TODO AQUELE QUE CRÊ NUM DOGMA, ABDICA COMPLETAMENTE DE SUAS FACULDADES. MOVIDO POR UMA CONFIANÇA IRRESISTÍVEL E UM INVENCÍVEL MEDO DOENTIO, ACEITA A PÉS JUNTOS AS MAIS ESTÚPIDAS INVENÇÕES.

Quinta-feira, 04 de Março de 2010

 

Ligue sua televisão pela madrugada. Com o seu controle escolha aquele canal em que um líder religioso está entrevistando uma pessoa do povo. Você vai ouvir mais ou menos o seguinte diálogo:

“-  Então a senhora se arrependeu de ter sido espírita?

           

- Sim, me arrependi. Foi um dos momentos de minha vida em que tudo dava errado e eu não sabia porque.

- E agora que a senhora está em nossa Igreja, como está sua vida?

- Agora, com Jesus no meu coração, tudo mudou. Consegui emprego, consegui comprar minha casa própria e sou uma pessoa muito mais feliz.

- Então o Espiritismo prejudicou a senhora?

- Prejudicou. Hoje eu vejo que o Espiritismo é coisa de demônio. Se pudesse diria para todos os espíritas conhecerem a nossa Igreja onde Jesus é o nosso Mestre e Senhor. Os espíritas precisam enxergar que o seu mestre é o demônio.”

Depois de ouvir tudo isso, nós espíritas ficamos a imaginar:

“Que desconhecimento em relação ao Espiritismo!”.

           

Um parêntese: Você se lembra, caro leitor, quando chutaram em um dos programas de televisão a imagem católica de Nossa Senhora Aparecida? Você se lembra da intensa e imensa reação dos católicos de todo o Brasil? Você se lembra dos insistentes noticiários da televisão e dos inflamados artigos de jornais e revistas sobre o assunto?

A reação de todos foi impressionante!

Há tempos não se via tamanha comoção em nosso país. O chute na imagem de Nossa Senhora era assunto nas escolas, nos bares, em todos os lugares.

Agora reflita comigo:

Você já imaginou que todos os dias determinados pastores chutam nossa Doutrina?

           

Por terem chutado uma única vez uma imagem, os católicos e toda a mídia brasileira prontamente reagiram.

E nós que estamos sendo chutados todos os dias, estamos reagindo?

Poderíamos pensar que existem duas alternativas para resolver essa crítica situação de ataque diário e persistente ao Espiritismo:

A primeira:

Culpar o pastor e procurar fazer com que o mesmo nos dê satisfação por publicamente desrespeitar de maneira infame e inculta a Doutrina que professamos.

A  segunda:

Divulgar melhor nossa Doutrina.

Agirmos de acordo com a primeira alternativa geraria polêmica. E polêmica gera polêmica, que por sua vez gera polêmica...

Divulgar melhor nossa Doutrina é a solução.

Veja as palavras de Allan Kardec:

“Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”.

Vale a pena também ler as palavras de Vianna de Carvalho, espírito:

“Na hora da informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que se disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má Imprensa, na sua vária expressão, é a aplicação dos postulados espíritas, hoje ainda ignorados e confundidos com as superstições, crendices, sofrendo as velhas conotações infelizes com que o caluniaram no passado, aguardando ser despojado das mazelas que lhe atiraram os frívolos e os déspotas, os fanáticos e os de má fé, quanto os que se apoiavam nos interesses subalternos, inconfessáveis...

Hora de mentalidades abertas às informações de toda ordem, este é  o nosso momento de programar tarefas, fomentar a divulgação por todos os meios, tornando-se cada companheiro honesto e dedicado, nova “carta-viva”, para a estruturação de um homem melhor, portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade mais feliz”.

Complementa ainda Vianna de Carvalho “Como não é lícito fomentar debates ou gerar discussões improdutivas, cabem, frequentemente, sempre que possíveis, as honestas informações entre Doutrina Espírita e Doutrinas Espiritualistas, prática espírita e práticas mediúnicas, opiniões espíritas e opiniões medianímicas...”

Kardec e Vianna de Carvalho nos mostram que gerar polêmicas, criar discussões improdutivas a nada levam.

Procurar discutir no mesmo nível dos detratores é agir como eles estão agindo. É errar como eles estão errando.

Nossa tarefa é melhor divulgar a Doutrina e respeitar todas as religiões.

Uma eficiente e eficaz divulgação do Espiritismo, como disse Kardec: “imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”.

Portanto, qual deve ser nossa postura ao divulgar nossa Doutrina?

Ao procurar divulgar  nossa Doutrina, devemos fazê-la sem proselitismo, com ousadia e sensatez, tendo sempre em mente que nossa postura tem que ser a postura do conhecimento, da ética, da dignidade e da boa ação.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:22

 

Caro irmão espírita, o texto que você vai ler a seguir demonstra como é possível divulgar a nossa Doutrina, sem desrespeitar as demais instituições religiosas.

           

O objetivo do texto a seguir é mostrar ao não espírita: o que o Espiritismo “não é e não faz”.

Sabemos que o não espírita muitas vezes tem preconceitos em relação ao Espiritismo. Preconceitos estes que impedem-no de conhecer uma Doutrina essencialmente esclarecedora e, por conseqüência, consoladora e libertadora.

Este tesouro - o Espiritismo -  não pode ficar só em nossas mãos.

 

É comum no nosso meio comentarmos a famosa frase de Emmanuel “A maior caridade que se pode fazer para a Doutrina Espírita é a sua própria divulgação”.

Se assim é, e se achar que o conteúdo do texto a seguir seja merecedor, divulgue-o. Procure, dentro de suas possibilidades:

a) publicá-lo em  jornais não espíritas;

b) publicá-lo em jornais espíritas que tenham (também ) público não espíritas;

c) tirar cópias e encaminhá-las a centros espíritas de sua região, orientando-os  a  procederem conforme itens “a” e “b”, acima.

O autor, e a Doutrina, agradecem

ESPIRITISMO, COISA DO DEMÔNIO?

Sou espírita. Respeito todas as religiões que têm Deus como o Pai maior. Vejo os integrantes das demais religiões como diletos irmãos. Nem poderia ser diferente. Se somos filhos do mesmo Deus por que o fato de professarmos diferentes religiões impediria vermo-nos como irmãos?

E como irmão do caro leitor, aproveito desta oportunidade para trazer à tona  alguns conceitos - ou preconceitos - equivocados em relação ao espiritismo.

Caro irmão-leitor, não tenho o  intuito de convertê-lo ao espiritismo. Se você se encontrou no  catolicismo ou no protestantismo para que mudar de religião?

Nós, espíritas, muito valorizamos o catolicismo. Podemos dizer que o catolicismo é a religião-mãe. Se não fossem a força, a coragem, a fé e a determinação dos primeiros católicos as palavras do nosso Mestre Jesus não teria chegado aos nossos dias. A humanidade muito deve ao catolicismo.

Também respeitamos e valorizamos o protestantismo. Quando o homem ficou mais preocupado com a religião externa, isto é, mais valorizava a forma do que o conteúdo, foi o protestantismo que chacoalhou uma situação de inércia e reavivou as palavras do Mestre.

Mas por que alguns - não  todos - católicos e protestantes, nossos diletos irmãos, insistem em dizer que o “o espiritismo é coisa do demônio”?

Jesus disse “Pelos frutos conhecereis a àrvore”.

Os espíritas, como outros religiosos, têm como sua principal meta procurar seguir, com as limitações próprias da natureza humana, os preceitos de Jesus em sua máxima “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Que demônio é este que inspira aos espíritas o amor  a Deus e ao próximo?

Os espíritas, como outros religiosos, acreditam na realidade maior da vida: “fora da caridade não há salvação”.

Que demônio é este que inspira aos espíritas fazer a caridade ao próximo?

Os espíritas têm por princípio a valorização e o respeito às demais religiões, todas consideradas como diferentes ferramentas idealizadas pelo mesmo Arquiteto.

Que demônio é este que inspira aos espíritas a fraternidade e a solidariedade entre integrantes de religiões muitas vezes sustentadas em dogmas ou em faces da verdade conflitantes entre si?

Que demônio é este que, onde há divergência de opiniões, procura unir em vez de semear a discórdia?

 

Os verdadeiros espíritas, aqueles que seguem os preceitos máximos da doutrina, tem como rotina em sua vida o esforço pela sua transformação moral. Isto é, conhece-se o verdadeiro espírita pelo  seu contínuo esforço em  transformar-se moralmente.

Que demônio é este que inspira aos espíritas  constante preocupação com sua elevação moral?

Caro irmão-leitor, reflitamos:

Que demônio é este que fala em amor, caridade, solidariedade, fraternidade e em transformação moral?

Só não vê, como disse nosso Mestre Jesus,  quem não tem olhos para ver.

Por favor, não entenda que o objetivo deste artigo é a sua conversão. Se é você um bom católico, continue a sê-lo. Se você professa uma das diversas religiões protestantes, continue na sua convicção. Mas se você é dos que dizem que “o espiritismo é coisa do demônio” procure - sem abandonar sua religião - pelo menos estudar alguns livros espíritas. A critica gratuita, sem análise, sem profundo estudo, não deve fazer parte de nossos atos. Dê a si mesmo o direito de conhecer melhor o seu objeto de crítica. Estude.

É importante dizer que a denominação “espiritismo” assumiu conotações que não correspondem à real essência da doutrina codificada pelo educador Allan Kardec, e que se sustenta no evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo.

No espiritismo não há queima de vela, incenso, “trabalhos”, magias, imagens ou outros rituais. Muitas pessoas, não espíritas, muitas pessoas mesmo, imaginam - sem antes pesquisar - que o espiritismo manifesta-se por tudo que nele não existe, como os exemplos citados ( queima de vela, incenso, “trabalhos”, magias, culto a imagens, rituais, etc. ).

Muitas religiões que se autodenominam Espiritismo, não o são de fato.

O templo do espiritismo é o templo do estudo, do amor e da caridade.

 

Outras pessoas, como você, também não acreditavam ou tinham uma opinião deformada do espiritismo.

William Crookes, o extraordinário pai da Física contemporânea, o homem que descobriu o tálio, a matéria radiante, a quem se deve os pródomos da Física Nuclear da atualidade chegou a dizer textualmente:

  “Eu era um materialista absoluto e, depois de investigar em profundidade científica os fenômenos mediúnicos, eu afirmo que eles já não são possíveis: eles são reais!”

César Lombroso, depois de examinar a mediunidade de Eusápia Paladino disse estas palavras:

“Quando me lembro do que eu e meus colegas zombávamos daqueles que acreditavam no Espiritismo, coro de vergonha, porque hoje eu também sou espírita! A evidência dos fatos dobrou a minha convicção negativa”.

 

E ainda Cronwell Varley, o que lançou sobre o mundo as linhas da telegrafia e da telefonia internacional, os cabos transoceânicos, teve a coragem de dizer:

“Somente negam os fenômenos espíritas, aqueles que não se deram ao trabalho de os estudar. Eu não conheço um só exemplo de alguém que os haja estudado, que não se tenha rendido à sua evidência”.

Não. Não precisa tornar-se espírita. Mas estude o espiritismo antes de criticá-lo.

E lembremo-nos que todos, independentemente de religiões, somos filhos do mesmo Deus e devemos irmanarmo-nos, unirmo-nos pelo bem comum, pelo amor ao próximo, pelos atos de solidariedade humana.

Ninguém é dono da Verdade Absoluta. Todas as religiões sérias são de Deus. Deus se manifesta de muitas formas e através de diversas religiões. Respeitemo-nos mutuamente, cheguemo-nos mais pertos um do outro, só assim seremos dignos de sermos chamados filhos de Deus.

Para encerrar, leiamos a letra abaixo, musicada pelo  admirável católico-cantor Padre Zezinho, que é um hino ao respeito e à união dos seguidores das mais diversas religiões:

CANÇÃO ECUMÊNICA:

            “Que todos nós,

            que acreditamos em Deus,

            saibamos viver em paz e dialogar!

            Que todos nós,

            que cremos que Deus é Pai,

            saibamos nos respeitar e nos abraçar!

            Filhos do Universo,

            filhos do mesmo amor,

            saibamos ouvir uns aos outros,

            ouvir o que o outro nos tem a dizer.

            E, sem combater,

            sem desmerecer,

            primeiro escutar,

            depois discordar,

            por fim celebrar e orar.

            E adorar e servir a Deus.

            E ajudar e ajudar as pessoas...

            e respeitar os ateus!

            ... pra sermos filhos de Deus”.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:18

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Últ. comentários
Excelente texto. Parabéns!
É como você mesmo colocou no subtítulo do seu blog...
Ok, Sergio.O seu e-amil é só esse: oigres.ribeiro@...
Ok, desejaria sim.
Ola, Sérgio.Gotaria de lhe fazer um convite:Gostar...
Obrigado e abraços.
www.apologiaespirita.org
Ola, Sérgio.Gostei de sua postagem, mas gostaria s...
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