoxicação por drogas ou por incensos.
Os mesmos resultados podem ser obtidos nos tratamentos psiquiátricos contemporâneos por eletrochoques e mesmo pelo abaixamento proposital do nível de açúcar no sangue, com a aplicação de injeções de insulina. Vale ressaltar que hipnose e táticas de conversão são duas coisas distintas e diferentes, e que as técnicas de conversão são muito mais poderosas. Contudo, as duas são freqüentemente misturadas... com poderosos resultados.
 




 

Como os Pregadores Revivalistas Trabalham

           
Se você desejar ver um pregador revivalista em ação, há provavelmente vários em sua cidade. Vá para a igreja ou tenda e sente-se acerca de três-quartos da distância ao fundo. Muito provavelmente uma música repetitiva será tocada enquanto o povo vem para o serviço. Uma batida repetitiva, idealmente na faixa de 45 a 72 batidas por minuto (um ritmo próximo às batidas do coração humano) é muito hipnótica e pode gerar um estado alterado de consciência, com olhos abertos, em uma grande porcentagem das pessoas. E, uma vez você esteja em um ritmo alfa, você está pelo menos 5 vezes mais sugestionável do que você estaria, em um ritmo beta, de plena consciência. A música é provavelmente a mesma para cada serviço, ou incorpora a mesma batida, e muitas das pessoas irão para um estado alterado de consciência quase imediatamente após entrarem no santuário. Subconscientemente, eles recordam o estado mental quando em serviços religiosos anteriores, e respondem de acordo com a programação pós-hipnótica.
            Observe as pessoas esperando pelo início do serviço religioso. Muitas exibirão sinais exteriores de transe: corpo relaxado e olhos ligeiramente dilatados. Freqüentemente, eles começam a agitar as mãos para diante e para trás no ar, enquanto estão sentadas em suas cadeiras. A seguir, o pastor assistente muito provavelmente virá, e falará usualmente com uma simpática "voz ritmada".




Técnica da Voz Ritmada
 
           
Uma "voz ritmada" é um estilo padronizado, pausado, usado por hipnotizadores quando estão induzindo um transe. É também usado por muitos advogados, vários dos quais são altamente treinados hipnólogos, quando desejam fixar um ponto firmemente na mente dos jurados. Uma voz ritmada pode soar como se o locutor estivesse conversando ao ritmo de um metrônomo, ou pode soar como se ele estivesse enfatizando cada palavra em um estilo monótono e padronizado. As palavras serão usualmente emitidas em um ritmo de 45 a 60 batidas por minuto, maximizando o efeito hipnótico.
            Agora, o pastor assistente começa o processo de "acumulação". Ele induz um estado alterado de consciência e/ou começa a criar excitação e expectativas na audiência. A seguir, um grupo de jovens mulheres vestidas em longos vestidos brancos que lhes dão um ar de pureza, vêm e iniciam um canto. Cantos evangélicos são o máximo, para se conseguir excitação e ENVOLVIMENTO. No meio do canto, uma das garotas pode ser "golpeada por um espírito" e cai, ou reage como se estivesse possuída pelo Espírito Santo. Isto efetivamente aumenta a excitação na sala. Neste ponto, hipnose e táticas de conversão estão sendo misturadas e o resultado é que toda a atenção da audiência está agora tomada, enquanto o ambiente torna-se cada vez mais tenso e excitado.
            Exatamente neste momento, quando a indução ao estado mental alfa foi conseguido em massa, eles irão passar o prato ou cesta de coleta. Ao fundo, em uma voz ritmada a 45 batidas por minuto, o pregador assistente poderá exortar, "dê ao Senhor...dê ao Senhor...dê ao Senhor...dê ao Senhor". E a audiência dá. Deus pode não obter o dinheiro, mas seu já rico representante, sim.
A seguir, vem o pregador fogo-e-enxôfre. Ele induz medo e aumenta a tensão falando sobre "o demônio", "ir para o inferno", e sobre o Armageddon próximo. Na maioria da assembléias revivalistas, "depoimentos" ou "testemunhos" usualmente seguem-se ao sermão amedrontador. Pessoas da audiência virão ao palco relatar as suas histórias. "Eu estava aleijado e agora posso caminhar!". "Eu tinha artrite e ela se foi!". Esta é uma manipulação psicológica que funciona. Depois de ouvir numerosos casos de curas milagrosas, a pessoa comum na audiência com um problema menor está certa de que ela pode ser curada. A sala está carregada de medo, culpa e intensa expectativa e excitação.
            Agora, aqueles que querem ser curados são freqüentemente alinhados ao redor da sala, ou lhes é dito para vir à frente. O pregador pode tocá-los na cabeça e gritar "esteja curado!". Isto libera a energia psíquica, e, para muitos, resulta a catarse. Catarse é a purgação de emoções reprimidas. Indivíduos podem gritar, cair ou mesmo entrar em espasmos. E se a catarse é conseguida, eles possuem uma chance de serem curados. Na catarse (uma das três fases cerebrais anteriormente mencionadas), a lousa do cérebro é temporariamente apagada e novas sugestões são aceitas.
Para alguns, a cura pode ser permanente. Para muitos, irá durar de quatro dias a uma semana, que é, incidentalmente, o tempo que dura normalmente uma sugestão hipnótica dada a uma pessoa. Mesmo que a cura não dure, se eles voltarem na semana seguinte, o poder da sugestão pode continuamente fazer ignorar o problema... ou, algumas vezes, lamentavelmente, pode mascarar um problema físico que pode se mostrar prejudicial ao indivíduo, a longo prazo.
            Eu não estou dizendo que curas legítimas não aconteçam. Acontecem. Pode ser que o indivíduo estava pronto para largar a negatividade que causou o problema em primeiro lugar; pode ser obra de Deus. Mas afirmo que isto pode ser explicado com o conhecimento existente acerca das funções cérebro/mente.
            O uso de técnicas hipnóticas por religiões é sofisticado, e profissionais asseguram que elas tornaram-se ainda mais efetivas. Um homem em Los Angeles está projetando, construindo e reformando um monte de igrejas por todo o país. Ele diz aos ministros o que eles precisam, e como usá-lo. Sua fita gravada indica que a congregação e a renda dobrarão, se o ministro seguir suas instruções. Ele admite que cerca de 80 por cento de seus esforços são para o sistema de som e de iluminação.


 

Seis Técnicas de Conversão

           
Cultos e organizações que ensinam potencial humano estão sempre procurando por novos convertidos. Para conseguí-los, eles precisam criar uma fase cerebral. E geralmente precisam fazê-lo em um curto espaço de tempo: um fim-de-semana, até mesmo em um dia. O que se segue são as seis técnicas primárias usadas para gerar a conversão.
            O encontro ou treinamento tem lugar em uma área onde os participantes estão desligados do resto do mundo. Isto pode ser em qualquer lugar: uma casa isolada, um local remoto ou rural, ou mesmo no salão de um hotel, onde aos participantes só é permitido usar o banheiro, limitadamente. Em treinamentos de potencial humano, os controladores darão uma prolongada conferência acerca da importância de "honrar os compromissos" na vida. Aos participantes é dito que, se eles não honram seus compromissos, sua vida nunca irá melhorar. É uma boa idéia honrar compromissos, mas os controladores estão subvertendo um valor humano positivo, para os seus interesses egoístas. Os participantes juram para si mesmos e para os treinadores que eles honrarão seus compromissos. Qualquer um que não o faça será intimado a um compromisso, ou forçado a deixá-los. O próximo passo é concordar em completar o treinamento, deste modo assegurando uma alta porcentagem de conversões para as organizações. Eles terão, normalmente, que concordar em não tomar drogas, fumar, e algumas vezes não comer...ou lhes são dados lanches rápidos de modo a criar tensão.    
            A razão real para estes acordos é alterar a química interna, o que gera ansiedade e, espera-se, cause ao menos um ligeiro mal-funcionamento do sistema nervoso, que aumente o potencial de conversão.
            Antes que a reunião termine, os compromissos serão lembrados para assegurar que o novo convertido vá procurar novos participantes. Fique precavido se uma organização deste tipo oferecer sessões de acompanhamento depois do seminário. 
Estas podem ser encontros semanais ou seminários baratos dados em uma base regular, nos quais a organização tentará habilmente convencê-lo, ou então será algum evento planejado regularmente, usado para manter o controle.
 
Dica 1:Um controle de longo prazo é dependente de um bom sistema de acompanhamento.

Dica 2: Quando táticas de conversão estão sendo usadas? A manutenção de um horário que causa fadiga física e mental é primariamente alcançado por longas horas nas quais aos participantes não é dada nenhuma oportunidade para relaxar ou refletir
.
Dica 3: Utilizadas técnicas para aumentar a tensão na sala ou meio-ambiente.
 
Dica 4: Incerteza. Há várias técnicas para aumentar a tensão e gerar incerteza.
 
Basicamente, os participantes estão preocupados quanto a serem notados ou apontados pelos instrutores; sentimentos de culpa se manifestam, e eles são tentados a relatar seus mais íntimos segredos aos outros participantes, ou forçados a tomar parte em atividades que enfatizem a remoção de suas máscaras. Um dos mais bem sucedidos seminários de potencial humano força os participantes a permanecerem em um palco à frente da audiência, enquanto são verbalmente atacados pelos instrutores. Uma pesquisa de opinião pública, conduzida a alguns anos, mostrou que a situação mais atemorizante na qual um indivíduo pode se encontrar, é falar para uma audiência. Isto iguala-se à lavar uma janela externamente, no 85º andar de um prédio. 
Então você pode imaginar o medo e a tensão que esta situação gera entre os participantes. Muitos desfalecem, mas muitos enfrentam o stress por uma mudança de mentalidade. Eles literalmente entram em estado alfa, o que automaticamente os torna mais sugestionáveis do que normalmente são. E outra volta da espiral descendente para a conversão é realizada com sucesso.
 
Dica 5: Táticas de conversão estão sendo usadas com a introdução de jargão, novos termos que tem significado unicamente para os "iniciados" que participam. Linguagem viciosa é também freqüentemente utilizada, de propósito, para tornar desconfortáveis os participantes.

Dica 6 : Não haver nenhum humor na comunicação, ao menos até que os participantes sejam convertidos. Então, divertimentos e humor são altamente desejáveis, como símbolos da nova alegria que os participantes supostamente "encontraram".
Isto não quer dizer que boas coisas não resultem da participação em tais reuniões. Isto pode ocorrer. Mas é importante para as pessoas saberem o que aconteceu, e ficarem prevenidas de que o contínuo envolvimento pode não ser de seu maior interesse.
Reuniões de culto e treinamentos de potencial humano são um ambiente ideal para se observar em primeira mão o que é tecnicamente chamado de "Síndrome de Estocolmo". Esta é uma situação na qual aqueles que são intimidados, controlados e torturados começam a amar, admirar e muitas vezes até desejar sexualmente os seus controladores ou captores.
Mas permitam-me deixar aqui uma palavra de advertência: se você pensa que pode assistir tais reuniões e não ser afetado, você provavelmente está errado. Um exemplo perfeito é o caso de uma mulher que foi ao Haiti com Bolsa de Estudos da Guggenheim para estudar o vudu haitiano. Em seu relatório, ela diz como a música eventualmente induz movimentos incontroláveis do corpo, e um estado alterado de consciência. Embora ela compreendesse o processo e pudesse refletir sobre o mesmo, quando começou a sentir-se vulnerável à música ela tentou lutar e fugir. Raiva ou resistência quase sempre asseguram conversão. Poucos momentos mais tarde ela sentiu-se possuída pela música e começou a dançar, em transe, por todo o local onde se realizava o culto vudu. A fase cerebral tinha sido induzida pela música e pela excitação, e ela acordou sentindo-se renascida. A única esperança de assistir tais reuniões sem sentir-se afetado é não se permitir sentimentos positivos ou negativos. 
Poucas pessoas são capazes de tal neutralidade.


publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:42

 

Processo de Decognição

           
Uma vez que a conversão inicial é realizada, nos cultos, no treinamento militar, ou em grupos similares, não pode haver dúvidas entre seus membros. Estes devem responder aos comandos, e fazer o que estes lhes disserem. De outra forma, eles seriam perigosos ao controle da organização. Isto é normalmente conseguido pelo
 
Processo de Decognição em três passos.
           O primeiro passo é o de REDUÇÃO DA VIGILÂNCIA: os controladores provocam um colapso no sistema nervoso, tornando difícil distinguir entre fantasia e realidade. Isto pode ser conseguido de várias maneiras. DIETA POBRE é uma; muito cuidado com Brownies e com Koolaid. O açúcar 'desliga' o sistema nervoso. Mais sutil é a "DIETA ESPIRITUAL", usada por muitos cultos. Eles comem somente vegetais e frutas; sem o apoio dos grãos, nozes, sementes, laticínios, peixe ou carne, um indivíduo torna-se mentalmente "aéreo". Sono inadequado é outro modo fundamental de reduzir a vigilância, especialmente quando combinada com longas horas de intensa atividade física. Ser bombardeado com experiências únicas e intensas também consegue o mesmo resultado.
            O segundo passo é a CONFUSÃO PROGRAMADA: você é mentalmente assaltado enquanto sua vigilância está sendo reduzida conforme o passo um. Isto se consegue com um dilúvio de novas informações, leituras, discussões em grupo, encontros ou tratamento individual, os quais usualmente eqüivalem ao bombardeio do indivíduo com questões, pelo controlador. Durante esta fase de decognição, realidade e ilusão freqüentemente se misturam, e uma lógica pervertida é comumente aceita.
            O terceiro passo é PARADA DO PENSAMENTO: técnicas são usadas para causar um "vazio" na mente. Estas são técnicas para alterar o estado de consciência, que inicialmente induzem calma ao dar à mente alguma coisa simples para tratar, com uma atenta concentração. O uso continuado traz um sentimento de exultação e eventualmente alucinação. O resultado é a redução do pensamento, e eventualmente, se usado por muito tempo, a cessação de todo pensamento e a retirada de todo o conteúdo da mente, exceto o que os controladores desejem. O controle é, então, completo. É importante estar atento que quando membros ou participantes são instruídos para usar técnicas de "parar o pensamento", eles são informados de que serão beneficiados: eles se tornarão "melhores soldados", ou "encontrarão a luz".
 
            Há três técnicas primárias usadas para parar o pensamento.
A primeira é a MARCHA: a batida do tump, tump, tump literalmente gera auto-hipnose, e grande susceptibilidade à sugestão.
            A segunda técnica para parar o pensamento é a MEDITAÇÃO. Se você passar de uma hora a uma hora e meia por dia em meditação, depois de poucas semanas há uma grande probabilidade de que você não retornará à consciência plena normal beta. 
            Você permanecerá em um estado fixo alfa tanto mais quanto você continue a meditar. Não estou dizendo que isto é ruim. Se você mesmo o faz pode então ser benéfico. Mas é um fato que você está levando a sua mente a um estado de vazio. 
Nos testes aplicados a quem medita, o resultado é conclusivo: quanto mais você medita, mais vazia se torna a sua mente, principalmente se usada em excesso ou em combinação com decognição; todos os pensamentos cessam.
A terceira técnica de parar o pensamento é pelo CÂNTICO, e freqüentemente por cânticos em meditação. "Falar em línguas" poderia também ser incluído nesta categoria.
            Todas as três técnicas produzem um estado alterado de consciência. Isto pode ser muito bom se você está controlando o processo, porque você também controla o que vai usar. Se você usar ao menos uma sessão de auto-hipnose cada dia, poderá ser muito benéfico. Mas você precisa saber que se usar estas técnicas a ponto de permanecer continuamente em estado alfa, embora permaneça em um estado levemente embriagado, estará também mais sugestionável.



Verdadeiros Crentes & Movimentos de Massa

           
Provavelmente um terço da população é aquilo que Eric Hoffer chama "verdadeiros crentes". Eles são sociáveis, e são seguidores... são pessoas que se deixam conduzir por outros. Eles procuram por respostas, significado e por iluminação fora de si mesmos.
            Hoffer, que escreveu "O verdadeiro crente", um clássico em movimentos de massa, diz: "os verdadeiros crentes não estão decididos a apoiar e afagar o seu ego; têm, isto sim, uma ânsia de se livrarem dele. Eles são seguidores, não em virtude de um desejo de auto-aperfeiçoamento, mas porque isto pode satisfazer sua paixão pela auto-renúncia!". Hoffer também diz que os verdadeiros crentes "são eternamente incompletos e eternamente inseguros"!
Tudo o que se deve fazer é tentar mostrar-lhes que a única coisa a ser buscada é a Verdade interior. Suas respostas pessoais deverão ser encontradas lá, e solitariamente. A base da espiritualidade é a auto-responsabilidade e a auto- evolução, mas muitos dos verdadeiros crentes apenas respondem que o ateu não possui espiritualidade, e vão em seguida procurar por alguém que lhes dará o dogma e a estrutura que eles desejam.
            Nunca subestime o potencial de perigo destas pessoas. Eles podem facilmente ser moldado como fanáticos, que irão com muito prazer trabalhar e até morrer pela sua causa sagrada. Isto é um substituto para a sua fé perdida, e freqüentemente lhes oferece um substituto para a sua esperança individual. A maioria moral é feita de verdadeiros crentes. Todos os cultos são compostos de verdadeiros crentes. Você os encontrará na política, nas igrejas, nos negócios e nos grupos de ação social. Eles são os fanáticos nestas organizações.
            Os Movimentos de Massa possuem normalmente um líder carismático. Seus seguidores querem converter outros para o seu modo de vida ou impor um novo estilo de vida: se necessário, recorrendo a uma legislação que os force a isto, como evidenciado pelas atividades da Maioria Moral. Isto significa coação pelas armas ou punição, que é o limite em se tratando de coação legal.
Um ódio comum, um inimigo, ou o demônio são essenciais ao sucesso de um movimento de massas. Os Cristão Renascidos tem o próprio Satã, mas isto não é o bastante: a ele se soma o oculto, os pensadores da Nova Era, e mais tarde, todos aqueles que se oponham à integração de igreja e política, como evidenciado pelas suas campanhas políticas contra a reeleição daqueles que se oponham às suas opiniões. Em revoluções, o demônio é usualmente o poder dominante ou a aristocracia. Alguns movimentos de potencial humano são bastantes espertos para pedir a seus graduados para que associem-se a alguma coisa, o que o etiquetaria como um culto mas, se você olhar mais de perto, descobrirá que o demônio deles é quem quer que não tenha feito o seu treinamento.
Há movimentos de massa sem demônios, mas eles raramente alcançam um maior status. Os Verdadeiros Crentes são mentalmente desequilibrados ou mesmo pessoas inseguras, sem esperança e sem amigos. Pessoas não procuram aliados quando estão amando, mas eles o fazem quando odeiam ou tornam-se obcecados com uma causa. E aqueles que desejam uma nova vida e uma nova ordem sentem que os velhos caminhos devem ser destruídos antes que a nova ordem seja construída.




Técnicas de Persuasão

           
Persuasão não é uma técnica de lavagem cerebral, mas é a manipulação da mente humana por outro indivíduo, sem que o sujeito manipulado fique consciente do que causou sua mudança de opinião. A base da persuasão é sempre o acesso ao seu CÉREBRO DIREITO. A metade esquerda de seu cérebro é analítica e racional. O lado direito é criativo e imaginativo. Isto está excessivamente simplificado, mas expressa o que quero dizer. Então, a idéia é desviar a atenção do cérebro esquerdo e mantê-lo ocupado. Idealmente, o agente gera um estado alterado de consciência, provocando uma mudança da consciência beta para a alfa.
Primeiro, será dado um exemplo de como distrair o cérebro esquerdo. Políticos usam esta poderosa técnica todo o tempo; advogados usam muitas variações, as quais eles chamam "apertar o laço".
Assuma por um momento que você está observando um político fazendo um discurso. Primeiro, ele pode suscitar o que é chamado "SIM, SIM". São declarações que provocarão assentimentos nos ouvintes; eles podem mesmo sem querer balançar suas cabeças em concordância. Em seguida vem os TRUÍSMOS. Estes são, usualmente, fatos que podem ser debatidos, mas uma vez que o político tenha a concordância da audiência, as vantagens são a favor do político, que a audiência não irá parar para pensar a respeito, continuando a concordar. Por último vem a SUGESTÃO. Isto é o que o político quer que você faça, e desde que você tenha estado concordando todo o tempo, você poderá ser persuadido a aceitar a sugestão. 
Agora, se você ler o discurso político a seguir, você perceberá que as três primeiras sentenças são do tipo "sim, sim", a três seguintes são truísmos, e a última é a sugestão.
            "Senhoras e senhores: vocês estão indignados com os altos preços dos alimentos? Vocês estão cansados dos astronômicos preços dos combustíveis? Estão doentes com a falta de controle da inflação? Bem, vocês sabem que o outro Partido permitiu uma inflação de 18 por cento no ano passado; vocês sabem que o crime aumentou 50 por cento por todo o país nos últimos 12 meses, e vocês sabem que seu cheque de pagamento dificilmente vem cobrindo os seus gastos. Bem, a solução destes problemas é eleger-me, Daniel Haddad, para o Senado do Brasil"
Você já ouviu isto antes. Mas você poderia atentar também para os assim chamados Comandos Embutidos. Como exemplo: em palavras chaves, o locutor poderia fazer um gesto com sua mão esquerda, a qual, como os pesquisadores tem mostrado, é mais apta para acessar o seu cérebro direito. Os políticos e os brilhantes oradores de hoje, orientados pela mídia, são com freqüência cuidadosamente treinados por uma classe inteiramente nova de especialistas, os quais estão usando todos os truques, tanto novos quanto antigos, para manipulá-lo a aceitar o candidato deles.
            Os conceitos e técnicas da Neuro-Lingüística são tão fortemente protegidos que, mesmo para falar sobre ela publicamente ou em impressos, isto resulta em ameaça de ação legal.
Uma outra técnica é inacreditavelmente escorregadia; ela é chamada de TÉCNICA INTERCALADA, e a idéia é dizer uma coisa com palavras, mas plantar um impressão inconsciente de alguma outra coisa na mente dos ouvintes e/ou observadores. Por exemplo: suponha que você está observando um comentarista da televisão fazer a seguinte declaração: "O SENADOR JONAS está ajudando as autoridades locais a esclarecer os estúpidos enganos das companhias que contribuem para aumentar os problemas do lixo nuclear". Isto soa como uma simples declaração, mas, se o locutor enfatiza a palavra certa, e especialmente se ele faz o gesto de mãos apropriado junto com as palavras chaves, você poderia ficar com a impressão subconsciente de que o senador Jonas é estúpido. Este era o objetivo subliminar da declaração, e o locutor não pode ser chamado para explicar nada.
Técnicas de persuasão são também freqüentemente usadas em pequena escala com muita eficácia. O vendedor de seguro sabe que a sua venda será provavelmente muito mais eficaz se ele conseguir que você visualize alguma coisa em sua mente. É uma comunicação ao cérebro direito. Por exemplo, ele faz uma pausa em sua conversação, olha vagarosamente em volta pela sua sala, e diz: "Você pode imaginar esta linda casa incendiando até virar cinzas?". Claro que você pode! Este é um de seus medos inconscientes, e quando ele o força a visualizar isto, você está sendo muito provavelmente manipulado a assinar o contrato de seguros. Os Hare Krishna, ao operarem em um aeroporto, usam a chamada técnica de CHOQUE E CONFUSÃO para distrair o cérebro esquerdo e comunicarem-se diretamente com o cérebro direito. Alguns agem em aeroportos e a sua técnica era a de saltar na frente de quem passasse. Inicialmente, sua voz era alta; então ele abaixava o tom enquanto pedia para que a pessoa levasse um livro, após o que pedia uma contribuição em dinheiro para a causa. 
Usualmente, quando as pessoas ficam chocadas, elas imediatamente recuam. Neste caso, eles ficavam chocados pela estranha aparência, pela súbita materialização e pela voz alta do devoto Hare Krishna. Em outras palavras, as pessoas iam para um estado alfa por segurança, porque elas não queriam confrontar-se com a realidade à sua frente. Em alfa, elas ficavam altamente sugestionáveis, e por isto aceitavam a sugestão de levar o livro; no momento em que pegavam o livro, sentiam-se culpadas e respondiam a uma segunda sugestão: dar dinheiro. Nós estamos todos condicionados de tal forma que, se alguém nos dá alguma coisa, nós temos de dar alguma coisa em troca que, neste caso, era dinheiro. Muitas das pessoas que ele parara exibiam um sinal externo de que estavam em alfa: seus olhos estavam dilatados.




Vibrato

           
Isto nos leva a mencionar o VIBRATO. Vibrato é o efeito de trêmulo feito por alguma música instrumental ou vocal, e a sua faixa de freqüências conduz as pessoas a entrarem em um estado alterado de consciência. Em um período da história inglesa, aos cantores cuja voz possuía um vibrato pronunciado não era permitido cantarem em público, porque os ouvintes entravam em um estado alterado de consciência, quando então tinham fantasias, inclusive de ordem sexual. Pessoas que assistem à ópera ou apreciam ouvir cantores como Mário Lanza estão familiarizados com os estados alterados induzidos pelos cantores.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:41

Alguns estudiosos da bíblia declaram que há milhares de contradições em suas páginas explícitas ou implícitas. A seguir estão algumas delas. Para perfeito entendimento é preciso acompanhar as passagens citadas em cada ítem da listagem.

1. A Bíblia nos fala que toda a escritura foi inspirada por Deus (II Timóteo 3:16).
Mas em alguns trechos é negada a inspiração divina (I Coríntios 7:6;5:12) (II Coríntios 11:17).

2. Os Gigantes existiam antes da inundação (Gênesis 6:4).
Somente Noé, sua família, e os animais da Arca sobreviveram à inundação (Gênesis 7:23).
Mesmo depois da Inundação os gigantes continuaram existindo (Números 13:33).

3. Deus diz para Noé que tudo o que se move e tem vida servirá de alimento para ele, e também toda a vegetação. Só não poderá comer da carne ainda com vida, ou seja, com sangue (Gênesis 9:3-4).
Deus diz que nem todos os animais podem ser consumidos (Deuteronômio 14:7-20).

4. Toda a terra tinha uma só língua e as mesmas palavras, até que Deus criou vários idiomas diferentes, fazendo com que ninguém entendesse um ao outro (Gênesis 11:1,6-9).
Anterior a isto, a Bíblia fala de diversas nações, cada um com sua própria língua (Gênesis 10:5).

5. Deus admitiu que Ele é a causa da surdez e da cegueira (Êxodo 4:11).
Contudo, Deus não aflige os homens por vontade própria (Lamentações 3:33).

6. Deus envia Moisés para o Egito resgatar os filhos de Israel (Êxodo 3:10. 4:19-23).
No caminho, Deus ameaçou Moisés de morte. (Êxodo 4:24-26). Não proveu de explicação.

7. Deus mata todos os animais dos egípcios com uma forte pestilência. Nenhum sobreviveu à pestilência (Êxodo 9:3-6).
Deus mata todos os animais dos egípcios com uma chuva de granizo (Êxodo 9:19-21,25). (Mas eles já não haviam morrido com a pestilência?)

8. Deus não foi conhecido por Abraão, Isaac e Jacó pelo nome de Javé (Êxodo 6:2-3).
O nome do Senhor já era conhecido (Gênesis 4:26).

9. Deus proíbe que seja feito a escultura de qualquer ser (Êxodo 20:4).
Deus ordenou a fabricação de estátuas de ouro (Êxodo 25:18).

10. Proibição do assassinato (Êxodo 20:13).
Deus manda Moisés matar todos os homens de Madiã (Números 31:7).

11. Proibição do roubo (Êxodo 20:15).
Deus manda roubar os egípcios (Êxodo 3:21-22).

12. Proibição da mentira (Êxodo 20:16)
Deus permiti a mentira (I Reis 22:22)

13. Você tem que julgar o próximo com justiça (Leviticus 19:15).
Não julgue ninguém para não ser julgado (Mateus 7:1).

14. Deus jamais se arrepende (I Samuel 15:29).
Deus se arrepende (Gênese 6:6) (Êxodo 32:14) (I Samuel 15:11,35) (Jonas 3:10).

15. Deus não pode mentir (Números 23:19).
Deus deliberadamente enviou um "espírito" mentiroso (I Reis 22:20-30) (II Crônicas 18:19-22).
Deus faz pessoas acreditarem em mentiras (II Tessalonicenses 2:11-12).
O Senhor engana os profetas (Ezequiel 14:9).

16. Aarão morreu no monte Hor. Imediatamente depois disso, os israelitas foram para Salmona e Finon (Números 33:38).
Aarão morreu em Mosera. Depois disso, os isralelitas foram para Gadgad e Jetebata (Deuteronômio 10:6-7).
Deus diz a Moisés que Aarão morreu no monte Hor (Deuteronômio 32:50).

17. Nós temos que amar Deus (Deuteronômio 6:5) (Mateus 22:37).
Nós temos que temer Deus (Deuteronômio 6:13) (I Pedro 2:17).

18. Deus escreveu nas tábuas as dez palavras da aliança (Deuteronômio 10:1-2,4).
Deus ditou e Moisés escreveu (Êxodo 34:27-28).

19. Josué queimou a cidade de Hai e reduziu-a a um monte de ruínas para sempre (Josué 8:28).
Hai ainda existe como uma cidade (Neemias 7:32).

20. Josué destruiu totalmente os habitantes de Dabir (Josué 10:38-39).
Os habitantes de Dabir ainda existem (Josué 15:15).

21. Saul destruiu completamente os amalecitas (I Samuel 15:7-8,20).
David destruiu completamente os amalecitas (I Samuel 27:8-9).
Finalmente os amalecitas são mortos (I Crônicas 4:42-43).

22. Isaí teve sete filhos além de seu mais jovem, David (I Samuel 16:10.11).
David foi o sétimo filho (I Crônicas 2:15).

23. Saul tentou consultar o Senhor (I Samuel 28:6).
Saul nunca fez tal coisa (I Crônicas 10:13-14).

24. Saul cometeu suicídio (I Samuel 31:4-6) (I Crônicas 10:4-5).
Saul foi morto por um amalecita (II Samuel 1:8-10).
Saul foi morto pelos filisteus (II Samuel 21:12).

25. Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer (II Samuel 8:4).
Davi tomou 7.000 cavaleiros de Adadezer (I Crônicas 18:4).

26. Davi matou aos arameus 700 parelhas de cavalos e 40.000 cavaleiros (II Samuel 10:18).
Davi matou aos arameus 7.000 cavalos e 40.000 empregados (I Crônicas 19:18).

27. Israel dispõe de 800.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 500.000 homens (II Samuel 24:9).
Israel dispõe de 1.100.000 homens aptos para manejar espadas, enquanto que Judá dispõe de 470.000 homens (I Crônicas 21:5).

28. Satã provocou Davi a fazer um censo de Israel (I Crônicas 21:1).
Deus sugeriu Davi a fazer um censo de Israel (II Samuel 24:1).

29. Davi pagou 50 siclos de prata por gados e pelo terreno (II Samuel 24:24).
Davi pagou 600 siclos de ouro pelo mesmo terreno (I Crônicas 21:25).

30. Rei Josias foi morto em Magedo. Seus servos o levam morto para Jerusalém (II Reis 23:29-30).
Rei Josias foi ferido em Magedo e pediu para seus servos o levarem para Jerusalém, onde veio a falecer (II Reis 23:29-30).

31. Foram levados 5 homens dentre os mais íntimos do rei (II Reis 25:19-20).
Foram levados 7 homens dentre os mais íntimos do rei (Jeremias 52:25-26).

32. São citados os nomes de 10 pessoas que vieram com Zorobabel (Esdras 2:2)
São citados os nomes de 11 pessoas que vieram com Zorobabel (Neemias 7:7)

33. (Esdras 2:3 & Neemias 7:8) Estas passagens pretendem mostrar a quantidade de pessoas que voltaram do cativeiro babilônico. Compare o número para cada família: 14 deles discordam.

34. A terra vai durar para sempre (Salmos 104:5) (Eclesiastes 1:4).
A terra perecerá (II Pedro 3:10) (Hebreus 1:10-11).

35. Deus fala a respeito de sacrifícios com os filhos de Israel libertos do egito (Levítico 1:1-9).
Deus nega que houvesse dito algo sobre sacrifícios naquela ocasião (Jeremias 7:22).

36. O filho não deve ser castigado pelo erro do pai, ou vice-versa (Deuteronômio 24:16) (Ezequiel 18:20) (II Crônicas 25:4).
Deus vinga a crueldade dos pais nos filhos até a quarta geração (Êxodo 20:5) (Deuteronômio 5:9).
Todos os homens são culpados pelo pecado de Adão. A culpa passou de pai para filhos por diversas gerações (Romanos 5:12).

37. Jesus foi filho de José, que o foi de Jacob (Mateus 1:16).
Jesus foi filho de José, que o foi de Heli (Lucas 3:23).

38. O pai de Salathiel foi Jeconias (Mateus 1:12).
O pai de Salathiel foi Neri (Lucas 3:27)

39. Abiud é filho de Zorobabel (Mateus 1:13).
Resa é filho de Zorobabel (Lucas 3:27).
São citados os nomes de todos os filhos de Zorobabel, mas nem Resa e nem Abiud estão entre eles (I Crônicas 3:19-20).

40. Jorão era o pai de Ozias que era o pai de Joathão (Mateus 1:8-9).
Jorão era o pai de Occozias, do qual nasceu Joás, que gerou Amazias, que foi pai de Azarias que, finalmente, gerou Joathão (I Crônicas 3:11-12).

41. Josias era o pai de Jeconias (Mateus 1:11).
Josias era o avô de Jeconias (I Crônicas 3:15-16).

42. Zorobabel era filho de Salathiel (Mateus 1:12) (Lucas 3:27).
Zorobabel era filho de Fadaia. Salathiel era tio dele (I Crônicas 3:17-19).

43. Sale era filho de Cainan, neto de Arfaxad e bisneto de Sem (Lucas 3:35-36).
Sale era filho de Arfaxad e neto de Sem (Gênese 11:11-12).

44. Ninguém jamais viu a Deus (João 1:18, 6:46) (I João 4:12).
Jacob viu Deus cara a cara (Gênesis 32:30).
Moisés e os anciões de Israel viram Deus (Êxodo 24:9-11).
Deus falou com Moisés cara a cara (Êxodo 33:11) (Deuteronômio 34:10).
Ezequiel viu Deus em uma visão (Ezequiel 1:27-28).

45. Jesus curou um leproso depois de visitar a casa de Pedro e Simão (Marcos 1:29,40-42).
Jesus curou o leproso antes de visitar a casa de Pedro e Simão (Mateus 8:2-3,14).

46. O Diabo levou Jesus primeiro ao topo do templo e depois para um lugar alto para ver todos os reinos do mundo (Mateus 4:5-8).
O Diabo levou Jesus primeiro para o lugar alto e depois para o topo do templo (Lucas 4:5-9).

47. Quem crê no filho de Deus tem vida eterna (João 3:36).
Quem ama a Deus e ao seu próximo tem vida eterna (Lucas 10:25-28).
Quem guarda os 10 mandamentos tem vida eterna (Mateus 19:16-17).

48. O sermão conteve 9 beatitudes (Mateus 5:3-11).
O sermão conteve 4 beatitudes (Lucas 6:20-22).

49. Jesus adquiriu Mateus como discípulo depois de acalmar a tempestade (Mateus 8:26).
Jesus adquiriu Mateus (Levi) como discípulo antes de ter acalmado a tempestade (Marcos 2:14, 4:39)
Obs: O contexto identifica Levi como outro nome para Mateus. Compare [Mateus 9:9-17] com [Marcos 2:14-22] e com [Lucas 5:27-39].

50. O centurião se aproximou de Jesus e pediu ajuda para um criado doente (Mateus 8:5-7).
O centurião não se aproximou de Jesus. Ele enviou amigos e os anciões dos judeus (Lucas 7:2-3,6-7).

51. Jairo pediu a Jesus que ajudasse a sua filha, que estava morrendo (Lucas 8:41-42).
Ele pediu para que Jesus salvasse a filha dele que já havia morrido (Mateus 9:18).

52. Jesus disse aos seus discípulos que deveriam andar calçados com sandálias (Marcos 6:8).
Jesus lhes disse que não deveriam andar descalços (Mateus 10:10).

53. Deus confiou o julgamento a Jesus (João 5:22) (João 5:27,30 8:26) (II Coríntios 5:10) (Atos 10:42).
Jesus, porém, disse que não julga ninguém (João 8:15,12:47).
Os santos hão de julgar o mundo (I Coríntios 6:2).

54. A transfiguração de Jesus ocorreu 6 dias após a sua profecia (Mateus 17:1-2).
A transfiguração ocorreu 8 dias após (Lucas 9:28-29).

55. A mãe de Tiago e João pediu a Jesus para que eles se assentassem ao seu lado no reino (Mateus 20:20-21).
Tiago e João fizeram o pedido, ao invés de sua mãe (Marcos 10:35-37).

56. Ao sair de Jericó, Jesus se encontrou com dois homens cegos (Mateus 20:29-30).
Ao sair de Jericó, Jesus se encontrou com somente um homem cego (Marcos 10:46-47).

57. Dois dos discípulos levaram uma jumenta e um jumentinho para Jesus da aldeia de Bethfagé (Mateus 21:2-7).
Eles levaram somente um jumentinho (Marcos 11:2-7).

58. Jesus amaldiçoou a árvore de figo depois de ter deixado o templo (Mateus 21:17-19).
Ele amaldiçoou a árvore antes de ter entrado no templo (Marcos 11:14-15,20)

59. Um dia após Jesus ter amaldiçoado a figueira, os discípulos notaram que ela havia secado (Marcos 11:14-15,20)
A figueira secou imediatamente após a maldição ser posta (Mateus 21:19).

60. Jesus disse que Zacarias era filho de Baraquias (Mateus 23:35).
Zacarias era filho de Joiada (II Crônicas 24:20-22).

61. Jesus manda amarmos uns aos outros (João 13:34-35).
Você não pode ser um discípulo de Jesus a menos que já tenha aborrecido seus pais, seus irmãos, seus filhos ou sua esposa (Lucas 14:26).

62. Vestiram Jesus com um manto carmesim (Mateus 27:28).
Vestiram Jesus com um manto púrpura (Marcos 25:17) (João 19:2).

63. Após Pedro ter negado Jesus, o galo cantou pela segunda vez (Marcos 14:30,57-72).
O galo só cantou uma vez (Lucas 22:34,60-61) (Mateus 26:34,69-74)

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:06

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2010
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19


31


Últ. comentários
Excelente texto. Parabéns!
É como você mesmo colocou no subtítulo do seu blog...
Ok, Sergio.O seu e-amil é só esse: oigres.ribeiro@...
Ok, desejaria sim.
Ola, Sérgio.Gotaria de lhe fazer um convite:Gostar...
Obrigado e abraços.
www.apologiaespirita.org
Ola, Sérgio.Gostei de sua postagem, mas gostaria s...
subscrever feeds

SAPO Blogs


Universidade de Aveiro