Desde os tempos mais remotos, o ser humano tem sido atraído para o Foco divino por meio das variadas manifestações religiosas.
Essa atração resulta do pulsar da centelha de luz divina que existe em cada alma humana, da mais rudimentar à mais sublime, aperfeiçoando-se no evolver das vidas sucessivas.
Como filho de Deus, somos herdeiros de sua divindade e, por conseguinte, somos imortais. É o próprio Jesus que nos esclarece, quando cita o Salmo 81: 6, conforme se lê em João,10:34:“Eu disse: vós sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” E complementa mais adiante: “Aquele que crê em mim fará as obras que faço, e fará ainda maiores que estas (...).” (João 14:12).
Nós somos deuses; todavia ainda não conseguimos vislumbrar a grandeza dessa revelação do Mestre. Vivenciamos o apogeu da ciência e da tecnologia, saturados das filosofias que se “desmancham no ar”, neste final de milênio; contudo não nos detivemos para avaliar a profundidade dessa formosa lição.
Dentro de nós refulge a fagulha que nos permite “acessar” Deus: a consciência, no seu incessante caminhar rumo à perfeição. “Portanto, sede perfeitos assim como vosso Pai celeste é perfeito.”(Mt, 5:48) Se tal nos fosse impossível, Jesus não nos teria feito essa exortação. Somos perfectíveis. Renascemos com essa capacidade, esse poder. Por que então ignorá-lo? Para tanto, o Cristo nos mostrou o Caminho da Verdade e da Vida: o seu próprio exemplo. Basta segui-Lo.
“Andai como filhos da luz”, proclama o apóstolo Paulo (Efésios,5:8). “Assim brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”, aconselha-nos Jesus (Mt,5:16). Sejamos como a candeia que ilumina, queimando o seu próprio óleo. Servindo-nos das palavras de Emmanuel (Vinha de Luz ,p. 12): “ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes”.