Diante da constância com que a morte é apresentada nos veículos de comunicação de massa, na maioria das vezes de forma violenta, como guerras, assassinatos e suicídios, o ser humano vem-se acostumando com a rotina e passa, gradativamente, a considerar normal o fato de se pretender eliminar a vida de seu semelhante ou mesmo a sua, por qualquer motivo.
Puro engano. A visão materialista da vida leva a essa postura, mas não representa a realidade.
Ao destruir o corpo físico, acredita-se que o Ser é eliminado. Na verdade o Ser, mesmo, não se destrói: é Espírito imortal, indestrutível. E toda violência contra a vida retorna sempre de forma dolorosa àquele que a praticou: seja através de perseguições obsessivas das vítimas, nos casos de assassinatos; seja através de profundos sofrimentos auto-aplicados, nos casos de suicídio; seja pelos dramas de consciência decorrentes do desrespeito à Lei de Deus.
Não é sem razão que a Providência Divina, há quatro mil anos, através dos Dez Mandamentos, vem alertando o homem de forma inquestionável: Não matarás!
Os sábios da Antiguidade já observavam quanto à necessidade de o homem conhecer-se a si mesmo. E a ciência humana, hoje, já vem constatando que o homem é um Espírito imortal que viveu inúmeras reencarnações.
Tentar destruir o próximo ou a si mesmo é um erro de graves conseqüências, que retarda por séculos o progresso humano, retardando, conseqüentemente, o recebimento dos benefícios que ele a todos traz.
Assim, a única alternativa sensata que nos resta, em qualquer situação mais dolorosa com que a vida se nos apresenta, é aceitar os desafios de trabalhar no próprio aperfeiçoamento, procurando desenvolver as virtudes ainda incipientes que existem em nós e conquistar os conhecimentos que ainda não adquirimos.
Numa época em que a violência é promovida pela invigilância, todos buscam paz. A paz, porém, não se encontra pronta, nos ensina Jesus; é necessário construí-la no nosso dia-a-dia, vivenciando os ensinos do Evangelho.
Divulgar, pois, a Doutrina Espírita, esclarecedora do que somos, de onde viemos, para onde vamos e quanto nos cabe fazer para bem atender ao objetivo da existência terrena, é a caridade maior que devemos praticar, pois liberta o ser humano de muitos enganos comprometedores da sua existência, mostrando a vida como manifestação do amor de Deus, que não delegou a ninguém o direito de eliminá-la.
Construamos a Paz, preservando a Vida e promovendo o Bem!
Transcrito do Reformador de Setembro.03