TODO AQUELE QUE CRÊ NUM DOGMA, ABDICA COMPLETAMENTE DE SUAS FACULDADES. MOVIDO POR UMA CONFIANÇA IRRESISTÍVEL E UM INVENCÍVEL MEDO DOENTIO, ACEITA A PÉS JUNTOS AS MAIS ESTÚPIDAS INVENÇÕES.

Domingo, 30 de Maio de 2010

Laura Schlessinger é uma personalidade do rádio americano que distribui conselhos para pessoas que ligam para seu show.

Recentemente ela disse que a homossexualidade é uma abominação de acordo com Levíticos 18:22 e não pode ser perdoada em qualquer circunstância. O texto abaixo é uma carta aberta para Dra. Laura, escrita por um cidadão americano e também disponibilizada na Internet.

 

 

 

“Cara Dra. Laura

Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levíticos 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate.

Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como segui-las:

 

1. Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levíticos 1:9). O problema são os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?

 

2. Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?

 

3. Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.

 

4. Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?

 

5. Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo mesmo?

 

6. Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Eu não concordo. Você pode esclarecer esse ponto?

 

7. Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?

 

8. A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?

 

9. Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levíticos 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano se usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco).

 

10. Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levíticos 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levíticos 19:19 porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliéster). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los (Levíticos 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seus sogros (Levíticos 20:14)?

 

Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar. Obrigado novamente por nos lembrar de que a palavra de Deus é eterna e imutável. “Seu discípulo e fã ardoroso.”

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 08:16

 

Se os Espíritos reencarnam, e consequentemente transitam do plano físico para o espiritual e vice-versa, como justificar o crescimento da população mundial?

No início da Era Cristã havia perto de trezentos milhões de habitantes na Terra. Seremos oito bilhões em 2020, vinte e sete vezes mais.

De onde essa gente toda vem se é sempre a mesma gente que vai?

Esse, amigo leitor, é o mais frequente questionamento dos que combatem o princípio das vidas sucessivas.

Há os ingênuos, que não se dão ao trabalho de estudar o assunto.

Pior são os espertos que, embora conhecendo a resposta, faltam à verdade com a intenção de dar um nó em nossos miolos.

Segundo informações da Espiritualidade, através de médiuns confiáveis, como Chico Xavier, nosso planeta tem vinte e cinco bilhões de Espíritos que aqui desenvolvem experiências evolutivas. Aproximadamente seis bilhões e setecentos milhões encarnados; os restantes, desencarnados.

Portanto, a população pode crescer à vontade. Enquanto não se exaurirem os recursos do Planeta, sempre haverá gente de lá para cá aportar.

Ainda que toda a população planetária possa, hipoteticamente, encarnar, não haverá problema.

Espíritos de outros mundos aqui aportarão, obedecendo à migração interplanetária, já que não são estanques suas coletividades.

E mais: nunca faltarão Espíritos para compor populações em qualquer estância do Universo, porquanto a Criação é infinita.

Diante de fariseus e saduceus orgulhosos da descendência de Abraão, João Batista, o precursor, dizia, significativamente (Mateus,3:9):

Não penseis que basta dizer: temos por pai a Abraão. Eu vos digo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

Simbolismo ilustrativo.

Deus cria incessantemente Espíritos para povoar o Universo.

São mais numerosos na vastidão do infinito do que os átomos que compõem o mar de pedras que há na Terra.

Sempre os teremos para aqui encarnar, se assim o Criador o desejar.

Indagará você, leitor amigo: Por onde andam os perto de dezoito bilhões e trezentos milhões de moradores do Além?

Digo-lhe que depende da condição espiritual.

Essa população desencarnada estende-se em vários níveis, a partir da crosta terrestre. Por aqui, trombando com os homens, há grande parcela de Espíritos que, libertando-se dos laços da matéria pelo fenômeno da morte, permanecem presos aos vícios e paixões que caracterizam o comportamento de muita gente.

Vivem como se fossem encarnados.

Convivem conosco. Influenciam-nos e não raro nos exploram e oprimem, na medida em que nos rendamos à sua influência.

Surpreendido ao tomar conhecimento dessa realidade, um amigo indagava:

– Se for tomar banho, eles me verão? Haverá outras indiscrições?

Depende de nós, de estarem abertas ou fechadas as portas de nosso lar a essas influências.

Se o ambiente é desajustado, se há vícios e destemperos; se membros do agrupamento familiar não cultivam a oração e um sentido idealista de vida, fatalmente perderemos a privacidade.Muitos de nossos problemas de saúde, desvios de comportamento, vícios e paixões, surgem e se agravam a partir dessa presença.

Se cultivarmos os valores do Cristo, no empenho de renovação, no esforço do Bem, estaremos resguardados.

Há o velho ditado:

Diz-me com quem andas e te direi quem és.

Com pequena alteração podemos aplicá-lo em relação às influências espirituais:

Diz-me como fazes e te direi a natureza das influências que te cercam.

Em última instância, sempre dependerá de nós.

Há a indefectível questão do esquecimento, sempre evocado quando se pretende contestar a reencarnação.

Se estamos pagando dívidas, se sofremos dores e dissabores relacionados com nossos comprometimentos do pretérito, não seria mais fácil e coerente tomar conhecimento deles? Não estaríamos mais conformados, aceitando melhor o disciplinamento da mestra Dor?

Puro engano. Durante anos, visitei prisões e raramente encontrei alguém que julgasse justa a sua condenação. A maioria esperneia, revolta-se, cuida de fugir…

– Achei uma mala cheia de dinheiro, veio a polícia e me prendeu sob a alegação de que a havia roubado.

– Tropecei num cadáver ensanguentado e manchei minhas roupas.

Não adiantou explicar. Condenaram-me por um crime que não cometi!

– Bandidos perversos enfiaram-me num automóvel e me obrigaram a acompanhá-los num assalto. Absurdo ser acusado de mentor do bando!

– Estava amolando uma faca quando o elemento tropeçou e caiu sobre a lâmina, que entrou em seu peito e atingiu o coração.

Da mesma forma, imagino as pessoas recordando suas defecções do passado, a clamarem aos céus:

– Não me conformo ter nascido com a língua presa, como se tivesse sido contumaz fofoqueiro.

Afinal, na vida anterior nada fiz senão defender a verdade, revelando as faltas alheias.

– Deus foi injusto comigo, dando-me um corpo debilitado, braços frágeis. Logo eu, que na vida anterior defendia a justiça, ao espancar aqueles que me contrariavam.

Portanto, caro leitor, não vejo porque teríamos maior facilidade para enfrentar o resgate de nossos débitos, lembrando a origem deles.

Examinemos objetivamente a questão.

A família humana está na Terra há pelo menos duzentos mil anos.

Estimativa modesta, porquanto se calcula que o ser pensante surgiu há pelo menos um milhão de anos.

Estabelecida uma média de cinco reencarnações a cada milênio, o que é, também, um cálculo modesto, teríamos muita gente com centenas de reencarnações. Mesmo Espíritos mais jovens certamente por aqui passaram, em existências breves, longas, médias; experiências variadas – homem, mulher, europeu, asiático, americano, africano, nas alternâncias evolutivas...

Quando é curto o intervalo entre reencarnações, o Espírito pode guardar fortes lembranças da personalidade anterior, algo perturbador, gerando uma confusão terrível em sua cabeça.

Imaginemos o que seria a sobreposição de incontáveis personalidades de vidas anteriores em nosso mundo íntimo. Toda uma população convivendo na caixa craniana! Não haveria juízo que resistisse.

Consideremos a oportunidade do recomeço:

Um homem é condenado por ter cometido atrocidades, criminoso famigerado.

Após anos de prisão, a consciência desperta, atormenta-se pelos crimes praticados.

Ao sair da prisão, qual seria o seu grande desejo, em relação ao assunto?

Ah! Se pudesse esquecer e começar tudo de novo, num lugar onde ninguém o conhecesse, nem o discriminasse pelo seu passado!

É exatamente o que a reencarnação nos faculta, oferecendo-nos infinitas chances de reabilitação.

Há o problema da convivência entre desafetos.

Diz Kardec, quando aborda a questão do esquecimento do passado, no capítulo V, item 11, de O Evangelho segundo o Espiritismo:

Frequentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.

A sabedoria divina costuma reunir no lar desafetos do passado, a fim de que superem suas desavenças e se harmonizem diante das leis divinas.

Mas, como ensaiaríamos uma reconciliação, se tivéssemos conhecimento dos males que nos fez o familiar de hoje, nosso inimigo ontem?

Seria impossível a convivência.

O esquecimento é uma bênção.

Kardec acrescenta:

Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas.

Priva-nos do que nos seria prejudicial.

Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações. (Op. cit., cap. V, item 11.)

Esquecemos o passado, em nosso benefício, mas não perdemos o fruto de nossas experiências, do que fomos, a se manifestarem em tendências instintivas.

A maior facilidade que todos experimentamos em relação a determinada atividade é fruto de nossas vivências anteriores.

Não raro, essas experiências são tão marcantes e persistentes, envolvendo milênios de aprendizado, que o Espírito, ao reencarnar, revela, desde a mais tenra infância, surpreendente vocação.

Tal acontece com as crianças geniais.

Noutro dia vi uma japonesinha de apenas cinco anos, cega, tocando música erudita com desenvoltura, num programa de televisão.

Espantoso!

Casos assim multiplicam-se na atualidade. Como explicar essa incrível precocidade, sem admitir que são Espíritos com largo aprendizado em vidas anteriores?

De qualquer ângulo que o apreciemos, leitor amigo, podemos constatar que o esquecimento é fruto da Misericórdia Divina, para que possamos cuidar do presente sem nos perturbarmos com o passado, em favor do futuro de bênçãos.

Richard Simonetti

Reformador Jun/09

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 04:45

Sexta-feira, 28 de Maio de 2010

 

Não é possível precisar o número exato, já que não se pode contabilizar quantos morreram no dilúvio, ou em Sodoma e Gomorra, e em outros incontáveis massacres. Portanto vamos considerar apenas os números explícitos na bíblia.

 

quantidade

Total

A mulher de Ló, por olhar para trás. [Gn 19:26]

1

1

Er, por ser mau aos olhos do Senhor. [Gn 38:7]

1

2

Onan, por derramar sua semente. [Gn 38:10]

1

3

Por adorarem o bezerro de ouro. [Ex 32:27-28]

3.000

3.003

Por blasfemar. [Lv 24:10-23]

1

3.004

Por recolher lenha no sábado. [Nm 15:32-36]

1

3.005

Corá, Datã e Abirão, e suas famílias. [Nm 16:27]

12

3.017

Queimados vivos por oferecer incenso. [Nm 16:35]

250

3.267

Por reclamar. [Nm 16:49]

14.700

17.967

Por se prostituir com as filhas de Moabe. [Nm 25:9]

24.000

41.967

Massacre midianita. [Nm 31:1-35]

90.000

131.967

Acã e sua família. [Js 7:24-26]

5

131.972

Ataque a Ai. [Js 8:1-25]

12.000

143.972

Cananeus e farizeus. [Jz 1:4]

10.000

153.972

Eúde mata em nome de Deus. [Jz 3:15-22]

1

153.973

Moabitas. [Jz 3:28-29]

10.000

163.973

Midianitas forçados a matar uns aos outros. [Jz 7:2-22]

120.000

283.973

O espírito do Senhor vem até Sansão. [Jz 14:19]

30

284.003

Mais uma vez Sansão se enche de Espírito Santo. [Jz 15:14-15]

1.000

285.003

Deus ajuda Sansão a matar. [Jz 16:27-30]

3.000

288.003

Mais benjamitas. [Jz 20:44-46]

25.000

313.003

Por olhar dentro da arca do Senhor. [I Sm 6:19]

50.070

363.073

Filisteus. [I Sm 14:12]

20

363.093

Samuel mata Agague (por ordem de Deus). [I Sm 15:32-337]

1

363.094

Deus feriu Nabal. [I Sm 35:28]

1

363.095

Uzá, por tentar impedir a arca de cair. [II Sm 6:6-7]

1

363.096

O filho de Davi, ainda bebê. [II Sm 12:14-18]

1

363.097

Sete filhos de Saul enforcados diante do Senhor. [II Sm 21:6-9]

7

363.104

Punição pelo censo de Davi. [II Sm 24:13]

70.000

433.104

Um profeta por acreditar na mentira de outro profeta. [I Rs 13:1-24]

1

433.105

Deus entrega os sírios. [I Rs 20:28-29]

100.000

533.105

Deus faz uma parede cair sobre soldados sírios. [I Rs 20:30]

27.000

560.105

Deus envia um leão matar um homem por não matar um profeta. [I Rs 20:35-36]

1

560.106

Queimados vivos por Deus. [II Rs 1:9-12]

102

560.208

Deus envia dois ursos para matar 42 crianças. [II Rs 2:23-24]

42

560.250

Morreu por não crer em Elias. [II Rs 7:17-20]

1

560.251

Jezebel. [II Rs 9:33-37]

1

560.582

Deus mandou leões matar alguns estrangeiros. [II Rs 17:25-26]

3

560.585

Assírios. [II Rs 19:35]

185.000

745.585

Saul. [I Cr 10:14]

1

745.586

Deus entrega Israel nas mãos de Judá. [II Cr 13:15-17]

500.000

1.245.586

Jeroboão. [II Cr 13:20]

1

1.245.587

O Senhor entregou os etíopes. [II Cr 14:9-14]

1.000.000

2.245.587

Jeroão. [II Cr 21:14-19]

1

2.245.588

A mulher de Ezequiel. [Ez 24:15-18 ]

1

2.245.589

Ananias e sua esposa. [At 5:1-10]

2

2.245.590

Herodes. [At 12:23]

1

2.245.591


Então é isso... a contagem nesse momento está em dois milhões, duzentos e quarenta e cinco mil, quinhentos e noventa e uma mortes, todas provocadas ou ordenadas por Deus.

Vale lembrar que esse número, apesar de grande, é apenas uma pequena parcela das mortes supostamente cometidas por Deus, já que não há como calcular as diversas mortes ocorridas em massacres à povos não mencionados na bíblia.

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

Quinta-feira, 27 de Maio de 2010

Juízes

Deus designa Judá para suceder Josué. Deus entrega os inimigos em suas mãos e cerca de 10.000 homens são mortos. No processo, eles capturam Adoni-Bezeque "e lhe cortaram os dedos polegares das mãos e dos pés." Sujeitos agradáveis. [1:2-6]

"Eles mataram os " cananeus que habitavam em Zefate, e totalmente a destruíram". (Você pode imaginar o número de pessoas inocentes que ele matou?) [1:17, 1:19]

Os espiões israelitas mataram todo mundo em Betel, com exceção do homem (e a família dele) que lhes mostrou como entrar na cidade. [1:25]

Eúde entrega uma "mensagem de Deus" para Eglom, rei dos moabitas. A tal mensagem de Deus consistia em uma espada, que foi cravada na barriga do rei "de tal maneira que entrou até à empunhadura... e saiu-lhe o excremento." Apenas mais uma adorável história da Bíblia. [3:15-22]

Deus entrega outros povos nas mãos dos seus escolhidos. "E, naquele tempo, feriram dos moabitas uns dez mil homens... e não escapou nenhum." [3:28-29]

Sangar mata 600 filisteus com um ferrão de bois. Glória à Deus. [3:31]

"E o SENHOR derrotou a Sísera... e todo o seu exército a fio de espada... até não ficar um só." [4:15-16]

Jael (nossa heroína) oferece comida e abriga a um viajante (Sísera, o capitão de Jabim), dizendo "Retira-te, senhor meu... não temas." Então depois de lhe dar um copo de leite e o cobrir, ela crava uma uma estaca na cabeça dele. "Assim, Deus, naquele dia, sujeitou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel." [4:17-23]

Por assassinar o seu convidado enquanto dormia, Jael é "Bendita sobre as mulheres." (Deus a bendiz por assassinar alguém?) [5:24-26]

"Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos!" (E roube todos os seus pertences.) [5:31]

Quando Gideão e seus companheiros tocarem as trombetas, Deus fará todos os soldados inimigos matarem-se uns aos outros. [7:22]

São mortos dois príncipes e as suas cabeças são trazidas a Gideão. [7:25]

Por recusar alimentar o seu exército, Gideão rasga a carne dos anciões de Sucote e mata os homens da cidade. [8:7, 8:16]

Gideão ordena que seu filho mate dois reis, mas ele se recusa. Assim Gideão teve que fazê-lo já que seu filho não teve coragem o bastante para fazer isto. [8:20]

Abimeleque mata 70 irmãos com uma pedra. (Ele estava tentando entrar para o Guinness.) [9:5]

Deus envia espíritos maus entre os humanos. [9:23]

Deus golpeia todos em Seom e dá a terra deles para os israelitas. [11:21]

"Assim possuiremos nós (os israelitas) todos quantos o SENHOR, nosso Deus, desapossar de diante de nós." [11:24]

Quando "o espírito de Deus" veio sobre Jefté, ele faz um trato com Deus: Se Deus lhe ajudar a matar os amonitas, então ele oferecerá a Deus em holocausto tudo o que sair da sua casa ao seu encontro. Deus mantém a palavra proporcionando para Jefté uma "grande mortandade." Mas aconteceu que a filha sem nome de Jefté saiu ao encontro do pai para o cumprimentar (quem ele esperava, a sua esposa?). Bem, negócio é negócio, então ele entrega a própria filha a Deus como oferenda - depois de a deixar dois meses lamentando sua virgindade nas montanhas. [11:29-39]

São mortos 42.000 homens porque alguém não soube pronunciar a senha. [12:6]

Sansão rasga um leão jovem quando "o Espírito do SENHOR se apossou dele". Depois, quando veio "tomar" a esposa filistéia, ele nota um enxame de abelhas e mel na carcaça do leão (um milagre divino - ou seria apenas carne podre e insetos?). [14:5-8]

"Então, o Espírito do SENHOR tão possantemente se apossou dele (Sansão), e... matou trinta homens." (Sansão poderia ter sido uma pessoa decente se ele pudesse ter evitado o espírito de Deus.) [14:19]

Sansão pega 300 raposas, amarra os rabos delas, e ateia fogo a eles; os filisteus queimam a ex-esposa de Sansão e o sogro; e Sansão "feriu-os com grande ferimento, perna juntamente com coxa". [15:4-8]

"O Espírito do SENHOR possantemente se apossou dele" e ele "achou uma queixada fresca de um jumento" e com isto, matou 1.000 homens. [15:14-15]

Sansão, com a ajuda de Deus, mata 3.000 filisteus (homens e mulheres) fazendo um telhado desmoronar. [16:28-30]

Depois de levar um levita peregrino para sua casa, o anfitrião oferece a sua filha virgem e a concubina do convidado dele a uma bando de pervertidos (que querem ter sexo com o convidado dele). O bando recusa a filha, mas aceita a concubina "e abusaram dela toda a noite." Pela manhã ela rasteja até o degrau da porta "onde estava seu senhor". O levita põe o corpo já morto sobre um jumento. Então ele pica o corpo em doze pedaços e os envia a cada uma das doze tribos de Israel. [19:22-30]

Deus diz para os israelitas enviarem a tribo de Judá para a batalha e 22.000 homens são mortos pelos filhos de Benjamim. [20:18, 20:21]

Deus lhes diz para lutarem novamente e outros 18.000 foram mortos. [20:23, 20:25]

Finalmente, Deus entra na briga e mata "vinte e cinco mil e cem homens de Benjamim." [20:35, 20:37]

Os homens de Israel não estavam dispostos a darem suas filhas aos benjamitas. Assim as outras tribos atacaram e mataram todos os ocupantes de uma cidade com exceção das virgens jovens, e então estas foram dadas aos benjamitas como esposas. [21:7-23]

 

I Samuel

"O SENHOR é o que tira a vida... " - ele tem toda chance disso. [2:6, 2:25]

Serão "quebrantados" os adversários de Deus; e "desde os céus, trovejará sobre eles." Se Deus não gostar de você, ele enviará um temporal de modo que quebre seu corpo em pedaços. [2:10]

Deus matará aqueles que pecam contra ele. [2:25]

Se você não segue a Deus, ele cortará seu braço, consumirá seus olhos, afligirá seu coração, e matará seus filhos e avôs. [2:31-34]

Deus fere as pessoas de Asdode com hemorróidas "nas partes secretas". [5:6-12]

"Porque havia mortal vexação em toda a cidade, e a mão de Deus muito se agravara ali." [5:11]

Deus mata 50.070 homens por terem olhado na arca. "Então, o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande estrago entre o povo." [6:19]

"Farei aliança convosco: que a todos vos arranque o olho direito." Acordos deste tipo só podem ser achados na Bíblia. [11:2]

"O Espírito de Deus se apoderou de Saul... E tomou um par de bois, e cortou-os em pedaços, e os enviou a todos os termos de Israel." As pessoas fazem coisas macabras quando o espírito de Deus as possui! [11:6-7]

"Saul... e feriram a Amom, até que o dia aqueceu." Então ele deu um pequeno intervalo. Afinal de contas, matar é trabalho duro. [11:11]

Deus entrega os filisteus nas mãos de Jônatas. "E sucedeu esta primeira derrota... feriram até uns vinte homens." Não está ruim por ser a primeira matança. [14:12-14]

Sob a influência de Deus, os filisteus mataram-se uns aos outros. [14:20]

Mais tarde, Saul e o seu exército matam aqueles que ainda não tinham sido mortos. [14:36]

Deus ordena que Saul mate todos os amalequitas: homens, mulheres, crianças, bois, ovelhas, camelos, e jumentos. Por que? Porque Deus se lembra o que Amaleque fez centenas de anos atrás. [15:2-3]

Saul matou todo o mundo mas poupou Agague (o rei) e os melhores animais. E Deus ainda estava furioso com Saul por não ter matado a todos como lhe havia dito. Então ele disse, "Arrependo-me de haver posto a Saul como rei." [15:7-26]

Saul é reprovado por Samuel porque "não deste ouvidos à voz do SENHOR" matando a todos os amalequitas. [15:18-19]

Porque Saul não matou a todos como lhe foi ordenado, Deus muda de idéia quanto a ele ser rei. [15:23-26]

Para agradar a Deus, Samuel corta Agague em pedaços "perante o SENHOR" (eu aposto que Deus adorou isto!) - depois dele suplicar dizendo, "Na verdade, já passou a amargura da morte." [15:32-34]

Depois que Deus rejeita Saul por ele se recusar a matar indiscriminadamente, Deus envia Samuel para que ache outro rei. Davi é escolhido e ungido por Samuel, e "o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi." [16:13]

"Um espírito mau, da parte do SENHOR." Mas se Deus é bom, como ele pode ter um espírito mau? [16:14-16, 16:23]

Davi mata Golias com sua funda, o decapita, e leva a cabeça para Jerusalém. [17:51-57]

Davi e Saul estão numa espécie de competição para ver quem pode matar mais pessoas para Deus, e as mulheres agem como animadoras dizendo, "Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares." [18:6-7]

Davi mata 200 filisteus e traz os prepúcios deles para comprar a sua primeira esposa, (Mical, filha de Saul). Saul só tinha pedido 100 prepúcios, mas Davi estava se sentindo generoso. [18:25-27]

"E saiu Davi, e pelejou contra os filisteus, e feriu-os de grande ferida." [19:8]

Saul mata 85 sacerdotes e todos os homens, mulheres, crianças e animais na cidade de Nobe. [22:18-19]

"E consultou Davi ao SENHOR, dizendo: Irei eu e ferirei estes filisteus? E disse o SENHOR a Davi: Vai, e ferirás os filisteus... e fez grande estrago entre eles." [23:2-5]

Davi jura matar todos os inimigos dele, "mesmo até um menino." [25:22, 22:34]

"E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu." Isto foi conveniente para Davi que então tomou a propriedade dele e sua esposa, Abigail. [25:38]

"E Davi feria aquela terra, e não dava vida nem a homem nem a mulher." (Deus gostava muito de David!). [27:8-11]

Saul visita uma feiticeira e ela traz Samuel dos mortos. Samuel explica que Deus está bravo com Saul por não matar todos os amalequitas. Ele diz que Deus vai entregar todos de Israel nas mãos dos filisteus. (Desde que Saul se recusou a matar pessoas inocentes, Deus matará os israelitas. Justiça seja feita.) [28:8-19]

Davi passa o dia matando os amalequitas. Eles são novamente destruídos. (Veja em [15:7-8, 15:20 e 27:8-9] as últimas duas vezes que eles foram exterminados.) [30:17]

 

II Samuel

Davi diz para um de seus "jovens" matar o mensageiro amalequita que reivindicou ter matado Saul a pedido dele próprio. [1:15]

Abner a Joabe assistem como os jovens "jogam" um jogo cruel. "E cada um lançou mão da cabeça do outro, meteu-lhe a espada pelo lado, e caíram juntamente." [2:14-16]

Abner golpeia Asael debaixo da "quinta costela". (Parece que em II Samuel, este é o lugar preferido para golpear alguém. [3:27, 4:6, 20:10]) [2:23]

Quando Joabe (o capitão de Davi) mata Abner (golpeando-o abaixo da quinta costela), Davi diz que ele e o seu reino não são responsáveis. A culpa, ele diz, "Fique-se sobre a cabeça de Joabe." Assim Davi amaldiçoa Joabe, sua família, e os descendentes dele para sempre. Serão contaminados com doenças venéreas e lepra, necessitarão de bengalas, passarão fome a morrerão pela espada. [3:27-29]

Alguns dos homens de Davi matam o filho de Saul (golpeando-o abaixo da quinta costela, claro!) e traz a cabeça dele para Davi, pensando que seria de seu agradado. Mas não foi. Davi mata os assassinos e suas mãos e pés são cortados e levados para o tanque de Hebrom (para decoração?). [4:6-12]

Quem mata um manco ou cego será o "cabeça e capitão" (de Davi). [5:8]

"E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele." [5:10]

Davi pergunta a Deus se ele deveria matar um pouco mais de filisteus. Deus diz que sim, e que o ajudará. Assim Davi e Deus golpearam os filisteus novamente. [5:19, 5:25]

Uzá tenta impedir que a arca caia do carro, e Deus o mata por isto. Eu imagino que este era o modo de Deus dizer Obrigado. [6:6-7]

Davi mata dois terços dos moabitas e escraviza o resto. Ele também incapacita os cavalos capturados. [8:2-4]

"Davi feriu dos siros vinte e dois mil homens.... e o SENHOR guardou a Davi por onde quer que ia." [8:5-6, 8:14]

Davi manda Joabe (o capitão dele) enviar o marido de Bate-Seba (Urias) para a "frente da maior força da peleja ... para que seja ferido e morra." Deste modo, Davi adquire outra esposa. [11:15, 11:17, 11:27]

Para castigar Davi por ter morto Urias, Deus mata o bebê de Bate-Seba. [12:14-18]

Davi serra, corta, e queima os habitantes de várias cidades. Talvez isto seja o que significa "as santas e fiéis bênçãos de Davi" [At 13:34]. [12:31]

Absalão manda seus servos matarem o irmão por estuprar sua irmã. (Este capítulo que inclui incesto, estupro e assassinato, deveria ser censurado.) [13:28-29]

O pobre Absalão é pendurado em uma árvore, e antes dele poder se livrar, Joabe lhe crava três dardos no coração. [18:14]

Amasa é morto por Joabe que "derramou por terra as entranhas... E Amasa estava envolto no seu sangue no meio do caminho." [20:10, 20:12]

"E cortaram a cabeça de Seba... e a lançaram a Joabe." [20:22]

Uma fome é enviada ao reino de Davi durante três anos. Quando Davi pergunta a Deus por que, Deus responde: "É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas." Assim Deus enviou uma fome para castigar um reino de algo que um rei anterior tinha feito. [21:1]

Para satisfazer a Deus e terminar com a fome causada pelo seu antecessor (Saul), Davi concorda "de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR." [21:6-9]

"Instrui as minhas mãos para a peleja..." Deus é perito nisto!. [22:35]

"E deste-me o pescoço de meus inimigos, daqueles que me tinham ódio, e os destruí." [22:41]

O chefe dos capitães de Davi matou com a própria lança 800 sujeitos de uma vez só. [23:8]

Deus oferece a Davi uma escolha de castigos por ter administrado o censo: 1) sete anos de escassez ([I Cr 21:12] diz três anos), 2) três meses fugindo de inimigos ou, 3) três dias de pestes. Como Davi não pôde decidir, Deus escolhe por ele e envia uma peste, matando 70.000 homens (e provavelmente 200.000 mulheres e crianças que viviam junto deles). [24:13-15]

 

I Reis

As últimas palavras de Davi ao seu filho Salomão são para que mate Joabe. [2:1-9]

Salomão manda matar seu irmão Adonias. [2:24-25]

Salomão cumpre as instruções no leito de morte do pai Davi, sendo Joabe assassinado. [2:29-34]

Salomão justifica o assassinato de Joabe dizendo que ele também era um assassino, e que "recairá o sangue destes sobre a cabeça de Joabe e sobre a cabeça da sua semente para sempre." [2:33]

Mas Salomão ainda não terminou os assassinatos. Simei é morto - ou como ele coloca isto, "O SENHOR fez recair a tua maldade sobre a tua cabeça." [2:44, 2:46]

Quando a arca do concerto foi trazida ao templo, Salomão matou tantos animais que não puderam ser contados. [8:5]

Para consagrar o templo, Salomão mata 22.000 vacas e 120.000 ovelhas. Todo esse sangue deve ter feito Deus se sentir muito feliz. [8:63]

Joabe (o capitão de Davi) gastou seis meses matando todos os homens em Edom. [11:16]

O rei Josias é profetizado sacrificando os sacerdotes "dos altos" sobre o altar. E assim ele faz em [II Rs 23:20]. Note que este é um sujeito que "fez o que era reto aos olhos do SENHOR." [II Rs 22:2]. [13:2]

Deus seca e depois restabelece a mão do rei Jeroboão. [13:4-7]

Havia dois profetas. O primeiro mentiu para o segundo. Para castigar o segundo por ter acreditado na mentira, Deus envia um leão para matá-lo. Acredita nisso? [13:11-24]

Deus promete trazer "mal sobre a casa de Jeroboão", dizendo que ele expulsará "todo homem até ao menino." Então, depois que Deus terminar com eles, os corpos mortos serão comidos por cães (na cidade) ou por aves (no campo). [14:10-12]

Baasa mata "toda a casa de Jeroboão; nada de Jeroboão deixou que tivesse fôlego, até o destruir, conforme a palavra do SENHOR". [15:29]

Deus diz que "Quem morrer a Baasa na cidade, os cães o comerão; e o que dele morrer no campo, as aves do céu o comerão." [16:4]

Zinri mata "toda a casa de Baasa; não lhe deixou homem algum... conforme a palavra do SENHOR." [16:11-12]

Quando Hiel reconstruiu Jericó, ele pôs em sua fundação o corpo do filho mais velho e nas portas da cidade o filho mais jovem "conforme a palavra do SENHOR." [16:34]

Elias mata os profetas de Baal. [18:40]

Deus entrega os siros nas mãos dos israelitas, e foram mortos 100.000 em um dia. Os que conseguiram escapar (27.000) foram esmagados por um muro. [20:28-30]

Havia o filho de um profeta que disse ao seu companheiro, "fere-me". Mas o homem se recusou. Então Deus enviou um leão para devorá-lo. [20:35]

O profeta conta para o rei Acabe que ele, e seu povo serão castigados por libertar Ben-Hadade: "a tua vida será em lugar de sua vida, e o teu povo, em lugar do seu povo." [20:42]

"Assim diz o SENHOR: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo." [21:19]

Deus trará mal sobre Acabe "e arrancarei a tua posteridade." [21:21]

Jezabel incitou Acabe a "fazer o que era mau aos olhos do SENHOR." Para castigá-la, Deus alimentará os cães com o corpo dela. (Ele também planeja alimentar os cães com os corpos do povo da cidade.) [21:23-25]

 

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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

Gênesis

"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom." Ele propositalmente cria um sistema que assegura o sofrimento e morte de todas as suas criaturas, parasita e hospedeiro, predador e presa. [1:31]

Deus gostou mais do sacrifício de Abel do que dos legumes de Caim. Por quê? Bem, nenhuma razão é determinada, mas provavelmente tem algo a ver com a quantia de dor e sangue envolvidos. [4:3-5]

Porque Deus gostou mais do sacrifício de Abel do que dos legumes de Caim, este mata seu irmão Abel por ciúmes religioso. [4:8]

Deus está bravo. E decide destruir todos os humanos, animais, répteis e aves, "para desfazer toda carne em que há espírito de vida." Ele planeja afogar todos. [6:7, 6:17]

Deus repete a intenção de matar todos. Mas por que Deus mata todos os animais inocentes? O que eles fizeram para merecer a sua ira? [7:4]

Deus mata toda substância que havia sobre a face da terra. De bebês recém-nascidos até animais - todas as criaturas, grandes e pequenos. [7:21-23]

Noé mata "todo animal limpo" e queima os corpos mortos para Deus. De acordo com isto, teria causado a extinção de todos os animais "limpos" que foram levados para a arca. "E o Senhor cheirou o suave cheiro". [8:20]

Para livrar Ló do cativeiro, Abrão envia um exército de escravos procurarem e matarem seus sequestradores. [14:14-15]

Deus diz para Abrão matar alguns animais para ele. A matança desnecessária faz Deus se sentir bem. [15:9-10]

Agar concebe, causando ciúmes a Sarai. Abrão diz para Sarai que faça o que quiser com Agar. "E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face." [16:6]

Ló se recusa deixar dois anjos a mercê de um bando de pervertidos, e ao invés disso, ele oferece as duas "filhas virgens". Ele diz para o grupo de estupradores: "fareis delas como bom for nos vossos olhos." Este é o mesmo homem que é chamado de "justo" em [II Pe 2:7-8]. [19:8]

Deus mata todo mundo (homens, mulheres e crianças) em Sodoma e Gomorra fazendo "chover enxofre e fogo." Bem, quase todo o mundo - ele poupa Ló o "justo", e sua família. [19:24]

A mulher de Ló (sem nome) olha para trás, e Deus a transforma numa estátua de sal. [19:26]

Sara, depois de dar à luz a Isaque, se indispõe novamente com Agar (veja em [16:5-6]) e fala para Abraão mandá-la embora, assim também como seu filho. Deus diz para Abraão escutar a voz de Sara. Assim Agar e Ismael são expulsos e enviados ao deserto para morrer. [21:10-14]

Deus ordena que Abraão mate Isaque e ofereça-o em holocausto. Abraão mostra o amor dele por Deus pela vontade de assassinar o seu filho. Mas antes da garganta de Isaque ser cortada, Deus pede no lugar de seu filho, um carneiro. [22:2-13]

Abraão mostra sua vontade em matar o próprio filho para Deus. Só um Deus mal pediria para um pai que fizesse isso; só um pai ruim estaria disposto a fazer isto. [22:10]

Diná, a filha de Jacó, é tomada por um homem que parece a amar afetuosamente. Os irmãos dela enganam todos os homens da cidade e os matam (depois de ter circuncidado a todos), e então levam as suas esposas e crianças como escravos. [34:1-31]

Os filhos de Jacó circuncidam "todos os que saíam da porta da cidade". Então eles entram na cidade e matam todos os machos e levam cativas suas esposas. [34:24-29]

"O terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles." Eu não sei o que é o "terror de Deus", mas aposto que não é uma coisa agradável. [35:5]

"Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do SENHOR, pelo que o SENHOR o matou." O que ele fez para atrair a ira de Deus? A Bíblia não diz. Talvez ele tenha apanhado alguma lenha no sábado. [38:7]

Depois que Deus matou Er, Judá diz para Onã que "entre" à esposa do irmão. Mas Onã "soube que essa semente não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando entrava à mulher de seu irmão, derramava-a na terra, para não dar semente a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou." Esta adorável história da Bíblia, raramente é lida em Escolas Dominicais, mas é a base de muitas doutrinas cristãs, que condenam a masturbação e o controle de natalidade. [38:8-10]

Depois de Judá pagar Tamar pelos serviços dela, lhe é falado que a prostituta era sua nora. Quando Judá ouve isto, ele diz, "Tirai-a fora para que seja queimada." [38:24]

José interpreta o sonho do padeiro. Ele diz para o faraó cortar a cabeça do padeiro, e pendurar seu corpo em uma árvore para os pássaros comerem. [40:19]

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

Terça-feira, 25 de Maio de 2010

A Arca da Aliança

Moisés, recebendo, segundo o relato bíblico, uma orientação de Deus, manda confeccionar uma arca de madeira de acácia de dimensões definidas, sendo de 1,25m de comprimento por 0,75m de altura e de largura, revestida com ouro puro, por dentro e por fora, cuja finalidade era para se colocar o documento da aliança, ou seja, as duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos, conhecida como Arca da Aliança ou Arca do Testemunho, como também era chamada.

Completando as instruções foi ainda ordenado que se fizesse uma placa de ouro para o fechamento da Arca, tendo ela dois querubins de ouro batido.

A Arca era, por assim dizer, um tesouro, por conta de tanto ouro. Para os hebreus ela representava o trono de Deus aqui na Terra, portanto, possuía um caráter sagrado a ponto de ter se tornado um objeto de adoração.

 

 

Fig. 1

Normalmente vemos, nas representações artísticas, dessa arca os dois querubins com forma humana, entretanto, há evidente equívoco nisso, pois os querubins eram seres da mitologia babilônica metade homens metade animais, guardas dos portais de templos e palácios. Eram, portanto, seres mistos, representados com rosto humano e corpo de leão ou touro ou outros quadrúpedes com asas, vindo, portanto, a ser uma espécie de esfinge.

Acreditamos que sua representação estaria muito próximo disso:

 

 

Fig. 2

O que é também interessante foi que percebemos que é bem provável que Moisés, na verdade, por ter sido criado como um egípcio, acabou tomando como referência uma arca egípcia, vejam:

 

 

Fig. 3

 

Aqui encontramos Anúbis como guardião da arca que continha as vísceras de Osíris, cuja semelhança com a Arca da Aliança, para nós, é evidente, só que na Arca dos hebreus a figura é dos querubins.

Dois episódios curiosos aconteceram com a arca. Um foi quando os filisteus, na batalha de Afec, se apoderaram dela ficando com ela por sete meses. Acontece que, por conta do destino, nessa época o país foi infestado por ratos e a população começou a sofrer de tumores, que atribuíram ao poder da arca, e lembrando-se das pragas do Egito, mais que depressa a devolvem aos donos. A outra foi quando do seu transporte num momento em que ela ia cair, um homem a segura para que isso não acontecesse, mas acaba por morrer. Era proibido expressamente que alguém tocasse a arca a não ser os sacerdotes.

Primeiramente a arca era itinerante, indo de um lugar a outro, até que por volta de 970 a.C. foi mantida fechada no Templo de Jerusalém, construído por Salomão.

 

A Arca da Aliança apesar de ser um objeto sagrado dos hebreus acabou por se perder, pois por volta do ano de 586 a.C., o rei da Babilônia Nabucodonosor ataca Jerusalém e destrói o Templo, não deixando pedra sobre pedra. Não se sabe ao certo o que aconteceu com a Arca, mas em Macabeus se diz que Jeremias a escondeu no monte, onde Moisés subiu para contemplar a herança de Deus, lá encontrando uma espécie de gruta, depositou a Arca, tampando a entrada, cujo caminho não foi mais encontrado (2Mc 2,4-5). Esse mistério em torno do destino da Arca dá margem a especulações sobre seu paradeiro, prato cheio para indústria cinematográfica que, não perdendo a oportunidade de fazer dinheiro, lança filmes sobre o assunto, como, por exemplo, “Os caçadores da Arca Perdida”, com Indiana Jones.

 

Voltando à questão da adoração, podemos dizer que a adoração é Lei Natural, explicada pelos Espíritos na Codificação como resultado de um sentimento inato, assim como também a Divindade. “A consciência de sua fraqueza leva o homem a se curvar diante d’Aquele que o pode proteger” (LE-650), motivo pelo qual “jamais houve povos ateus” (LE-651).

 

Acontece que as formas de representar essa adoração vão evoluindo, porém, paulatinamente se desenvolve também a compreensão do sentido espiritual da vida. Por isso, foi sublime a resposta da equipe do Espírito de Verdade, em O Livro dos Espíritos, quando Allan Kardec perguntou se Deus tinha, então, preferência pelos que O adoravam desta ou daquela maneira (LE-654):

 

Deus prefere os que O adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que pensam honrá-Lo através de cerimônias que não os tornam melhores para os seus semelhantes. Não pergunteis, pois, se há uma forma de adoração mais conveniente, porque isso seria se perguntar se é mais agradável a Deus ser adorado numa língua do que em outra. Digo-vos ainda uma vez: os cânticos não chegam a Ele senão pela porta do coração.

 

E, enaltecendo a Perfeição Divina, concluem (LE-673) que “o homem que se prende à exterioridade e não ao coração é um Espírito de vista estreita; julgai se Deus deve importar-se mais com a forma do que com o fundo”, esclarecem.

Paulo da Silva Neto Sobrinho

Junho/2005

 

 

Referências bibliográficas

Revista Superinteressante, nº 192-A, São Paulo: Abril, setembro 2003.

Revista das Religiões, nº 01, São Paulo: Abril, Junho 2004.

Dicionário Bíblia Universal, Petrópolis, RJ: Vozes; Aparecida, SP: Santuário, 1996.

GARDNER, L. Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada. São Paulo: Madras, 2004.

Imagens

Fig. 1 e 2: do livro Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada

Fig. 3: no site http://touregypt.net/featurestories/anibus.jpg

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:20

Uma coisa curiosa é que, seguindo exatamente o que está relatado na Bíblia, pode-se dizer que o primeiro homem foi hermafrodita. Em Gn 1, lemos: "E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher". (Gn 1,27).

Se Deus "o criou" não se pode depois dizer "os criou"; portanto, Adão era "macho e fêmea" ao mesmo tempo, ou seja, um ser hermafrodita, pois só posteriormente, num outro relato, é dito que Deus tira de uma de suas costelas para com ela modelar o elemento feminino, Eva, e só depois disso é que passa a existir a procriação dos seres humanos, tendo como base o casal Adão e Eva, tomando-se estritamente o que se encontra narrado na Bíblia.

Aliás, se Adão não fosse macho e fêmea não se poderia tirar dele a sua parte feminina (Eva), não é mesmo?

O dicionário Aurélio assim define o termo hermafrodita: “Adj.: Diz-se de indivíduo (animal ou planta) dotado de órgãos reprodutores dos dois sexos; bissexual”, ou seja, é-se macho e fêmea ao mesmo tempo.

Vejamos então como se passaram as coisas pelos relatos de Gn 2.

Depois de haver criado a terra e o céu (v. 4), Deus modela o homem com argila do solo, soprando-lhe nas narinas um sopro de vida, momento no qual o homem se tornou um ser vivente (v. 7). Feito isso Deus “planta um jardim”, em Éden, onde coloca o homem que havia modelado (v. 8). Segue criando todas as espécies de árvores, incluindo a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal, que foram colocadas no meio do jardim (v. 9); proíbe-lhe de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, dizendo-lhe que “o dia em que dela comer, com certeza você morrerá” (v. 17), o que nos leva a concluir que a morte já fazia parte do conhecimento de Adão, pois nenhuma explicação lhe foi dada a respeito do que seria morte.

Em certo momento, Deus percebe que o homem estava sozinho e que isso não era bom, resolve fazer para ele uma auxiliar (v. 18). Mas antes de realizar esse novo projeto Deus forma do solo da terra todas as feras e aves do céu, apresentando-as ao homem, que dá nome a cada uma delas. (v. 19). Foi neste momento que o homem se deu conta de que não havia ninguém que lhe fosse semelhante. (v. 20). Percebendo-lhe este sentimento, Deus o faz cair num torpor (v. 21), tomando-lhe de uma de suas costelas, com a qual modelou a mulher (v.22), razão pela qual Adão ao vê-la disse: “Esta sim é osso dos meus ossos e carne de minha carne! Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem!” (v. 23). Embora não tenhamos entendido o porquê dele ter dito isso já que estava dormindo e não viu de onde Eva tinha saído, esse fato reforça a ideia de que Adão viveu sozinho por algum tempo; portanto, ele foi mesmo um hermafrodita, uma vez que Eva foi criada num outro momento que não o dia em que ele se tornou um ser vivente.

Deve ter ficado muito feliz e a “conhece”, do que resultou o nascimento de Caim. E certamente gostou de “conhecer” Eva, pois repete a “dose”, daí surgindo Abel (Gn 4,1-2).

Esses dois irmãos, depois de crescidos, foram personagens do primeiro ato no qual um ser humano morre. É também o primeiro fratricídio registrado na Bíblia; o primogênito, por inveja, mata o caçula, supondo que as ofertas deste eram mais agradáveis a Deus do que as suas (Gn4,3-8).

Diante de tal barbaridade não restou alternativa a Deus senão expulsá-lo daquela região; cabeça baixa, toma Caim a direção de Nod, a leste do Éden. No caminho encontra uma mulher. Mulher??? Como, se, até aí, pelos relatos bíblicos, só existiam ele e seus pais?! Na sequência, ele a toma por “sua mulher”, com a qual tem um filho dando-lhe o nome de Henoc.

Fato extraordinário é que, pouco depois, Caim funda uma cidade, batizando-a com o nome do filho. Certamente que, para se fundar uma cidade, há necessidade de se ter mais pessoas do que somente um casal para nela habitarem, razão pela qual tem que ser adotada uma das seguintes hipóteses:

1) até Deus criar Eva, Adão, como hermafrodita, teve a sua própria prole; ou

2) ele não formou com Eva o primeiro casal humano.

A opção pela “1” nos levará à conclusão de que, no inicio, a reprodução humana foi por auto fecundação ou, auto geração. Já pela “2”, a história da criação de Adão e Eva passa a ter um caráter meramente alegórico.

Assim, qual das duas é a mais assimilável em termos de lógica? Que nos respondam os teólogos entendidos no assunto. Claro, que com argumentos sólidos e não com o famoso chavão “mistérios de Deus”...

Cremos que a segunda opção fica altamente provável, caso os argumentos de Kardec em o livro A Gênese (capítulo XV – Perda do paraíso) sejam válidos, uma vez que existe lógica neles; e, especialmente, pela nota que ele coloca logo após, estando ela correta:

Aliás, a presença de outros habitantes ressalta igualmente destas palavras de Caim: “Serei fugitivo e vagabundo e quem quer que me encontre matar-me-á”, e da resposta que Deus lhe deu. Quem poderia ele temer que o matasse e que utilidade teria o sinal que Deus lhe pôs para preservá-lo de ser morto, uma vez que ele a ninguém iria encontrar? Ora, se havia na Terra outros homens afora a família de Adão, é que esses homens aí estavam antes dele, donde se deduz esta consequência, tirada do texto mesmo da Gênese: Adão não é nem o primeiro, nem o único pai do gênero humano.

(Cap. XI, nº 34.) (1).

_______

(1) Não é nova esta ideia. La Peyrère, sábio teólogo do século dezessete, em seu livro Preadamitas, escrito em latim e publicado em 1655, extraiu do texto original da Bíblia, adulterado pelas traduções, a prova evidente de que a Terra era habitada antes da vinda de Adão e essa opinião é hoje a de muitos eclesiásticos esclarecidos.

(KARDEC, 1995, p. 257-258). (grifo nosso).

 

 

A informação de que o “texto original da Bíblia, adulterado pelas traduções” tinha provas de que Adão e Eva não foram o primeiro casal, porquanto nele tinha-se a informação de que a Terra já era habitada antes deles virem a luz do mundo, só vem confirmar o que muitos estudiosos dizem a respeito de que os textos bíblicos já não mais refletem os textos ditos originais, contrariamente ao que se apregoa por aí.

Que seremos contestados é um fato, porquanto justificarão que o “homem” citado em Gn 1,27, representa a humanidade. Pode até ser, dependendo da tradução. Se alguém nos perguntar: “como assim?” respondemos, citando Gn 5,1-2: “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados”.

Observe, caro leitor, que diz Deus “criou o homem... e chamou pelo nome de Adão”, óbvio, portanto, tratar-se do homem e não do ser humano. Algumas traduções (de 1 a 6, da lista abaixo) querendo fugir da verdade, de que Adão foi criado macho e fêmea, ao invés de “chamou pelo nome de Adão” colocam “chamou pelo nome de homem”, em flagrante desarmonia com o que se quer dizer na frase. Aqui também vemos o mesmo problema com o artigo, que deveria ser no singular, mas todos constam no plural: “...os criou, e os abençoou, e lhes...”. Isso também aconteceu em Gn 1,28; porém, por lógica, os dois textos bíblicos deveriam estar dessa forma:

"E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e o criou homem e mulher". (Gn 1,27).

“Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher o criou, e o abençoou, e lhe chamou pelo nome de Adão, no dia em que foi criado”. (Gn 5,1-2).

Como vimos Deus fez surgir Eva da costela de Adão; isso, na verdade, trata-se de um mito comum do “um” que se tornou “dois”, conforme lemos em Campbell: O mais conhecido exemplo ocidental dessa imagem do primeiro ser, dividido em dois, que parece ser dois mais é de fato um, está no Livro do Gênese, segundo capítulo, orientado porém em outra direção. Pois o casal é dividido ali por um ser superior que, como nos contam, fez com que o homem caísse em profundo sono e, enquanto ele dormia, tirou uma de suas costelas. (Gênese 2:21-22). Na versão indiana é o próprio deus que se divide e se torna não apenas homem, mas toda a criação; de maneira que tudo é manifestação daquela única substância divina onipresente: não há outro. Na Bíblia, entretanto, Deus e homem, desde o início, são distintos. De fato, o homem é feito à imagem de Deus e o sopro de Deus foi insuflado em suas narinas; mas seu ser, seu Si-Próprio, não é o de Deus, nem tampouco é uno com o universo. A criação do mundo, dos animais e de Adão (que então se tornou Adão e Eva), foi realizada não dentro da esfera da divindade, mas fora dela. Há, consequentemente, uma separação intrínseca e não apenas formal. […] (CAMPBELL, 1994, p. 18-19) (grifo nosso).

É como disse o Eclesiastes: “nada há de novo debaixo do sol” (Ecl 1,9).

Paulo da Silva Neto Sobrinho

Mar/2009

http://www.paulosnetos.net

 

Referências bibliográficas:

(01) Bíblia Sagrada, 68ª edição, São Paulo: Ave Maria, 1989.

(02) Bíblia Sagrada, 8ª edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.

(03) Bíblia de Jerusalém, nova edição, revista e ampliada, São Paulo: Paulus, 2002.

(04) Bíblia do Peregrino, edição brasileira, São Paulo: Paulus, 2002.

(05) Bíblia Sagrada, Edição Pastoral. 43ª impressão. São Paulo: Paulus, 2001.

(06) Escrituras Sagradas, Tradução do Novo Mundo das. Cesário Lange, SP: STVBT, 1986.

A Bíblia Anotada, 8ª edição, São Paulo: Mundo Cristão, 1994.

Bíblia Sagrada, 37ª edição, São Paulo: Paulinas, 1980.

Bíblia Sagrada, 9ª edição, São Paulo: Paulinas, 1957.

Bíblia Sagrada, 5ª edição, Aparecida-SP: Santuário, 1984.

Bíblia Sagrada, Edição Barsa, s/ed. Rio de Janeiro: Catholic Press, 1965.

Bíblia Sagrada, Edição Revista e corrigida, Brasília, DF: SBB, 1969.

Bíblia Sagrada – SBTB. s/ed. São Paulo: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994.

CHAMPBELL, J. As máscaras de Deus. São Paulo, Palas Athena, 1994.

KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 1995

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01


O apóstolo Valdemiro Santiago (foto), da Igreja Mundial, disse que o missionário R.R. Soares (foto), da Igreja da Graça, ”prega bonito”, mas nos bastidores age como “bandido”.

Ele estava se referindo ao fato de ter perdido para Soares o seu horário na Rede TV!, embora estivesse na emissora havia sete anos com índices crescentes de audiência.

Durante a renegociação do seu contrato com a emissora, Valdemiro foi atropelado por Soares, que ofereceu R$ 200 milhões para ficar com o horário da Mundial por três anos.

Valdomiro, que diz ser instrumento de Deus para fazer paralítico andar, cego enxergar, etc., além de curar Aids e câncer como quem cura resfriado, não conseguiu um milagre que o fizesse cobrir a oferta. Restou-lhe então, como mau perdedor, atacar o inimigo. 

 Em um vídeo postado no Youtube, ele afirma que R.R. Soares é “mentiroso” por espalhar que a Mundial não estava conseguindo pagar a emissora e que, por isso, desistiu do horário.

“Não entreguei o programa. Eu queria renovar o contrato, mas esse missionário não permitiu”, diz, que desta vez não soltou as suas costumeiras lágrimas de crocodilo.

Valdomiro acusa Soares de ser racista porque o chama de “bispo preto“, nunca pelo nome.

Ele afirma  que se refere a Soares como “tio” por causa de sua avançada idade. “Não é uma ofensa.”  Soares tem 63 anos e Valdemiro, 47.

Em nenhum momento citou o nome de Soares. Só fez referência. Disse, por exemplo, que o missionário tem uma pregação “macia” que esconde um hipócrita. “Mas quem é vítima de você [R.R. Soares], como eu (sofro perseguição ao longo de anos), sabe muito bem que tipo de caráter você tem.”

O valor que Soares pagou pelo horário e a fúria de Valdomiro por ter sido desalojado da emissora dão ideia sobre a importância da tv para as seitas pentecostais na colheita de dízimo e doações dos fiéis.

Para o líder da Igreja da Graça há, nesse caso, a vantagem adicional de deter, ao menos por ora, o avanço da Mundial, que é a seita que mais tem crescido nos últimos anos. 

Valdemiro, cujos programas continuam em várias emissoras regionais, promete reagir. “As coisas mudam”, diz.

 

Retirado de: http://e-paulopes.blogspot.com/

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

Segunda-feira, 24 de Maio de 2010

 

Em todos os quadrantes de nossa “casa planetária”, um acontecimento natural ocorre incessantemente, ainda inaceitável pela maioria esmagadora das criaturas: a morte.

 

Quando em plenitude de saúde, os nossos pensamentos estão sempre voltados para as lutas do dia-a-dia, dirigidos às atividades rotineiras do trabalho ou do lazer, e esse inevitável fenômeno dificilmente é lembrado ou analisado seriamente.

 

Inclusive, há quem diz que prefere – mesmo com tempo disponível para perquirições, alem das rotineiras, ou já na senectude – não pensar na morte! Se tudo está bem, porque cogitar do assunto?

 

Consequentemente, a morte nos colhe sempre de surpresa.

 

Diante de um fato inevitável, que ocorrerá conosco e com nossos entes amados, a lógica recomenda-nos preparar para enfrentá-lo. Enfrentar e aceitar o acontecimento com o Maximo de equilíbrio possível, que só poderá ser alcançado com a compreensão plena das leis que regem o fenômeno. Não podemos ir de encontro à Leis da Natureza, pelo contrario, o bom-senso aconselha-nos o estudo e a meditação das mesmas.

 

É indiscutível que a extinção da vida física, embora represente a execução de uma lei, que atinge a todos os seres vivos, permaneça inaceitável, e, inclusive temida pela maioria das pessoas.

 

Quais são as causas do temor da morte?

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, analisando tão palpitante e sempre atualizado tema, fez alentado estudo do qual focalizaremos os tópicos, a nosso ver, fundamentais:

 

a) “A crença da imortalidade é intuitiva e muito mais generalizada do que a do nada.

Entretanto, a maior parte dos que nele creem apresentam-se-nos possuídos de grande amor às coisas terrenas e temerosos da morte! Por que?

 

b) Este temor é um efeito da sabedoria da Providência e uma consequência do instinto de conservação comum a todos os viventes. Ele é necessário enquanto não se está suficientemente esclarecido sobre as condições da vida futura, como contrapeso à tendência que, sem esse freio, nos levaria a deixar prematuramente a vida e a negligenciar o trabalho terreno que deve servir ao nosso próprio adiantamento. Assim é que, nos povos primitivos, o futuro é uma vaga intuição, mais tarde tornada simples esperança e, finalmente, uma certeza apenas atenuada por secreto apego à vida corporal.

 

c) À proporção que o homem compreende melhor a vida futura, o temos da morte diminui; uma vez esclarecida a sua missão terrena, aguarda-lhe o fim calma, resignada e serenamente. A certeza da vida futura dá-lhe outro curso às idéias, outro fito ao trabalho; antes dela nada que se não prenda ao presente; depois dela tudo pelo futuro sem desprezo do presente, porque sabe que aquele depende da boa ou da má direção deste. A certeza de reencontrar seus amigos depois da morte, de reatar as relações que tivera na Terra, de não perder um só fruto do seu trabalho, de engrandecer-se incessantemente em inteligência, perfeição, dá-lhe paciência para esperar e coragem para suportar as fadigas transitórias da vida terrestre. A solidariedade entre vivos e mortos faz-lhe compreender a que deve existir na Terra, onde a fraternidade e a caridade têm desde então um fim e uma razão de ser, no presente como no futuro.

 

d) A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porem o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim a todas as peripécias da via de além-túmulo.” (KARDEC, Allan – O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo. 21 ed., ver., traduzida do francês por Manuel J.Quintão, Rio de Janeiro, FEB [1974] cap. II).

 

O vale da morte nunca foi uma barreira intransponível, separando-nos de forma absoluta daqueles que nos precederam na viagem de retorno à Pátria Espiritual.

 

E, consequentemente, as manifestações dos Espíritos se fizeram sentir em todas as épocas da Humanidade, ora mais, ora menos ostensivamente, alertando-nos para as realidades extrafísicas.

 

Walter Perrone é mais um habitante do chamado Mundo Invisível que nos vem erguer o véu da vida espiritual, expondo-nos a sua nova situação com características pessoais e marcantes, alem de citar fatos e nomes, desconhecidos totalmente do médium, somente identificáveis pelos seus íntimos.

 

Com outras palavras, diremos que a sua carta veio pelo correio mediúnico com o selo da autenticidade.

 

A habitual repulsa ao fenômeno da morte frequentemente assume proporções de desespero e de revolta nas situações em que os nossos entes queridos são atingidos por ela inesperadamente, principalmente quando de forma violenta.

 

As desencarnações violentas constituem um tema de estudo dos mais oportunos na época atual.

 

Quem assiste a esses dolorosos acontecimentos ouve sempre as angustiantes exclamações:

- Não posso conformar-me com essa morte!

- Meu Deus, que infelicidade caiu sobre minha família!

- Por que aconteceu essa tragédia, logo comigo?

 

É a dor dilacerante da separação entre criaturas amadas que amarfanha os corações e impulsiona as mentes dos que ficam diante dos que partem, a clamar aos céus suplicando, muitas vezes, com o timbre da revolta, uma resposta ou um consolo que possa atenuar os seus sofrimentos.

 

O desenlace do jovem Walter, como sabemos, ocorreu de forma inesperada.

 

Como ele viu o acontecimento, do outro lado da vida, após seis meses?

- Tudo que sucedeu veio pelo melhor que nos podia buscar. Aos poucos vou estudando os assuntos para compreendê-los. Vou demorar, a saber, tudo, porque para isso, amados meus, será preciso tranquilidade para conhecer as situações e reconhecer-nos dentro delas, mas saberemos tudo no momento oportuno. ...Meu Deus, a vida é maravilhosa, e sublime também é a dor que nos desperta a iluminar-nos com a benção de nova compreensão.

 

Evidentemente, nessa época, Walter já havia recebido lições valiosas de Mentores Espirituais, permitindo-lhe afirmar que tudo sucedeu pelo melhor, para si e para a família.

 

Quais teriam sido essas lições?

 

O ponto de partida para o estudo do problema, em tela, é a compreensão de que Deus, Nosso Pai, estabeleceu leis universais – sábias, justas e misericordiosas – norteadoras dos nossos destinos, leis totalmente voltadas para o nosso Bem, permitindo-nos um constante progresso espiritual.

 

Basta compreendermos um dos princípios que rege a nossa evolução espiritual – a lei da reencarnação – para que o horizonte de nosso entendimento se dilate consideravelmente frente às dores físicas e morais e às aparentes injustiças do nosso mundo.

 

Somos Espíritos imortais, encarnados ou desencarnados, que, através da lei dos renascimentos, caminhamos para a perfeição. A evolução é eterna, gradativa, exigindo de cada um de nós contínuo esforço pela aquisição do amor e da sabedoria.

 

Assim, entendemos que em cada nova imersão no casulo da carne, exteriorizamos as virtudes carentes de maior burilamento, e as más tendências que necessitam de correção, trazidas do pretérito.

 

Todo esse processo evolutivo não se desenvolve ao acaso. O acaso não existe.

 

Na irrefreável marcha do progresso espiritual, somos influenciados por condições orgânicas e ambientais: das quais o nosso modo de pensar, sentir e agir dependeria, exclusivamente, segundo a corrente fisiológica do determinismo. A atuação desses fatores é indiscutível, mas, alem deles, há o nosso “eu” espiritual que pensa e age influenciando, reciprocamente, o próprio veiculo físico e o ambiente que o cerca.

 

Desta forma, atuamos com um livre-arbítrio que nos é peculiar, facultando-nos a escolha entre o bem e o mal. Embora relativa, tal liberdade nos torna responsáveis pelos nossos atos, que, em todos os dias, participam consideravelmente na estruturação do nosso destino.

 

Há o determinismo e o livre-arbítrio, ao mesmo tempo, na existência humana?

 

Em síntese admirável, Emmanuel nos responde:

“Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens.

O primeiro é absoluto nas mais baixas camadas evolutivas, e o segundo amplia-se com os valores da educação e da experiência. Acresce observar que sobre ambos pairam as determinações divinas, baseadas na lei do amor, sagrada e única, da qual a profecia foi sempre o mais eloqüente testemunho.

Não verificais, atualmente, as realizações previstas pelos emissários do Senhor há dois e quatro milênios, no divino simbolismo das Escrituras?

Estabelecida a verdade de que o homem é livre na pauta de sua educação e de seus méritos, na lei das provas, cumpre-nos reconhecer que o próprio homem, à medida que se torna responsável, organiza o determinismo da sua existência, agravando-o ou amenizando-lhe os rigores, ate poder elevar-se definitivamente aos planos superiores do Universo.” (XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 6. ed., Rio de Janeiro, FEB [1976] questão 132).

 

Analisando, detidamente, todas estas causas que traçam os rumos do nosso destino, chegaremos a várias e importantes conclusões, tais como:

 

1. Recebemos, na Terra, o corpo que merecemos e de que necessitamos.

 

2. Ao renascermos, o lar que nos acolhe é o melhor que poderíamos encontrar, pois não só estamos ligados aos familiares por vínculos consangüíneos, mas fundamentalmente, por laços e compromissos espirituais tecidos no Mundo Maior e no encadeamento das vidas terrenas, sucessivas.

 

3. Em cada nova jornada terrestre, trazemos um plano de trabalho, organizado no Alto, baseado em nossas necessidades espirituais. Deste plano constam, invariavelmente, provas e expiações. Provas são as dificuldades e lutas com vistas à nossa edificação espiritual. Expiações são os resgates de dívidas do passado.

Não desconhecemos que colhemos no presente o que semeamos no passado, assim como a semeadura de hoje, facultada pelo livre-arbítrio, define uma obrigação inevitável de colheita no futuro. É a lei de causa e efeito, regendo as nossas vidas.

O grande escritor francês, Léon Denis, dá a esta lei também os nomes de lei de justiça e lei de responsabilidade, conceituando-a assim: “...não é, em essência, senão lei de harmonia; determina as conseqüências dos atos que livremente praticamos. Não pune nem recompensa mas preside simplesmente à ordem, ao equilíbrio do mundo moral como ao do mundo físico. Todo dano causado à ordem universal acarreta causas de sofrimento e uma reparação necessária ate que, mediante os cuidados do culpado, a harmonia violada seja restabelecida.” (LÉON DENIS – O problema do ser, do destino e da dor. 9. ed., rio de Janeiro. FEB [1975] p. 168).

 

É assaz interessante a comparação entre as leis que governam o equilíbrio do mundo moral com as do mundo físico, pois, assim como leis cósmicas nos presidem a experiência física, invariáveis leis morais nos comandam o Espírito imortal.

Definindo com clareza e precisão as conseqüências dos nossos atos ante a Vida, Denis escreveu a seguir: “O bem e o mal praticados constituem a única regra do destino. Sobre todas as coisas exerce influência uma lei grande e poderosa, em virtude da qual cada ser vivo do Universo só pode gozar da situação correspondente a seus méritos. A nossa felicidade, apesar das aparências enganadoras, está sempre em relação direta com a nossa capacidade para o bem; e essa lei acha completa aplicação nas reencarnações da alma. É ela que fixa as condições de cada renascimento e traça as linhas principais dos nossos destinos. Por isso há maus que parecem felizes, ao passo que justos sofrem excessivamente. A hora da reparação soou para estes e, breve, soará para aqueles.” (id.Ibid., p. 168).

 

Sabendo que o Criador desta lei é Todo-Misericordioso, afigura-se-nos perfeitamente compreensível a pergunta: a lei da prova e da expiação é inflexível?

 

Fundamentado no Novo Testamento, Emmanuel nos elucida:

“Os tribunais da justiça humana, apesar de imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinqüentes com o “sursis”?

A inflexibilidade e a dureza não existem para a misericórdia divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei, em beneficio do homem, quando a sua existência já demonstre certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados.” (XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. q. 247).

 

Pois, se o Velho Testamento foi o primeiro manancial das revelações da Lei Divina, onde brilham os dez mandamentos recebidos por Moisés, constituindo até hoje o fundamento de todos os códigos da justiça terrestre; o Novo Testamento – escrínio das luzes do Evangelho e das mensagens apostólicas – veio, no momento oportuno, revelar à Humanidade a outra face da Lei: a do Amor. Moisés, o austero missionário da Justiça, ensinava: “Olho por olho, dente por dente”, mas, Jesus, o meigo nazareno, muitos séculos depois esclarecia: “Amareis a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a vós mesmos. Todas a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”

(Mateus, 22:34 a 40).

 

As causas das aflições humanas, vistas a lume da lei de causa e efeito, foram analisadas com profundidade por Allan Kardec.

Dividiu-as em atuais e anteriores à presente existência. As primeiras levam-nos ao sofrimento, em virtude da nossa própria conduta infeliz na vida atual. Ao comentá-las, foi categórico: “Os males dessa natureza formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida; o homem os evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral e intelectual.” (KARDEC, Allan – O Evangelho segundo o Espiritismo. 1. ed., trad. Do francês por Salvador Gentile, Araras (SP). IDE [1978] cap. V, p. 72).

 

Abordando as causas anteriores à vida atual, nascidas de males cometidos em existências passadas, explica-nos o porque de tantas dores, aparentemente incompatíveis com a justiça e o amor de Deus, tais como: as doenças congênitas, os acidentes imprevisíveis e inevitáveis, os flagelos naturais, a perda precoce de seres queridos.

 

Nesse mesmo capitulo – como fez em quase todos os demais da aludida obra, que elucida as máximas morais evangélicas em face dos ensinamentos dos Espíritos do Senhor, ensinamentos que fundamentaram a Codificação da Doutrina Espírita -, Kardec registrou as “Instruções dos Espíritos” pertinentes ao tema em estudo. Dentre estas, destacaremos a mensagem de Sanson, intitulada: “Perda de pessoas amadas. Mortes prematuras”, por focalizar exatamente o assunto de nossas reflexões.

 

Sanson nos mostra com argumentação convincente que o desespero e a revolta, habituais em nossa conduta frente a essas situações, não se justificam. Consola e orienta os familiares que passam pela compreensível e inevitável dor da separação, dirigindo-se especialmente às progenitoras:

“Mães, sabeis que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, bem perto; seus corpos fluídicos vos cercam, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os embriaga de alegria; mas também vossas dores desarrazoadas os afligem, porque elas denotam uma falta de fé e são uma revolta contra a vontade de Deus.” (Op. Cit., cap. V, p. 86).

 

As mensagens do Alem freqüentemente confirmam as palavras de Sanson.

O apelo de Walter Perrone não fugiu a essa orientação, porque a atitude mental dos que ficam é fundamental para o equilíbrio emocional dos que partem para a Vida Maior:

- Não chore mais, querida mãezinha, suas lagrimas chegam a mim e me transtornam.

....Mamãe, não continue assim mergulhada nas idéias da morte, porque a vida prossegue.

 

4. O momento da morte, bem como a sua causa, não estão sujeitos aos chamados “caprichos de um destino cego”, que, se reais, iriam frontalmente de encontro à misericórdia e à justiça de Deus.

Vimos que o nosso destino é resultante da interação do livre-arbítrio e do determinismo, pairando sobre estes dois fatores as Diretrizes Superiores que nos governam a vida.

 

Por exemplo, um Espírito, antes de um novo mergulho na carne, ciente dos atos praticados em encarnações anteriores, examina detidamente os seus débitos e créditos, análise indispensável para novos empreendimentos com vistas a sua evolução espiritual.

 

Se chegar à conclusão, com o auxilio de Benfeitores Celestes, que precisa passar – bem como os seus futuros familiares – pela prova de um desenlace na infância ou na juventude, este será o seu destino. Um destino doloroso para todos, mas justo e necessário em face das leis naturais que norteiam o progresso espiritual da Humanidade.

 

As diretrizes fundamentais de uma nova encarnação, como a da forma e do instante do passamento, sempre ficam registradas no subconsciente, ou melhor, nos “arquivos profundos” da memória espiritual do reencarnante, como também, muitas vezes, registradas pelos familiares mais próximos, conhecedores dos fatos antes de se reencarnarem. O grau de fixação de tais informes depende do nível evolutivo de cada um. É oportuno lembrarmos também a possibilidade de tomarmos conhecimento de informações tão importantes, quando já habitamos o vaso físico, em estado de vigília (pela intuição) ou nos momentos de desprendimento espiritual durante o sono. Todas estas modalidades de informações, colhidas antes ou depois da reencarnação, caracterizam a premonição ou o pressentimento.

 

Daí os lances de inexplicável serenidade observados em muitas criaturas, no leito de dor, à beira da morte... a aceitação resignada dos que cercam o corpo de uma pessoa querida que partiu de forma brusca e inesperada...como que já esperavam, de há muito, o acontecimento.

 

Evidentemente, tão-só os pressentimentos, não estruturam as reações emocionais frente aos grandes momentos da existência, mas, atenuando o impacto dos mesmos, ajudam-nos a resguardar o coração das explosões emotivas e a imunizar a mente das revoltas intempestivas, permitindo-nos raciocinar e atuar com o melhor equilíbrio possível.

 

“- Não há de fatal, no verdadeiro sentido da palavra, senão o instante da morte. Quando esse momento chega, seja por um meio ou por outro, vós não podeis dele vos livrar.”

(KARDEC, Allan – O Livro dos Espíritos. 3. ed., trad. do francês por Salvador Gentile, Araras (SP). IDE [1977] q. 853).

 

Esta foi a clara e concisa resposta dos Espíritos a Allan Kardec, quando interpelados sobre a possível fatalidade da morte.

 

Ao receber este esclarecimento, o Codificador interrogou-os de pronto:

 

“- Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, nós não morremos, se a hora não é chegada?” (Id. Ibid., q. 853).

Obtendo a resposta:

“- Não, tu não perecerás, e disso tens milhares de exemplos. Mas, quando é chegada a tua hora de partir, nada pode subtrair-te dela. Deus sabe, antecipadamente, de qual gênero de morte tu partirás daqui e, freqüentemente, teu Espírito o sabe também, porque isso lhe é revelado, quando ele faz a escolha de tal ou tal existência.”

 

Estas elucidações levam-nos, forçosamente, a meditar sobre questão tão grave, com implicações profundas em nossa vida.

 

O Espírito de Sanson, em sua mensagem anteriormente citada (O Evangelho segundo o Espiritismo, p. 85), também nos chamou a atenção de “sábia previdência” onde pensamos divisar “a cega fatalidade do destino”, com estas palavras:

“Quando a morte vem ceifar nas vossas famílias, levando sem moderação as pessoas jovens ao invés das velhas, dizeis freqüentemente: Deus não é justo, uma vez que sacrifica esse que é forte e pleno de futuro, para conservar aqueles que viveram longos anos plenos de decepções; uma vez que leva aqueles que são úteis e deixa aqueles que não servem mais para nada; uma vez que parte o coração de uma mãe privando-a da inocente criatura que fazia toda a sua alegria.

 

Humanos, é nisto que vós tendes necessidade de vos elevar acima do terra-a-terra da vida, para compreender que o bem, freqüentemente, está onde credes ver o mal, a sábia previdência aí onde credes ver a cega fatalidade do destino. Por que medir justiça divina pelo valor da vossa?

 

Podeis pensar que o senhor dos mundos queira, por um simples capricho, vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um objetivo inteligente e, qualquer que seja ao que se chegue, cada coisa tem sua razão de ser.”

 

Como compreender o ato do suicídio em face da fatalidade da morte?

 

Alguém estaria predestinado a tal tipo de desencarnação?

Não. Jamais há fatalidade para os atos conscientes da vida.

“....confundis sempre duas coisas bem distintas.” – alertam-nos os Espíritos, respondendo à questão 861 de O Livro dos Espíritos – “os acontecimentos materiais da vida e os atos da vida moral. Se, algumas vezes, há fatalidade, é nos acontecimentos materiais cuja causa está fora de vós, e que são independentes da vossa vontade.

 

“Quanto aos atos da vida moral, eles emanam sempre do próprio homem, que tem sempre, por conseguinte, a liberdade de escolha; para esses atos, pois, jamais há fatalidade.”

 

Este é o mesmo pensamento de Emmanuel, externado ao responder à incisiva pergunta:

“- É fatal o instante da morte”?

- Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra.

 

Esclarecendo-vos quanto a essa exceção, devemos considerar que, se o homem é escravo das condições externas da sua vida no orbe, é livre no mundo íntimo, razão por que, trazendo no seu mapa de provas a tentação de desertar da vida expiatória e retificadora, contrai um débito penoso aquele que se arruína, desmantelando as próprias energias.

 

A educação e a iluminação do íntimo constituem o amor ao santuário de Deus em nossa alma. Quem as realiza em si, na profundeza da liberdade interior, pode modificar o determinismo das condições materiais de sua existência, alçando-a para a luz e para o bem. Os que eliminam, contudo, as suas energias próprias, atentam contra a luz divina que palpita em si mesmos. Daí o complexo de suas dívidas dolorosas.

 

E existem ainda os suicídios lentos e gradativos, provocados pela ambição ou pela inércia, pelo abuso ou pela inconsideração, tão perigosos para a vida da alma, quanto os que se observam, de modo espetacular, entre as lutas do mundo.

 

Essa a razão pela qual tantas vezes se batem os instrutores dos encarnados, pela necessidade permanente de oração e de vigilância, a fim de que os seus amigos não fracassem nas tentações.” (XAVIER, Francisco Cândido – O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. q. 146).

 

Quando Walter se dirigiu aos familiares, não só deu um eloquente testemunho da imortalidade, como exaltou um tema básico, fundamental em qualquer análise atenta, que se faça dos problemas, grandes ou pequenos, de nossa existência: Deus está em nós e devemos permanecer em Deus.

 

Com esta frase lapidar, concitou os seus e a todos nós a meditar, mais detidamente, nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida.

 

Há séculos e séculos a Humanidade vem recebendo, incessantemente, esclarecimentos superiores, reveladores da Paternidade e do Amor Infinito do Criador.

 

Nunca é demais recordar alguns clarões da Verdade que, vencendo as barreiras do tempo, iluminam ate hoje o pensamento humano: quando Jesus – o Guia Espiritual da Terra –, ao ensinar-nos a orar, assim iniciou a súplica a Deus: “Pai Nosso, que estais nos céus...” (Mateus, 6:9); e o apóstolo Paulo, em seu celebre discurso no Areópago de Atenas, apesar de enfrentar um ambiente de incompreensão e hostilidade, não titubeou em afirmar, referindo-se a Deus: “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” (Atos, 17:28).

 

Somente com uma compreensão maior da Providência Divina – a tudo presidindo, regendo leis sábias e justas com o objetivo de impulsionar-nos para a perfeição espiritual – é que poderemos enfrentar as duríssimas situações em que as mortes prematuras e/ou violentas nos colocam. O entendimento desta Assistência Superior gera em nós paz íntima, e, embora derramemos lagrimas sinceras à ebulição da dor inevitável da separação, não nos revoltaremos.

 

Livro: Amor sem Adeus

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:01

Sábado, 22 de Maio de 2010

 

 

I-Importância da Nação Brasileira no Cenário Mundial.

 

Desembarcava em Manhattan, na América vindo da França, no dia 11 de maio de 1831, o jovem Aléxis de Tocqueville que, em 1835, escrevia seu livro “De la Democratie en América”, no qual expunha suas idéias sobre a Nação que realizaria tarefas sem precedentes na História – os Estados Unidos.

Pelo método comparativo preconizava a bipolaridade, que somente bem mais tarde se implantaria. Vejamos o que escreveu, então:

“Existem hoje sobre a Terra dois povos, que tendo partido de pontos diferentes, parecem adiantar-se para o mesmo fim – são os russos e os anglo-americanos. Ambos cresceram na obscuridade; e enquanto os olhares dos homens estavam ocupados noutras partes, colocaram-se de Improviso na primeira fila entre as nações, e o mundo se deu conta, quase que ao mesmo tempo, de seu nascimento e de sua grandeza. Todos os outros povos parecem ter chegado mais ou menos aos limites traçados pela natureza, nada mais lhes restando se não manter-se onde se acham, enquanto aqueles dois se acham em crescimento; todos os outros vão se deter ou avançar a poder de mil esforços; apenas esses dois marcham a passo fácil e rápido numa carreira cujos limites o olhar humano não poderá ainda perceber. O americano luta contra os obstáculos que a natureza lhe opõe; o russo está em luta com os homens. Um combate o deserto e a barbárie; o outro, a civilização; por isso as conquistas do americano se firmam com o arado do lavrador e as do russo, com a espada do soldado. Para atingir sua meta, o primeiro apóia-se no interesse pessoal e deixa agir, sem dirigí-las, a força e razão dos indivíduos. O segundo concentra num homem, de certa forma, todo o poder da sociedade. Um tem por principal meio de ação a liberdade, o outro, a servidão. O ponto de partida é diferente, os seus caminhos são diversos; não obstante cada um deles será convocado, por um desígnio secreto da Providência, a deter nas mãos, um dia, os destinos da metade do mundo.”

Isso era previsto, veja-se bem, em 1835. E dentro do processo histórico, o ciclo evolutivo das nações marcaria o desaparecimento da supremacia da Espanha e Portugal, nações que, pela bipolaridade, dominavam os destinos do mundo com o advento das grandes navegações. Também desapareceria a hegemonia da França e da Inglaterra e o mundo continuaria dominado, no âmbito da bipolaridade, por nações com grande extensão territorial e amplas fachadas marítimas. Além dos Estados Unidos e da Rússia, outras cinco nações já se haviam estabelecido no Mundo, satisfazendo aquelas condições: o Canadá, a Austrália, a Índia, a China e o nosso Brasil, que ensaiava seu ciclo evolutivo entre as grandes Pátrias da Terra.

Coube ao sueco Rudolf Kjellen, na obra intitulada “O Estado como forma de vida”, de 1916, provar que as nações, como todos os seres vivos, nascem, crescem, projetam-se ou não e morrem, cedendo seu lugar a outras no cenário das grandes potências.

Fato importante, os estudiosos, hoje, vêm mostrando que a Rússia e os Estados Unidos aproximam-se do cone de sombra, que os levará, um dia, ao eclipse de sua supremacia nas áreas em que atuam no Planeta, em face do desmoronamento das estruturas sobre as quais se apóiam. Quanto aos Estados Unidos, a derrocada está prevista no fato de o racismo anglo-saxão ter dificuldade de manter-se majoritário, pois as minorias dos negros, chicanos, porto-riquenhos se reproduzem com mais desenvoltura, formando quistos – podendo desestabilizar-se a estrutura estatal. Quanto à Rússia, tratar-se-ia, como no caso do Império Romano, de regime centralizado, em falência... A Rússia de hoje, envolvendo toda a parte oriental da Europa, atingindo a Ásia sem alcançar o Mediterrâneo, começa a ser solapada pelas Repúblicas Socialistas e “satélites” da periferia.

Esse caso das potências mencionadas já preocupa os especialistas que promovem o processo seletivo, em busca das condições que devam preencher os países destinados à hegemonia dentro do mundo bipolar, em substituição daqueles em declínio (veja-se “Avaliação do Poder Mundial”, de Ray Cline).

Países com vasta extensão territorial e amplas fachadas marítimas, afora os Estados Unidos e a Rússia, são a China, o Brasil, o Canadá, a Índia e a Austrália. Candidatos à hegemonia mundial são mais forte a China e o Brasil, som “sua situação especialíssima e seu patrimônio imenso de riquezas...”.

Afirma, em sua obra “Retrato do Brasil” (Atlas - Texto de Geopolítica), a Professora Therezinha de Castro, do Colégio Pedro II e Conferencista de Geopolítica na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Escola de Guerra Naval e na Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica, além de autora de numerosas obras de História Geral e do Brasil:

 

 

"Dentro da tese de Alexis de Tocqueville de que o mundo, a partir do século XX, em face da bipolaridade, passaria a ser dirigido por grandes nações com ampla extensão territorial e vasta fachada marítima, se opõem as condições básicas. Indispensáveis que um país deve possuir, simultaneamente, para se enquadrar na categoria de nação emergente no âmbito das relações internacionais:

 

· Superfície territorial maior do que 5.000.000 Km2;

· continuidade territorial;

· acesso direto e amplo ao alto-mar;

· recursos naturais estratégicos e essenciais;

· população maior do que 100 milhões de habitantes:

· densidade demográfica maior do que 10 habitantes por Km2 e menor do que 200 habitantes por km2;

· homogeneidade racial.

Essas sete condições básicas, na atualidade só são preenchidas por dois países – a China e o Brasil.

Assim, no âmbito das relações internacionais, apesar dos grandes espaços vazios por preencher e integrar, figuramos entre as nações mais populosas do Globo. Nação das mais populosas, onde a homogeneidade racial se vem impondo desde os primórdios coloniais, com três condições fundamentais para ser Grande Potência, pois temos: espaço, posição e matérias-primas; somos, portanto, dentro do conceito geopolítico global, uma Nação Satisfeita”. (destaques nossos.)

 

Afirma o Professor Pinto Ferreira, sociólogo e jurista, em sua obra “Curso de Educação Moral e Cívica”, 2ª edição, 1974:

 

“É preciso compreender o Brasil para poder amá-lo e engrandecê-lo. O Brasil constitui uma singularidade histórica. É a primeira grande civilização próspera no mundo tropical. O Brasil tem condições para ser uma superpotência mundial no século XXI (págs. 14 e 15). É uma grande potência mundial emergente, que será incontestavelmente uma das seis grandes superpotências do fim do século XX (pág.120). A ascensão do Brasil, como o foi a da Rússia, é uma inegável possibilidade geopolítica”. (pág. 163).

Vimos, assim, que do ponto de vista sócio-histórico-geográfico o destino do Brasil é tornar-se Grande Potência.

 

II - DESTINAÇÃO ESPIRITUAL DO BRASIL.

 

1.      Influência espiritual na História.

 

Segundo o realismo histórico cristão, a História se desenrola conforme a vontade de Deus, sempre soberana, sem prejuízo, porém, do papel do homem, que executa o planejamento divino, de acordo com seu preparo para a missão e seu livre-arbítrio, que o leva, muitas vezes, a desvios históricos, conhecidos.

Assim se expressa, a respeito, o filósofo Basave del Valle, em sua obra “Filosofia do Homem”, cap. XI, itens 13 e 14:

“Deus não pode falhar na realização dos seus fins providenciais... o fim da História será em qualquer caso o que Deus quis... há uma harmonia geral preestabelecida, impossível de anular devido aos desvios do homem”. (destaque nosso). A História, em conclusão, é obra de Deus e obra dos homens. Sob a condução suprema da providência, a livre atividade humana é forjadora da História”.

 

Esse mecanismo da História é assim apreciado pelo conhecido escritor espírita Hermínio C. Miranda, em artigo intitulado “Arquivos Espirituais da Independência do Brasil”, publicado em “Reformador” de setembro de 1972 e do qual extraímos os tópicos seguintes:

 

“(...) sou daqueles que vêem na História a presença inequívoca de Deus e, por isso, também, a importância das lições que elas encerram para melhor entendimento do presente e mais lúcida projeção do futuro.” “(...)É assim que os poderes espirituais fazem a História, escrevendo-a primeiro na memória e no coração dos seres que devem, por assim dizer, materializá-la no plano humano. Há falhas , às vezes, porque os Espíritos não são constrangidos; são convidados. Fica-lhes o livre-arbítrio e, por isso, estão sujeitos a deslizes que podem retardar o programa, mas nunca invalidar o objetivo superior traçado no mundo espiritual”. (Destaques nossos).

 

2. Preparo da raça (segundo elementos colhidos na obra “História da Civilização Brasileira”, da Professora Therezinha de Castro, págs.494/498):

O Brasil é um país mestiço, de raça não pura, de população cruzada. O povo brasileiro formou-se da mestiçagem do

· português, elemento invasor, desbravador, aventureiro, romântico a seu modo;

· negro, elemento importado, sofredor, que veio, como escravo, saudoso de sua terra, mas desprendido e humilde ( a escrava amamentava o filho da Sinhá, enquanto o seu chorava de fome);

· índio, elemento nativo, corajoso, amante da liberdade.

Observe-se que no Norte e no Sul predominou o cruzamento do português com o índio; no Centro-Oeste e Litoral deu-se o cruzamento do português com o negro. Quarto elemento vem complementar a população, por miscigenação – os imigrantes.

“O Brasil, país livre do racismo, com liberdade religiosa, é, na realidade, um país mestiço”.

As influências recebidas foram assimiladas, absorvidas. Surgiu um povo de grande simpatia, marcado pela solidariedade humana, com uma consciência coletiva e fraterna.

 

“(...) o Brasil resulta de três grupos étnicos diferentes, além dos imigrantes, mas nele há unidade de língua, que é a portuguesa. Desenvolveu uma sólida democracia étnica e racial, de que não há notícia no mundo, num sentimento de cálida fraternidade humana”. (“Curso de Educação Moral e Cívica”, do Professor Pinto Ferreira, 2ª ed. 1974, págs. 15 e 102).

 

 

III – O CORAÇÃO DO MUNDO.

 

Coube ao livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, de Humberto de Campos (Espírito), cuja 1ªedição, FEB, data de 1938, colocar para os espíritas a problemática da evolução espiritual do Brasil e delinear a tarefa que lhe cabe na construção evangélica do mundo futuro.

No prefácio da obra escreveu Emmanuel:

”O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do Planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora da crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do Orbe inteiro”.

O autor da obra esclarece, na introdução:

“Jesus transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho, a fim de que os seus rebentos delicados florescessem de novo, frutificando em obras de amor para todas as criaturas. (...) Nessa abençoada tarefa de espiritualização, o Brasil caminha na vanguarda. O material a empregar nesse serviço não vem das fontes de produção originariamente terrena e sim do plano invisível, onde se elaboram todos os ascendentes construtores da Pátria do Evangelho”.

Impõe-se transcrito o Capítulo I – O Coração do Mundo, da obra premonitória de Humberto de Campos (Espírito):

“(...) Foi após essa época, no último quartel do século XIV, que o Senhor desejou realizar uma de suas visitas periódicas à Terra, a fim de observar os progressos de sua doutrina e de seus exemplos no coração dos homens.

Anjos e Tronos lhe formavam a corte maravilhosa. Dos céus à Terra, foi colocado outro símbolo da escada infinita de Jacob, formado de flores e de estrelas cariciosas, por onde o Cordeiro de Deus transpôs as imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de treva. Mas, se Jesus vinha do coração luminoso das esferas superiores, trazendo nos olhos misericordiosos a visão de seus impérios resplandecentes e na alma profunda o ritmo harmonioso dos astros, o planeta terreno lhe apresentava ainda aquelas mesmas veredas escuras, cheias da lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas, e repletas dos espinhos da ingratidão e do egoísmo. Embalde seus olhos compassivos procuraram o ninho doce de seu Evangelho; em vão procurou o Senhor os remanescentes da obra de um dos seus últimos enviados à face do orbe terrestre. No coração da Úmbria haviam cessado os cânticos de amor e de fraternidade cristã. De Francisco de Assis só havia ficado as tradições de carinho e de bondade; os pecados do mundo, como novos lobos de Gúbio, haviam descido outra vez das selvas misteriosas das iniqüidades humanas, roubando às criaturas a paz e aniquilando-lhes a vida.

- Helil – disse a voz suave e meiga do Mestre a um dos seus mensageiros, encarregado dos problemas sociológicos da Terra -, meu coração se enche de profunda amargura, vendo a incompreensão dos homens, no que se refere às lições do meu Evangelho. Por toda a parte é a luta fratricida, como polvo de infinitos tentáculos, a destruir todas as esperanças; recomendei-lhes que se amassem como irmãos e vejo-os em movimentos impetuosos, aniquilando-se uns aos outros como Cains desvairados.

- Todavia – replicou o emissário solícito, como se desejasse desfazer a impressão dolorosa e amarga do Mestre – esses movimentos, Senhor, intensificaram as relações dos povos da Terra, aproximando o Oriente e o Ocidente, para aprenderem a lição da solidariedade nessas experiências penosas; novas utilidades da vida foram descobertas; o comércio progrediu além de todas as fronteiras, reunindo as pátrias do orbe. Sobretudo, devemos considerar que os príncipes cristãos, empreendendo as iniciativas daquela natureza guardavam a nobre intenção de velar pela paisagem deliciosa dos Lugares Santos.

Mas – retornou tristemente a voz compassiva do Cordeiro – qual o lugar da Terra que não é santo? Em todas as partes do mundo, por mais recônditas que sejam, paira a benção de Deus, convertida na luz e no pão de todas as criaturas. Era preferível que Saladino guardasse, para sempre, todos os poderes temporais na Palestina, a que caísse um só dos fios de cabelo de um soldado, numa guerra incompreensível por minha causa, que, em todos os tempos, deve ser a do amor e da fraternidade universal ”.

O diálogo continua, vindo, em dado momento, Jesus a perguntar:

“ – Helil(...) onde fica, nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção humana?

-Esse lugar de doces encantos, Mestre, onde se vêem, no mundo, as homenagens dos céus, aos vossos martírios na Terra, fica mais para o Sul.

E quando no seio da paisagem repleta de aromas e melodias, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que seria mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolos.

Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e opulento, exclama então Jesus:

- Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial. (...) Aproveitamos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o CORAÇÂO DO MUNDO!” (Destaques nossos.)

.................................

 

Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do CORAÇÃO DO MUNDO.”(Destaque nosso.)”.

 

IV – A PÁTRIA DO EVANGELHO.

 

Fala-nos Humberto de Campos (Espírito), em sua obra profética, da descoberta do Brasil (V. Capítulo II) e de como repercutiu no mundo espiritual:

“A bandeira das quinas desfralda-se então gloriosamente nas plagas da terra abençoada, para onde transplantara Jesus a árvore de seu amor e de sua piedade, e, no céu, celebra-se o acontecimento com grande júbilo. Assembléias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas cerradas e bravias. Há um contentamento intraduzível em todos os corações, como se um pombo simbólico, trouxesse as novidades de um mundo mais firme, após novo dilúvio.

Henrique de Sagres (o HELIL), o antigo mensageiro do Divino Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas do céu. Mas, de alma alarmada pelas emoções mais carinhosas e mais doces, confia ao Senhor as suas vacilações e os seus receios:

- Mestre – diz ele -, graças ao vosso coração misericordioso, a terra do Evangelho florescerá agora para o mundo inteiro. Dai-nos a Vossa benção para possamos velar pela sua tranqüilidade, no seio da pirataria de todos os séculos. Temo, Senhor, que as nações ambiciosas matem as nossas esperanças, invalidando as suas possibilidades e destruindo os seus tesouros....

Jesus, porém, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita em dizer com a certeza e a alegria que traz em si:

- Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia.”

No último capítulo da obra, o Autor espiritual justifica-a assim:

 

“Nosso objetivo, trazendo alguns apontamentos à história espiritual do Brasil, foi-se tão-somente encarecer a excelência da sua missão no planeta, demonstrando, simultaneamente, que cada nação, como cada indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto dos povos. Todas elas têm seus ascendentes no mundo invisível, de onde recebem a seiva espiritual necessária à sua formação e conservação. E um dos fins principais do nosso escorço foi examinar, os olhos de todos, a necessidade da educação pessoal e coletiva, no desdobramento de todos os trabalhos do país. (...) Só o legítimo ideal cristão, reconhecendo que o reino de Deus ainda não é deste mundo, poderá, com a sua esperança e o seu exemplo, espiritualizar o ser humano, espalhando com os seus labores e sacrifícios as sementes produtivas na construção da sociedade do futuro.” (São nossos todos os destaques deste capítulo.)

 

V - CONSIDERAÇÕES FINAIS.

 

O Espiritismo nos ensina que, planejadas na Espiritualidade as nossas tarefas, com vistas a garantir nosso progresso intelectual e espiritual, cabe-nos a responsabilidade de executá-las, o que fazemos de acordo com a nossa vontade livre, bem ou mal, apressando ou retardando a própria evolução. Retardando, dissemos, não a frustrando, porém.

No artigo “Uma avaliação do Espiritismo no Brasil”, publicado em “Reformador” de março de 1978, Hermínio C. Miranda assim se manifesta a respeito da missão atribuída aos espíritas brasileiros, pela obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”:

“É certo, pois, que o nosso país está investido de uma grande responsabilidade na implementação desse esquema de trabalho e tudo se fará conforme planejado, mesmo porque, segundo Humberto, “todos os obstáculos serão, um dia, removidos para sempre do caminho ascensional no progresso”. Está, porém, nas mãos dos homens a faculdade de influir no ritmo da caminhada.

(...) “os discípulos encarnados bem poderiam atenuar o vigor das dissensões esterilizadoras, para se unirem na tarefa impessoal e comum, apressando a marcha redentora” – informa ainda Humberto à pág. 228.”

Eis aí, pois, o programa de trabalho, as responsabilidades de cada grupo- encarnados e desencarnados- e as dificuldades a vencer que, como facilmente se depreende, estão em nós mesmos e não naquilo que temos de fazer.

O êxito do empreendimento é indubitável, mas a sua concretização no tempo e no espaço depende, em grande parte, do nosso posicionamento nesse vastíssimo contexto histórico, do grau de maturidade que demonstrarmos na execução das pequeninas tarefas que nos cabem na tarefa maior. Se optarmos pelas dissensões de que fala Humberto, ou pelo “personalismo e vaidade... que as forças das sombras alimentam” , como ele ainda insiste à pág.223, então estaremos entre aqueles que, transformados em obstáculos, terão de ser removidos”.

Fala-nos, então, o articulista num modelo espírita brasileiro e alerta:

“Não sei se estamos todos bastante conscientes e alertados, no Brasil, para a importância do que poderíamos identificar como modelo”.

E termina o artigo com esta reflexão:

“O modelo está pronto e não falhará; os Espíritos orientadores também estão a postos e não falharão, porque seguem o comando de Alguém que jamais nos despontou. E nós?” (Destaque do original.)

    O assunto foi objeto de outro artigo, este de lavra de Passos Lírio e publicado em “Reformador” de janeiro de 1979, no qual o articulista arrola os fatos que, a seu ver, justificam a previsão, constante da obra citada, da tarefa a ser executada pelo Espiritismo no Brasil, para realização dos desígnios do Alto, a respeito.

    Desses fatos salientamos apenas alguns, remetendo o paciente leitor ao artigo, que merece lido na íntegra:

    . Circulação ininterrupta de “Reformador”, cujo primeiro centenário de fundação ocorreu em 21 de janeiro de 1983, sempre lido por grande número de adeptos do Espiritismo;

    ·  os vários Congressos espiritualistas e espíritas, realizados fora do País, com a presença do Brasil, em 1898 (Londres), 1900 (Paris), 1908 (México), 1910 (Bruxelas), 1925 (Paris);

    · tradução em língua portuguesa das obras de Allan Kardec e de renomados escritores espíritas;

    · a extraordinária difusão do Espiritismo graças ao Departamento Editorial da FEB, que vem publicando e distribuindo milhões de exemplares de obras específicas, muitas das quais em língua estrangeira;

    · a memorável façanha mediúnica de Francisco Cândido Xavier, psicografando livros que abrangem os mais diversos assuntos, como poesia, romance, conto, crônica, histórias, ciência, filosofia, religião (aqui se salientando as mensagens de Emmanuel, André Luiz e outros);

    · o aumento acentuado do número de editoras de obras espíritas;

    · a imprensa doutrinária com muitos importantes órgãos;

    · as obras sociais mantidas pelas entidades espíritas;

    · a divulgação da Doutrina Espírita no Exterior feita, principalmente, por Divaldo Pereira Franco, médium psicógrafo que responde por muitos títulos editoriados;

    · a ação elucidativa e renovadora de doutrinadores, expositores, jornalistas e escritores espíritas;

    · o Sistema Federativo nacional.

    Cumpre não esquecer o editorial de “Reformador”, que antecede o artigo de Passos Lírio, em algumas de suas considerações e advertências sobre a missão que a obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” veicula:

    “De cunho nitidamente espirítico, com sabor de genuína brasilidade. Mas, também, de transcendental significação histórica e civilizadora, dando os contornos de vastas e nobilíssimas tarefas – e aqui aludimos apenas à esfera das coisas do Espírito – que envolvem as origens e as razões da missão de uma Pátria e de um Povo, no desdobramento, no espaço e no tempo, do programa crístico do Evangelho, em espírito e verdade.

 

..................................

 

       É inteiramente falsa e despropositada a acusação dos que vêem nessa obra do médium Francisco Cândido Xavier presunção de brasileiros quanto à posição de povo eleito, privilegiado, com pretensão de superioridade e ânsia de hegemonia sobre os demais. (Destaque do original).

 ......................................

 

    A Pátria do Evangelho, destinação do Brasil – como Coração do Mundo, em lenta formação – está sendo construída há algum tempo. O resultado pertence a Deus. (...) Isso quer dizer que a missão pode resultar em vitória ou fracasso, como precedentemente aconteceu com o desastroso comportamento daqueles que se consideravam orgulhosamente o “povo eleito”. (Destaque do original).

.................................

 

    A Árvore do Evangelho, entre nós, não é ainda do porte que terá no Grande Futuro: está em desenvolvimento, crescendo, erguendo e espalhando galhos e folhagem, florescendo e frutificando, estendendo alimento e sombra acolhedora, protegendo mananciais e aprofundando raízes. Um dia abrigará a todos. (...)

    (...) Assim, o Brasil deve ser considerado, desde já, como a Grande Pátria Mundial dos homens, expressão confortadora de universalidade e de unidade com pertinência à Unificação geral com que nos acena o próximo milênio, o qual será de lutas árduas, durante séculos de esforço na reconstrução da fé e de civilização.”

 

VI – CONCLUSÃO.

    Diz o citado editorial de “Reformador”:

    “A árvore do Evangelho, entre nós, não é ainda do porte que terá no Grande Futuro (...) Um dia abrigará a todos.”

    Castro Alves reafirma a idéia, no belo poema que ditou à psicografia de Francisco Cândido Xavier, em Brasília, na abertura do VI Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, na noite de 15 de abril de 1976, lembrando que

 

    “Nos domínios do Universo,

     Ninguém evolui a sós,

     A Humanidade na Terra

     É a soma de todos nós.”

 

    Eurípedes Barsanulfo, em mensagem psicográfica recente, adverte:

 

    “E não nos esqueçamos de que o Brasil é o “Coração do Mundo”, mas somente será a “Pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.” (Ver “Alavanca”, de julho de 1987, pág.5.)

 

    A inspiração é apanágio dos poetas, cuja sensibilidade capta as grandes idéias do planejamento divino, por antecipação no tempo. Assim se deu com o Professor Daltro Santos, do Colégio Militar, que, muito antes do lançamento do livro de Humberto de Campos (Espírito), vinha brindar-nos com esta jóia incrustada em seis versos de ouro:

 

    “Pátria! Inda há de ser teu povo, um dia,

    Dentre os povos da Terra a primazia,

    Pelo esplendor que teu futuro encerra;

    Pela cultura e pelo amor profundo,

    Inda hás de ser o cérebro da Terra,

    Inda hás de ser o coração do Mundo!”

 

Revista “Reformador” - setembro 1987-Editorial

 

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 04:54

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Excelente texto. Parabéns!
É como você mesmo colocou no subtítulo do seu blog...
Ok, Sergio.O seu e-amil é só esse: oigres.ribeiro@...
Ok, desejaria sim.
Ola, Sérgio.Gotaria de lhe fazer um convite:Gostar...
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